segunda-feira, 21 de janeiro de 2019




A  PEDAGOGIA  DO  URUBU



A mídia brasileira — leia-se a rede Globo, Globo News e outros canais, a escrita inclusive e aí está em primeiro lugar a revista Veja — parece atacada de fobia diante do novo Governo. O pavor é tão grande diante das primeiras medidas de assepsia de Bolsonaro que, todo o terreiro esquerdista, em estado de paranoia, atira para todo lado, faz qualquer coisa, usa toda sorte de estratagema. Tanto até seus asseclas caírem no ridículo, como tem acontecido com as entrevistas da comentarista preferida da Globo, Miriam Leitão.
Há alguns dias, no programa da Globo News, Em Pauta, dirigido por Sérgio Aguiar, aconteceu uma situação ridícula, quando a tal pauta era sobre Paulo Freire, apresentado como educador e personalidade de referência mundial. Todos os comentaristas puseram o homem nas nuvens, até que o representante na Argentina, Ariel Palácio saiu-se com essa pérola: Paulo Freire inovou a alfabetização, onde os nordestinos deviam trocar, no  conhecido abecedário, a fórmula, para arcaica, Eva viu a Uva por Vovô viu o Urubu. Explicação da supostamente sumidade em educação: a fórmula antiga era opressora, inibia a inteligência do alfabetizando inoculando-lhe ideias burguesas, pois ele, o caboclo lá das quebras da Paraíba e de Serra Talhada, ia lá saber o que era UVA, sabia, sim, o que era URUBU, que ele via todos os dias. Esse raciocínio mambembe foi compartilhado por todos os demais comentaristas — a Cantanhede dizendo tratar-se de um grande erudito;  Chacra informando que se tratava de educador reconhecido internacionalmente, inclusive nos Estados Unidos; os demais acompanhando o converser tapiativo, como diria Jorge Amado.
Como são ingênuos, medíocres esses comentaristas da Globo! É de estarrecer a falta de acuidade, para não dizer raciocínio mesmo. Será que não sabem que Paulo Freire na verdade era um comunista fanático, que a fórmula  de aprendizagem Vovô viu o Urubu não é para alfabetizar ninguém, mas, sim,  submeter os incipientes a se iniciarem no marxismo, enfim, uma grande lavagem cerebral? Será que esses jornalistas — a maioria formados na UNB ou na USP — não percebem a malandragem do Paulo Freire, ao trocar a fórmula clássica Eva ver a Uva, pela gramisciana Vovô viu a Uva? Pois consultem os alfarrábios, manuais clássicos de economia e filosofia! É uma medida de transformação da sociedade, senhores da Globo, deixem de bobagem. Senão vejamos. A fórmula Eva viu a Uva é conservadora, clássica, tem dois sinais vitais para o alfabetizando: Eva e Uva. Eva significa a primeira mulher, está na Bíblia, companheira que o Criador deu ao primeiro homem, Adão, portanto o alfabetizando se instrui logo sobre os fundamentos da religião; Uva, quer dizer produto natural metacivilizatório, porque dá origem ao vinho, que quer dizer humanidade, além de simbolizar euforia, vida, amor, cristianismo, o pão e o vinho evangelizador.
A fórmula imposta pelo suposto educador não passa de um estratagema para o alfabetizando aderir ao pragmatismo medíocre, a ser passivo, inocente útil, massa de manobra, liberta-se da opressão burguesa para ser escravo do estatismo. Trata-se, portanto, de uma pedagogia que preconiza a miséria, em vez do progresso, da dignidade pessoal, nivela a pessoa por baixo, o tal falacioso igualitarismo, a ingenuidade de que todo mundo é igual — e que essa igualdade é a fórmula salvadora da humanidade. Vovô seria o arcaísmo, a ideologia do marxismo ultrapassado.  E o que representa a figura do URUBU? Carniça, impureza, é a ave mais agourenta do mundo, vive no monturo, cada vez menos aparece nas cidades. Que diferença para a UVA, sua rica simbologia! Veem agora a diferença?
Querem saber o resultado da aplicação da fórmula freiriana na educação brasileira? Um desastre, o sistema de nosso ensino um dos mais ineficientes do mundo, haja vista os dados da Organização  para Cooperação do Desenvolvimento Humano (OCDE) da ONU, que informa em 2015, dentre os 189 países pesquisados, o Brasil ocupa o 79ª posição, ficando atrás, na América do Sul, da Venezuela, do Chile e da Argentina, à frente somente do Paraguai. E tem outro detalhe de certo modo fundamental, no mesmo ano nosso PIB caiu 3,8%, o que significa que a nação ficou mais miserável, consequentemente o povo, quer dizer, o tal igualitarismo leva cada vez mais à decadência econômica — é o efeito urubu em cujas asas purulentas o esquerdismo brasileiro, fanático e irresponsável, colocou o País.
Paulo Freire — que hoje em dia ninguém houve mais falar, principalmente no exterior, não passou de um braço marginal do marxismo gramisciano. Sua tão badalada PEDAGOGIA DO OPRIMIDO, seria por assim dizer PEDAGOGIA DO URUBU, sua adoção só levaria as pessoas a viverem como os urubus. Não será este, afinal, o ideal do falacioso igualitarismo universal?
                                                                      Bsb, 21.01.19


terça-feira, 1 de janeiro de 2019




FELIZ  ANO  NOVO 
- O ANO DA VIRADA!

                    

                  MEU  CAMINHO


                                                  Murilo Moreira Veras


Transponho a linha do Tempo
— o coração aos pulos?
Os braços buscam espaço
na quadratura do Mundo.
A vida em festa
— a vida com ou sem festa
os olhos numa profusão de Sonhos.
Viver é sonhar
como sonhar é viver
                   sempre —
Ou é o (com) viver sem trégua
                 para o Amanhã?
O Caminho é o caminho dos Homens.
Os Homens — um caminhar no limite
                 do Horizonte.
As mãos, minhas mãos, nossas mãos
esvoaçam asas ansiosas,
                  repletas de Esperança
como a realeza dos pássaros.
Não são os pássaros que decantam a natureza
                   em cânticos
                   polifônicos?
Nós, humanos, é que desfiguramos
                   a lírica do cenário,
não compreendemos a pureza dos lírios
                   do campo.
Fôssemos pássaros humanos, alimentássemos
                   nós alvíssaras de Amor ao Belo
nossa vida seria uma belíssima Aventura.
Viandantes do Destino audaciosas trilhas
nossas pegadas percorreriam.
Destino é a força da obstinação
que ela nos alimente, nos fortaleça a alma.
A cada dia, um sorriso,
                    cálida lembrança
                     renascendo
o amor a deslumbrar o rosto
enquanto em passos o perfil do Destino
                      vai roteirizando.
— Luz, luz, aos meus poros urge,
cânticos novos e antigos ouso ávido
— são como écoglas ao perfil do Advento.
                       Viverei?

                                        Bsb, O1.01.1919