terça-feira, 24 de setembro de 2019




SÍNODO  AMAZÔNICO : O  IMANENTE

CONTRA      O        TRANSCENDENTE

                       




                   Enquanto a Mídia e toda o esquadrão globalista viraliza no mundo a destruição da Amazônia — segundo eles pelo Governo Brasileiro — o Papa Francisco, que já   tumultuou a cristandade com sua insólita Amoris Laetitia, prenuncia outro petardo canônico: a abertura do Sínodo Amazônico com o recente documento de trabalho  Instrumentum Laboris”.

Nas entrelinhas e sub-repticiamente, a iniciativa afigura-se estarrecedora, pelo menos aos olhos professorais do Cardeal alemão Walter Brandmüller, de 90 anos, historiador da Igreja Católica, que presidiu no Vaticano o Pontifício Comitê de Ciências Históricas de 1998 a 2009 e coautor, em 2016, do famoso dúbia, isto é, espécie de instância interlocutória sobre interpretação e aplicabilidade da encíclica Amoris Laetitia do Papa Francisco.

Numa contradita percuciente e listando argumentos inatacáveis, à égide da doutrina e da genuína dogmática católica, o erudito cardeal analisa em documento específico, de forma incontestável, o ratio legis da iniciativa do Papa, ao promover o Sínodo Amazônico.

Com conhecimento de causa, o cardeal não tem meias palavras quanto à validade da iniciativa, por infringir o cânon da Igreja, como Mater et Magister e principalmente se contrapor a vários ensinamentos de Jesus Cristo, continuados pelos Apóstolos.  Segundo ele, o documento papal é tão impróprio que o considera herético e apóstata — fere a Tradição Apostólica, por transgredir a hierarquia e interferir em assuntos governamentais restritos ao estado laico. Sem falar que quanto à doutrina católica como recebida dos Apóstolos, a providência sugere acatar na evangelização práticas nitidamente panteísticas.

A nosso ver, a contestação do Cardeal se erige como o maior libelo acusatório ao Papa Francisco, apontando uma a uma as falhas do documento intitulado Instrumentum Laboris, formulador do Sínodo Amazônico. Não só desnaturaliza a Igreja que busca o transcendência do Reino, como o Reino crístico é perenizado à condição de imanência panteística.

Eis como o Cardeal conclui seu libelo:

O Instrumento Laboris para o sínodo da Amazônia constitui um ataque aos fundamentos da fé, de uma forma que até hoje não foi considerado possível. E portanto, deve ser rejeitado com a máxima firmeza.”  


CDL/Bsb, 24.0919