SÍNODO AMAZÔNICO : O IMANENTE
CONTRA O TRANSCENDENTE
Enquanto a Mídia e toda o esquadrão globalista viraliza no mundo a destruição da Amazônia — segundo eles pelo Governo Brasileiro — o Papa Francisco, que já tumultuou a cristandade com sua insólita Amoris Laetitia, prenuncia outro petardo canônico: a abertura do Sínodo Amazônico com o recente documento de trabalho “Instrumentum Laboris”.
Nas
entrelinhas e sub-repticiamente, a iniciativa afigura-se estarrecedora, pelo
menos aos olhos professorais do Cardeal alemão Walter Brandmüller, de 90
anos, historiador da Igreja Católica, que presidiu no Vaticano o Pontifício
Comitê de Ciências Históricas de 1998 a 2009 e coautor, em 2016, do famoso dúbia,
isto é, espécie de instância interlocutória sobre interpretação e
aplicabilidade da encíclica Amoris Laetitia do Papa Francisco.
Numa
contradita percuciente e listando argumentos inatacáveis, à égide da doutrina e
da genuína dogmática católica, o erudito cardeal analisa em documento
específico, de forma incontestável, o ratio legis da iniciativa do Papa,
ao promover o Sínodo Amazônico.
Com
conhecimento de causa, o cardeal não tem meias palavras quanto à validade da
iniciativa, por infringir o cânon da Igreja, como Mater et Magister e
principalmente se contrapor a vários ensinamentos de Jesus Cristo, continuados
pelos Apóstolos. Segundo ele, o
documento papal é tão impróprio que o considera herético e apóstata
— fere a Tradição Apostólica, por transgredir a hierarquia e interferir
em assuntos governamentais restritos ao estado laico. Sem falar que quanto à
doutrina católica como recebida dos Apóstolos, a providência sugere acatar na
evangelização práticas nitidamente panteísticas.
A
nosso ver, a contestação do Cardeal se erige como o maior libelo acusatório ao
Papa Francisco, apontando uma a uma as falhas do documento intitulado Instrumentum
Laboris, formulador do Sínodo Amazônico. Não só desnaturaliza a Igreja que
busca o transcendência do Reino, como o Reino crístico é perenizado à condição
de imanência panteística.
Eis
como o Cardeal conclui seu libelo:
“O
Instrumento Laboris para o sínodo da Amazônia constitui um ataque aos
fundamentos da fé, de uma forma que até hoje não foi considerado possível. E
portanto, deve ser rejeitado com a máxima firmeza.”
CDL/Bsb,
24.0919