sábado, 16 de janeiro de 2016
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
O ANDARILHO DE SONHOS
Murilo Moreira
Veras
No meio da
estrada do mundo
tem uma pedra
No meio do mundo tem uma
pedra na estrada.
Caminhos do mundo
estradas da
vida.
Tem uma pedra no mundo?
Tem uma pedra na vida?
O primeiro dia do Novo Ano
é mais uma pedra
na estrada da vida,
pedra obstáculo
nos obstáculos de pedra.
Em cada coração uma pedra
em cada pedra um coração.
No primeiro dia do Ano
não tem mais uma pedra,
em vez de pedra, um coração.
Pedra de utopia, talvez.
Do convívio com o Tempo,
nutre-se o Ideal
– idealismo no tempo
em tempo de idealismo.
No meio da estrada do Tempo
caminha o Andante do Novo Ano
– no meio da estrada da Vida
caminha o Andarilho
de nossos Sonhos
Bsb, 01.01.16
O ADVENTO
DO NATAL
Murilo Moreira Veras
Estes
dias do Advento são como buscar
a confiança neste mundo.
As aves não voam no limite do
horizonte?
As flores não desabrocham saudando
a beleza da manhã?
Os lírios nos campos já não se
vestem
com os fios da eternidade?
No berço, antes de dormir a
criança recebe
a ternura da Mãe
enquanto os anjos lhe resguardam
o sono,
embevecem-lhe os sonhos.
Jesus nascerá – os Magos proclamam,
no manto da noite, uma estrela
lucila,
sorri de euforia.
As crianças se alegram.
Urge que haja alvorada no mundo.
Jesus vai nascer.
O tempo de espera já se cumpre.
É o fim dos tempos de Advento.
É tempo de esperança.
O mundo entoa um canto novo
– uma euforia se abre no campo
dos sonhos:
É Natal – Jesus acaba de nascer.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
sábado, 28 de novembro de 2015
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
O RETROCESSO IDEOLÓGICO
Os brasileiros parecem todos dormirem
em berço esplêndido ao ignorarem o grande embuste que vem se tramando na
educação. Quem não tem filhos nas escolas públicas, níveis elementar e fundamental,
simplesmente – como fazem os medrosos
gansos enfiando os bicos em buracos – preferem se omitir e deixar o barco
passar. E quem os tem, por preguiça mental ou negligência, dão uma de ouvido
mouco, se acomodam. Enquanto isso, o
nível de conhecimento, o cabedal intelectual, o acervo cultural do brasileiro
tudo vai se dissolvendo na poeira do tempo.
E tem pessoas
que alardeiam que nosso País caminha a passos largos para o progresso. Ou
regresso? Sim, regresso ou melhor, vivemos, isto sim, tempos de retrocesso, em
termos de conhecimento, racionalidade e dimensão social, antropológica,
econômica e humanística.
Observe-se, por
exemplo, o descalabro que está ocorrendo no aprendizado escolar. Atente-se para
esse monstrengo que constitui a Base
Nacional Comum Curricular, espécie de planejamento global no âmbito da
educação formal, proposto pelo Ministério da Educação. Trata-se de um plano
objetivando a padronização dos currículos escolares, seja pública ou privada,
pelo qual os estabelecimentos de ensino do País serão automaticamente
orientados a compatibilizar o conteúdo de suas grades de ensino e o professor –
que assim fica mais acéfalo do que já
está – em sala de aula, obrigado a
transmiti-lo a seus alunos.
Antes de mais
nada já resultaria num absurdo impor às escolas e consequentemente aos alunos
conteúdos obrigatórios, quando muito poderia ser diretrizes a título de
orientação, nunca imposições de caráter ideológico. Sim, porque esse, em ultima
instância, é o verdadeiro objetivo desse famigerado Plano: ideologizar o ensino
brasileiro, desmontar o estudo tradicional, desmoralizar o ensino humanístico,
pluralístico. O modelo tradicional de ensino foi inspirado no famoso método
Trivium da escolástica que a Irmã Miriam Joseph, atualizou em obra recente do mesmo título.
Ou como dizem
em artigo de 8.11.15, na Folha de São Paulo, Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa, ao criticar a proposta do
MEC: “... os autores (anônimos e, assim,
“especialistas”) do documento do MEC investiram numa sociologia do
multiculturalismo que esvazia a temporalidade e, com ela, a gramática da
historiografia. De fato se aplicada, a proposta oficial significará o
cancelamento do ensino da história.”
A verdade que salta aos olhos é que esses supostos
“especialistas” sabichões do MEC, que se escondem no anonimato, ousam nos enfiar garganta a dentro, numa
espécie de lavagem cerebral, essa demagogia espúria, esses dejectos de
conhecimento, essas armadilhas ideológicas, que em última palavra nada mais são
que o resultado de interpretações errôneas da história humana, esse verniz corrosivo que se denomina
sociologia do multiculturalismo, ou seja, a mais vil e nociva distorção da
historiografia humana segundo sua vertente temporal.
E o que é pior,
meter na cabeça de crianças de 11, 12 tais conceitos e depois, por extensão nos currículos das Faculdades – outra coisa
senão o método subliminar de terrorismo social, político e cultural criado por
Gramsci (1891-1937) e adotado como bíblia pelas novas gerações neomarxistas,
que formam hoje esse exército de saltimbancos corrompendo sistematicamente os costumes, a moralidade, a política, a
economia, a ciência de nosso tempo –
tudo isso com o auxílio da mistificação, do ceticismo violento e dessa
monstruosidade chamada “desconstrutivismo”, responsável por
desmoralizar, com seus conceitos espúrias, os pressupostos filosóficos que
buscam a sabedoria.
Bsb, 11.11.15
sábado, 24 de outubro de 2015
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