domingo, 29 de outubro de 2017




           MÍDIA —  INFORMAÇÃO OU IDEOLOGIA?







       A mídia brasileira — escrita, falada e televisiva — vem sistematicamente fazendo jus à invectiva do iluminista Voltaire “Mente, mente e alguma coisa ficará...”
Basta acompanhar a narrativa dos fatos a sucederem-se de maneira assustadora ao nosso redor,  que a televisão adora subvertê-los para seu proveito.
             Observe-se, por exemplo, as atuais edições da Veja, a de nº 42 em particular, de 18.10.17. Já a capa dá para o leitor consciencioso repugnar: uma criança abraçando o suposto pai de costa, com o título capcioso — “Meu filho é trans...” Toda a edição não passa de uma apologia a essa mais moderna e insidiosa anomalia, dita científica, intitulada de “transsexualidade”. Ou seja, a teoria de que os seres humanos são gerados pela natureza genética, mas  será a cultura,  as demandas sociais, inclusive os comportamentos e vontades pessoais, que hão de consagrar o gênero das pessoas. Portanto, os indivíduos em termos sexuais são neutros. Em outras palavras, esse negócio de sexo, até mesmo os símbolos sexuais, os órgãos físicos — isto é coisa de preconceito, machismo, já está ultrapassado, pois  trata-se de uma invenção do capitalismo, para oprimir o mais fraco, através da primazia sexual. É a “teoria do gênero” — a velha e infame “Queer gender”, celebrada por Margareth Sanger (1879-1966) feminista pro-abortiva que, no passado recente, fez apologia da eugenia, e cuja bandeira de  reinvindicação recebeu — pasmem — o apoio do fascismo hitlerista.  Segundo outro apologista da teoria esdrúxula, John Mullen, em obra de 1955, mudava a palavra “sexo”, para “gênero”. “Se você é homem, mas age como mulher, você é mulher” — afirmou. Em 1949, a escritora francesa Simone de Beauvoir, amante de Jean-Paul Sartre, declarou: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher.”
             O artigo da Veja, assinado por Giulia Vidale, está repleto de insinuações malévolas, espécie de pegadinhas que precisam de olho clínico para desvendar o significado perverso de seus conteúdos. Aliás, as fotos ilustrativas demonstram subliminarmente o veneno da informação — crianças abraçando os pais, à página 76, uma menina de 6 anos também abraça o pai, um homem todo tatuado com os dizeres: “No começo fiquei atordoado, sem saber onde correr.” Á página 77, a articulista força a barra, afirmando ...” Os transgêneros fazem parte do cotidiano brasileiro” que ela diz ser 0,5% da população, ou seja, 1 milhão de pessoas. Onde ela obteve esse fantástico percentual? Ela não informou. Apenas alega que, seguindo orientação da revista,  acompanhou durante um mês o cotidiano de famílias. Meninas que se transformam em meninos e vice-versa meninos em meninas.
            Os casos indicados são capciosos (pag.78) — um menino com 6 anos assumiu ser menino. Observe-se o verbo “assumiu”. À pag. 79: menino que nasceu menina agora aos 12 anos “assumiu” a identidade de menino. E depois essa pérola em que a autora recorre ao alvará científico: “... o psiquiatra então sugeriu que a partir daquele momento ele fosse tratado como menino” no colégio e já tem carteira de identidade”.
             Toda a reportagem é costurada em linguagem assim,   subliminarmente cifrada. Afirma que em São Paulo desde 2014 há uma determinação que “permite aos estudantes da rede pública estadual utilizar o banheiro conforme o gênero “(pag.80). O Conselho do Ministério da Educação aprovou, por unanimidade um parecer que “... autoriza o uso do nome de acordo com o gênero escolhido para todos os estudantes trans das escolas de educação básica no país.”(pag.80), mas a decisão ainda permanece “sub-judice” do ministro da pasta. Ora, a norma não devia viger ainda, portanto, a informação é capciosa. Então não tem critério nenhum, o “trans” pode usar o banheiro que lhe dá na telha? E como fica a menina que se constrange ao ver um marmanjo trans usando o banheiro feminino?  E vice-versa, uma menina trans compartilhando o banheiro específico de homem?
          À mesma página 80, lê-se essa verdadeira falácia biológica, que agride totalmente as leis naturais: “... Uma criança transgênero vai construindo sua identidade de gênero, mas não se trata de um processo abrupto.” Em que lei biológica a articulista se baseou para disseminar tal aberração? Na criança o que vai sendo construído é a personalidade, o seu raciocínio, enfim, o seu caráter como ser humano. Isto porque seu sexo já está definido desde o nascimento, se homem ou mulher. Dizer como foi dito é uma transgressão do léxico e também do pensamento, um sofisma gramatical que se transforma numa transgressão aos fundamentos da Biologia.
           Mas, o que mais nos repugna nessa reportagem é a maneira como os argumentos contrários foram subtraídos. Por que não se apresentaram as contraditas das informações — os verdadeiros códices da Biologia e Anatomia Humana, assim como os aspectos éticos, estéticos e até mesmo morais que a matéria exige? Ora, é simples: para não contrariar os interesses monetários que subjazem a essa mídia, que nada tem de informativa, mas serve-se como canal de propagação ideológica e destruição da célula mater da sociedade — a família.

  

Um comentário:

  1. Não só a reportagem da revista Veja é repugnante, também as novelas de TV, quase todas com a mesma tendência. as passeatas GAYS, os filmes nacionais e internacionais - "O quarto de Jack" (o movimento é global) e acho que sem retorno.
    Parabéns pela crítica. É necessário coragem para contrariar essa poderosa corrente, ou mesmo ser um paladino, são poucos os que o fazem.

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