sexta-feira, 22 de outubro de 2021

   

                   
     

   

                           





                            O REINO DE DEUS E A

                      NOVA ORDEM MUNDIAL

 





                  Nos dias atuais tem aflorado na Igreja Católica, sobremodo entre os religiosos que aderiram à chamada Teoria da Libertação, a ideia de que o Mestre Jesus Cristo, quando se refere ao Novo Reino, estaria pondo em prática espécie de comunitarismo social. Em outras palavras e para o bom entender, nada mais conotativo do que promover, de forma simulada, o socialismo, também agora escondido em alegorias como solidarismo, ecumenismo e outros ismos. O que, a nosso ver, pouco ou nada tem do verdadeiro cristianismo descrito nos Evangelhos e tampouco com os ensinamentos do Mestre da Galileia.

                            Jesus Cristo, personificado nas Escrituras e evocado em todas as profecias do Velho Testamento, quando veio à Terra em sua missão salvífica, não o fez como um agitador social, tampouco um vingador do passado e do futuro, que viesse abalar as estruturas de nenhum governo ou nação — no caso a Judeia ou o Império Romano sob o regime férreo dos Césares. Jesus não foi um Barrabás, que o povo ignaro salvou da crucifixão. Jesus era um apologeta, de origem divina, que cumpria a missão de resgatar a humanidade pelo sangue, nascido de uma virgem, segundo as profecias.

                        Perguntar-se-á: então o que é esse Reino de Deus que os libertacionistas católicos tanto se apegam, introduzem-no na doutrina e apregoam a quatro ventos a inadvertidos adeptos como espécie de paraíso terrestre? Ao que nos consta esse paraíso é preconizado pelo marxismo, segundo as teses enganosas de seus fundadores Marx e Lenine. Não o paraíso, mas o igualitarismo que une as pessoas a ferro e fogo sob o cutelo de um Estado dominador.

                           Quem nos dá a resposta é o próprio Evangelho, a epístolas aos Romanos de Paulo de Tarso: “O Reino de Deus não é comida e bebida, mas é justiça e paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17). E o Catecismo da Igreja Católica complementa: “Os últimos tempos que estamos vivendo, são os tempos da efusão do Espírito Santo. Trava-se, por conseguinte, um combate decisivo entre “a carne e o Espírito”

                          Não há controversa: o Reino de Deus é uma apologia à transcendência, é um estado de espírito, mas do que uma estrutura política, uma organização terrena. É um chamado, como se referia sempre o Mestre, à conversão, o apelo de seu precursor João Batista. Certa seita, imprevidente, acredita numa tal Jerusalém celeste a ser implantada na Terra, no fim dos tempos, distorcendo o sentido da escatologia.

                       Não é difícil concluir que toda a trupe esquerdista, submissa à lavagem cerebral gramscianas, se aproveitou da ingenuidade dos seguidores da Teoria da Libertação, para sub-repticiamente  introduzir aos incautos essa ideia de que o Novo Reino seria a Nova Ordem Mundial, e seus similares eufêmicos Nova Ordem Mundial, ecumenismo, Mãe Terra, Gaia e outros apodos, os quais não seriam utopias, mas verdadeiras distopias.

 

CDL/BSB,22.10.21