O REINO DE DEUS E A
NOVA ORDEM MUNDIAL
Nos
dias atuais tem aflorado na Igreja Católica, sobremodo entre os religiosos que
aderiram à chamada Teoria da Libertação, a ideia de que o Mestre Jesus Cristo,
quando se refere ao Novo Reino, estaria pondo em prática espécie de
comunitarismo social. Em outras palavras e para o bom entender, nada mais
conotativo do que promover, de forma simulada, o socialismo, também agora
escondido em alegorias como solidarismo, ecumenismo e outros ismos. O que, a
nosso ver, pouco ou nada tem do verdadeiro cristianismo descrito nos Evangelhos
e tampouco com os ensinamentos do Mestre da Galileia.
Jesus
Cristo, personificado nas Escrituras e evocado em todas as profecias do Velho
Testamento, quando veio à Terra em sua missão salvífica, não o fez como um
agitador social, tampouco um vingador do passado e do futuro, que viesse abalar
as estruturas de nenhum governo ou nação — no caso a Judeia ou o Império Romano
sob o regime férreo dos Césares. Jesus não foi um Barrabás, que o povo ignaro
salvou da crucifixão. Jesus era um apologeta, de origem divina, que cumpria a
missão de resgatar a humanidade pelo sangue, nascido de uma virgem, segundo as
profecias.
Perguntar-se-á:
então o que é esse Reino de Deus que os libertacionistas católicos tanto
se apegam, introduzem-no na doutrina e apregoam a quatro ventos a inadvertidos
adeptos como espécie de paraíso terrestre? Ao que nos consta esse paraíso é
preconizado pelo marxismo, segundo as teses enganosas de seus fundadores Marx e
Lenine. Não o paraíso, mas o igualitarismo que une as pessoas a ferro e fogo
sob o cutelo de um Estado dominador.
Quem
nos dá a resposta é o próprio Evangelho, a epístolas aos Romanos de Paulo de
Tarso: “O Reino de Deus não é comida e bebida, mas é justiça e paz e alegria
no Espírito Santo (Rm 14,17). E o Catecismo da Igreja Católica
complementa: “Os últimos tempos que estamos vivendo, são os tempos da efusão do
Espírito Santo. Trava-se, por conseguinte, um combate decisivo entre “a carne e
o Espírito”
Não
há controversa: o Reino de Deus é uma apologia à transcendência, é um estado de
espírito, mas do que uma estrutura política, uma organização terrena. É um
chamado, como se referia sempre o Mestre, à conversão, o apelo de seu precursor
João Batista. Certa seita, imprevidente, acredita numa tal Jerusalém celeste a
ser implantada na Terra, no fim dos tempos, distorcendo o sentido da
escatologia.
Não
é difícil concluir que toda a trupe esquerdista, submissa à lavagem cerebral gramscianas,
se aproveitou da ingenuidade dos seguidores da Teoria da Libertação, para
sub-repticiamente introduzir aos
incautos essa ideia de que o Novo Reino seria a Nova Ordem Mundial, e seus
similares eufêmicos Nova Ordem Mundial, ecumenismo, Mãe Terra, Gaia e outros
apodos, os quais não seriam utopias, mas verdadeiras distopias.
CDL/BSB,22.10.21
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