sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

 

 A SAGA DO BRASIL SOCIALISTA

    

 

 

 

                                                                             Leônidas Canabrava

                                                                                               

 No mundo, já houve várias utopias. A Utopia de Thomas More, a Utopia da Cidade do Sol de Campanella – agora surge a mais nova, a utopia do Brasil Socialista ou Socializado,  à moda do político K, este fundador do Partido do Operário – PO.

O Brasil passa a ser regido pelo PO, responsável por implantar o socialismo de estado no País. O partido terá uma cúpula governativa chamada Câmara dos Operários do Poder – COP, que fará a gestão total. A chefia caberá ao homem nº 1 do PO, acumulando a função de presidente do partido e do País.

Os estados da Federação serão geridos por um Governador Operário indicado pelo partido, mediante meritória militância e tendo em vista os serviços que o elemento prestou. Os estados serão divididos em comunidades, para as quais será indicado um operário supervisor, chamado Operário Comunitário, que fará a fiscalização de cada região ou comunidade,  visando atender às necessidades dos moradores.

Para assegurar a total socialização do País, o COP, sob supervisão de instrutores de alto nível em matéria de socialismo, se incumbirá de redimensionar a economia e as finanças do Pais. O PNB — somatório de todos os bens e recursos da nação — será compartilhado equitativamente com todos os brasileiros, com o objetivo de erradicar, definitivamente a pobreza do País. Criar-se-á então um instrumento específico com esse objetivo, implantando-se concomitantemente a reforma agrária. Será o Movimento de Distribuição de Terras – MDT, responsável pela distribuição de terra a lavradores e pecuaristas, os quais ficarão sob sua tutela. Para solucionar o problema da moradia, agirá o Movimento da Casa Própria – MCP, confiscando-se quem tem mais de uma, para dá-la a quem não tem. O  objetivo é equalizar bens e  riqueza, mediante redistribuição equitativa de seus cômputos, evitando-se o monopólio, tanto de bens quanto de riquezas, como soe ocorrer no capitalismo, tudo em consonância com a perspectiva do genial seguidor de Gramsci, o economista francês Thomas Piketty. Tais iniciativas objetivam evitar, de uma vez por toda, o reaparecimento do capitalismo, que, assim, será totalmente erradicado.

A implantação sumaria do socialismo no País será consumada pelas ações do PO e do COP, para o que contarão com o auxílio estratégico e logístico do Exército Brasileiro, que, doravante, se denominará Exército Nacional do Povo.

Quem será beneficiado com a socialização do Brasil é o povo, incluso neste os mais necessitados, os sem terra e sem tetos, os quais, doravante, serão todos atendidos, acabando-se finalmente com a fome e a miséria no País. Só assim o brasileiro terá o que comer e onde morar. A competição e a exploração serão totalmente eliminadas da economia. Dar-se-á prioridade à educação, desde que orientada diretamente pelo Departamento de Cultura Popular – DCP, eliminando-se qualquer manifestação cultural ou educativa que não traga benefícios ou não estimulem o incremento do socialismo no Pais.

As profissões funcionarão em favor do regime, da mesma forma a saúde, criando-se os monitores respectivos a cada atividade, os Operários da Educação, da Saúde, do Ensino e assim sucessivamente.

Com a socialização do Brasil, cumprir-se-á o surgimento de mais uma Utopia — a utopia fundada e desenvolvida pelo gênio brasileiro da espécie, o Sr. K, que, por sua vez, inspirou-se nos mais importantes lideres da atualidade: o jurássico Fidel Castro, o já falecido sargentão Hugo Chaves e o caminhoneiro Maduro.

No mais, é pedir a intervenção divina, diante de tanta devastação no País, já deteriorado por Mensalões, Petrolões e outros diabólicos quejandos infelicitatórios.

Bsb, 25.02.15

* Jornalista cultural e cronista, nosso colaborador 

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

 

CAMINHO  SINODAL, O QUE É

        PARA QUE SERVE

 

 


 

 

Acredite se quiser, mas a Igreja Católica Apostólica Romana, de mais de dois mil anos de existência, pode tornar-se nada menos que uma seita. A ameaça tem um nome — Caminho Sinodal, seu responsável o Papa Francisco, o atual mandatário da Igreja no Vaticano.

Será consequência do derrame das 7 Taças do Apocalipse, mais um sinal do final dos tempos?

Afinal, o que é esse Caminho Sinodal anunciado a quatro ventos pelo Papa e do  que nos decantam tanto alguns bispos, aliados à fraseologia encantatória do Papa argentino? Sim, porque é público e notório que ele é porta-voz do mundialismo. Este ano mesmo acabou de propiciar a Jornada da Juventude, em Lisboa, movimento supostamente católico, com temática variada, menos sobre apologética cristã. Quem não assistiu o festival, precisa fazê-lo — cenas absurdas, verdadeiro carnaval, cenas de dançarinas seminuas em estilo psicodélico. E o incrível, um padre como DJ se rebolando em frente às câmaras, a conduzir a parafernália eletrônica.

Não satisfeito, nosso santo Papa agora se deleita em criar imbróglios no Vaticano, desde quando foi conduzido à Cadeira de Pedro, o 1º substituto de Jesus Cristo e responsável pelo ingresso dos fies no Paraíso Celeste.

No youtube, acabamos de assistir palestra  do Prof. José Antonio Ureta, sobre o tema, ele membro fundador da Fundación Roma, pesquisador e colaborador da revista católica e do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira. Declara o Professor que “A sinodalidade é uma Caixa de Pandora” . E  mais, segundo ele, é o maior evento na Igreja, desde o Vaticano II. Explica que o sinodalismo vem de sínodo, do grego synodos, que significa caminhar junto, na Igreja Católica trata-se de uma assembleia de eclesiásticos e leigos, convocada por seu superior (no caso o Papa Francisco) que se reúnem com o objetivo de caminhar juntos seguindo determinado objetivo. O conferencista apresentou suas dúvidas sobre o assunto, assim como todos nós, ainda católicos, diante de tantos fatos negativos a envolver essa verdadeira caixa de pandora. Na verdade, encontramo-nos perplexos com essa espécie de armadilha adotada pelo Papa, mais uma por sinal, pois a todo momento assistimos atos e fatos em que ele vive se envolvendo.

Segundo o Professor Ureta — sinodalidade é um neologismo, espécie de nova linguagem baseada no Vaticano II. Outro que faz críticas severas à novidade lançada pelo Papa é o Frei Tiago de São José, segundo quem o tal Caminho Sinodal não passa de mais um sofisma gerado pelo Vaticano II, ao lado de outras mudanças introduzidas por aquele concílio.

Vale dizer que o que nos causa espécie em todo esse imbróglio e até mesmo indignação, é saber que quem o vem apoiando é nada menos que Leonardo Boff, ex-franciscano, afastado das hostes católicas por desobediência, inclusive por se dizer contra o monopólio da Igreja — público defensor de pautas mundialistas, aquecimento global, Gaia, globalismo, Mãe Terra, Teoria da Libertação e outras tretas de interesse do cientificismo, pragmatismo, movimentos geradores de mais ateísmo no mundo, os humanos cada vez mais afeitos à ignorância, à servilidade ao maquiavelismo mundial, desprovidos de ética, da estética e da moralidade,  cada vez mais menos sábios em suas atitudes.

A propósito, quem nos salvará da derrocada final? Perguntem ao site ChatGPT do multimilionário Elon Musk.

 

 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

 

QUEM CRIOU DEUS  E OUTRAS

DIGRESSÕES     POSSÍVEIS

 

 


 

 

Tem se tornado lugar comum nos meios de comunicação — a mídia escrita e falada e redes sociais — o tema “Quem Criou Deus”. Na realidade é uma porta aberta para uma profusão de itens da moda, IA e seus bonecos robôs.

Como se não bastasse tanta informação, contribuindo para mais um desserviço à sociedade — eis que o Papa Francisco, figura máxima da Igreja Católica, mediante um sinuoso processo, chamado moto-próprio, modifica a teologia católica e decreta que os Bispos cumpram novas regras, através de sua recente Carta aos Bispos de Todo o Mundo. O objetivo é atualizar a aplicação  da fé católica à realidade atual.

Inquieta-nos, cada vez mais, a impressão de que vivemos os tempos pre-apocalípticos, tantos são os sinais, guerras, mudanças climáticas, revoluções dos costumes, desgovernos nas nações, sem falar na proliferação de crimes e a acefalia cerebral das pessoas. Entre os desmando, incluam-se, infelizmente, esse recente desvio teológico do Papa, fato que mais contribui para o avanço do ateísmo e a incredibilidade no mundo, devido a destemperança dos pregadores da fé em Deus.

É nesse cenário, já preconizado por Cícero na antiga Roma, que os cientificista incrédulos continuam a negar a existência do Criador. E perguntam alto e bom som — Se Deus existe, quem criou Deus?

Ora, ninguém criou Deus, Ele é eterno, incriado, não tem começo nem fim. Aliás, urge alertar esses interlocutores incrédulos, que no século XVII, um grande filósofo alemão, verdadeiro polímata — Gottfried Wilhelm Leibnz (1646-1716) — afirmava e provava a existência do Criador, sobretudo no livro Ensaios de Teodiceia. E se consultarmos as Escrituras, ali encontraremos a prova teológica de Deus — para os que ainda têm fé e guardam os seus mandamentos. Observe-se que cerca de 2,18 bilhões de pessoas acreditam em Deus, o criador do Universo.

De minha parte, mesmo tendo compilado afirmações de vários cientistas e filósofos, de que Deus não existe, a pergunta Se Deus existe, quem criou Deus?, afigura-se infantil, pelo fato de que Deus não entra em nenhum tipo de classificação terrena ou extraterrena, Ele se completa a si mesmo. Observe-se o Êxodo 3:14 — Ele disse: Eu sou aquele sou. Quem pode definir Aquele que sou? Ora, Ortega y Gasset, filósofo espanhol, declinou como baluarte de sua teoria Eu sou eu e a circunstância  — mas Deus não tem circunstância, tampouco parte de qualquer circunlóquio.  Entrementes, o filósofo francês que criou a raiz do racionalismo e pragmatismo modernos com seu aforismo Penso, logo existo,  nada conseguiu contra a existência de Deus — Deus não pensa, Ele é o próprio pensamento, assim como Ele é a própria existência!

Vejamos agora a contraparte de nossa indignação. Refiro-me a esse tour-de-force de que se vale nosso Papa Francisco — o chamado motu próprio que constitui a Carta aos Bispos de Todo o Mundo, decreto recentemente provindo de Sua Santidade. Faço meus os argumentos do cardeal Gerhard L. Mueller, pela veleidade dos meus e sapienciais do religioso. Em artigo recente o teólogo alemão admoesta o Papa com absoluta eficácia, teológica e cristãmente, demonstrando as consequências advindas da propositura papal para o bispado  católico.

Diante de tanta discórdia e  falta de clarividência dos seres humanos na condução de nossa civilização, fruto, talvez, de veleidades pessoais em comunhão com ideários socializantes e vazio pragmatismo —  só nos resta rezar para não termos nossa consciência violada por uma existência  desprovida de sentido.

Bsb, 13.11.23