segunda-feira, 22 de julho de 2024

 C                       cOMODITES, GÊNIOS, COMPETÊNCIA

          E OUTROS ATOS E FATOS ATUAIS

 





Tem-nos dado tratos à bola, certos  atos e fatos que veem transtornando nosso mundo e o comportamento das pessoas. Talvez devido, ao que acredito, à velocidade com que seus habitantes são  atacados pela fobia da modernidade e ao que chamamos  de Inteligência Artificial – IA.

Acontece que nem todos nós somos vitimados por essa doença, ou seja, há naturalmente os que dela se salvam — embora cada vez menos sejam na realidade os dela vacinados.

Observemos com uma lente de curiosidade mais potente, o que ocorre no mundo e, mais de perto, em nosso País.

Nossos supostos maravilhosos administradores, por exemplo, não atentaram, ou talvez nunca tenham se apercebido, por incúria e acefalia congênita aos políticos e financistas, que nossas riquezas naturais estão se esgotando a cada dia, a cada hora e a cada minuto. Um dia, talvez amanhã, quem sabe, nosso País se tornará um deserto e nosso povo, coitado, passando fome, nossas riquezas naturais ido para o brejo. Enquanto lá fora, nossos supostos amigos estrangeiros enriquecem, se embelezam, criam cidades fantásticas, vivem à forra, embora só se refastelem os milionários — tudo a custa de nossas riquezas, que vendemos, nossas famosas comodities, ninguém tem certeza se a preço de banana, posto que as transações foram feitas pelos políticos, financistas, ou simplesmente ladrões de paletó e gravata, incompetentes, o que podemos apelidar, serem, à la francesa, les incompetains.

Ora, recapitulemos. Não foram assim que lá pela época do desenvolvimento, quando fomos colonizados, não nos rapinaram nosso pau-brasil, madeira que foi parar na mesa e cadeiras da oligarquia inglesa, não esgotaram nosso ouro para servir de badulaques às princesas das cortes europeias?

Reptemos — nossos mandachuvas políticos e et allia têm ciência disso, quais as providências tomadas? Pelo que sabemos, nós do baixo clero da República, desconhecemos tais medidas preventivas. Como, se a ignorância grassa entre nosso povo, tirante meia dúzia de felizardos?

E assim lá nave va — não foram a mão de Nosso Senhor e os cuidados de Nossa Mãe, sim, já teríamos  ido pro brejo mais cedo. Não fomos o berço de um gênio chamado Ruy Barbosa, que, no entanto nunca conseguiu ser Presidente da República? Por quê? Porque o governo foi atacado nada menos por uma chusma de incompetentes. O que esperar, se um homem ilustre, verdadeiramente um sábio, nosso Dom Pedro II, foi expulso do País, quase a ponta pé, por um dos maiores incompetentes de nossa história republicana?

Não pensem que só aconteceu ou acontece nesse nosso maravilhoso Brasil de riquezas mil. Acontece no mundo todo, basta dá uma espiadela no que ocorre nesse nosso espoliado planeta — que dizem ser o único habitado em todo o Universo, não no dito cujo propriamente, que pertence à Natureza gerida pelo Senhor Onipotente, mas nas pessoas e nas teorias delas emanadas, os quais são os que realmente governam ou desgovernam este nosso mundo.

Haja santa paciência para compreender tudo isso, talvez já tenha  até se esgotado pela trilha já percorrida.

                                                  Bsb, 22.07.24

domingo, 14 de julho de 2024

 

O PODER GLOBAL E A NOVA

RELIGIÃO UNIVERSAL

 

 

 


 

 

 

 

Falemos hoje sobre assunto que vem causando tumulto em nosso País e em todo o mundo — a chamada Nova Ordem Mundial, ou em inglês New Word Order (NWO). O tema é discutido em todas as áreas, sob parâmetros os mais diversos, embora obtusos, pelo menos do ponto de vista ético-político.

Afinal, o que é essa tal Nova Ordem Mundial (NWO), como surgiu, quem são os pais desse fenômeno, que surge para equalizar todas as nações, com a fantasia de transformar o mundo, melhorar as condições de vida e  efetivar de fato a “aldeia global”, sonho do filósofo e comunicador canadense McLuhan na década de 1960?

Na verdade é um conjunto de ideias e procedimentos que vem sendo corriqueiros nos meios mediáticos. Faz parte das conspirações que, hoje, viralizam nos principais meios políticos internacionais e que visam nada menos do que implantar a globalização mundial.

Segundos pesquisadores, não se trata de uma ideia nova, retroage a tempos quase imemoriais, agora, naturalmente revitalizado sob novas e fascinantes vestes, graças à modernidade que nos tem ilustrado nosso tempo, onde tudo é possível e realizável. Se consultarmos os alfarrábios, a NWO é nada menos que, em outras roupagens, as velhos utopias, com que sempre tm sonhado os seres humanos. Desde Platão, quando erigiu sus famosos diálogos em A República em 360 aC. Em 1516, na Inglaterra a famosa Utopia de Thomas More. Também em 1580 com o sonho dourado de Tommaso Campanella. Também de Francis Bacon com sua Nova Atlantis em 1680. Ou ainda de Rabelais, com sua Gargântua e Pantagruel, em 1653. Também de Fénelon, 1699 nas suas Aventuras de Telêmaco. E se pesquisarmos mais fundo vamos encontrar uns cem números de outros sonhos utópicos na historiografia mundial. Modernamente o escritor inglês de  ficção científica H.G. Wells, em 1906 com sua Utopia Moderna, George Orwell com 1894, em 1949, a Ilha, de Aldous Huxley, em 1962, as Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino em 1972 e a Odisseia Final, de Arthur Clarke, em 1997.

A NOM seria talvez a mais recente modalidade do utopismo, pois sob o embuço de transformar o mundo, na realidade pode se tornar virulento instrumento de escravização da humanidade. Além de ser a teoria conspiratória de maior audiência no momento..

Pode-se dizer que o gatilho preparatório para implantação da Nova Ordem seria o que ventila pelo mercado ideológico como Nova Era. Sem falar que decorre das fantásticas teorias conspiratórias que veem atemorizando o mundo, multas falsas, mas sempre capazes de influenciarem o ainda frágil pensamento humano. Não teria sido essa a razão do desconstrutivismo gerado dede 1990 com a chamada contracultura?

Utopia, Nova Ordem Mundial, Nova Religião — tudo são, digamos, farinha do mesmo saco, ingredientes que compõem o maquiavélico construtivismo? Aquele mesmo movimento indigesto supostamente filosófico, apregoado a quatro ventos pelo filósofo francês Jacques Derrida?

O aforismo geral é de que a tal nova Nova Ordem Mundial se trata de um movimento natural e essencialmente progressista, espécie de condição mágica a solucionar todos os problemas da humanidade, sociais, políticos, econômicos e até religiosos. Sim, porque um dos ditames subliminares reinantes entre seus adeptos é de que “...no fundo todas as religiões são iguais.”

Tirante as inúmeras versões conspiratórias — maçonaria, iluminati, Protocolo Sábios do Sião, Round Table, quarto Reich, invasão alienígena, Brave New Word, vigilância maciça, ocultismo, controle populacional  — o certo é que todas são anomalias que se propagam e alcançam admiradores.

É preciso, pois, que nos acautelemos todos contra essas  malversações ideológicas. E por se tornar a mais virulenta de todas por interferir na espiritualidade do ser humano, colaborando para sua descrença na Religião e responsável pela viralização do ateísmo no mundo, é sem dúvida, a nosso ver a chamada NOVA ERA.

E uma coisa que as pessoas menos avisadas não sabem, fazem vista grossa, é que essa dita Nova Era, falsamente voltada para um tipo de  espiritualidade, tem sido na verdade campo propício de que tem valido o joio gramisciano, pelo qual se espalha a ideologia marxista, o veneno mais insidioso que vem esfacelando toda a base da cultura judaico-cristã, responsável pela implantação do processo civilizatório da humanidade

 

                                                   Bsb, 14.07.24

quarta-feira, 10 de julho de 2024

 

LEIBNIZ  E  SUA  ODISSEA DIVINA

     

 

                                   

                                      
                                                                                                                 Murilo Moreira Veras                       

 

Nossa civilização, dita avançada, hoje sob a batuta dos cientistas e difundida a quatro ventos pelas mídias, tenta por todos os meios, atos e fatos nos fazer crer que a fé está ultrapassada e que agora o que prevalece é o raciocínio humano. Aliás, G.K. Chesterton, no século passado já nos advertia sobre isso em seu livro O Que há de errado com o Mundo, mostrando como ideias modernas têm transtornado nossa civilização.

O fato não deve nos estranhar, pois, muito antes, no século XVI, Gottfried Wilhelm Leibniz já tratava sobre esse assunto nos seus escritos, recolhidos em seu fantástico livro Ensaios de Teodiceia, no qual, através de assertivas e argumentos contundentes, conclui que a razão alimentada pela ciência não contradiz a fé. A religião, enraizada na fé verdadeira, não invalida  nem se sobrepõe aos cânones científicos.

Polímata que foi como filósofo, jurista, matemático, cientista, físico e engenheiro, Leibniz se notabilizou por gerar conceitos, além de ter se tornado um dos maiores defensores da existência do Criador, já aquela época, quando os enciclopedistas iluministas ousavam desmoralizar a fé religiosa, com seus alvedrios estapafúrdios em favor da ciência que haveria de dominar o mundo e livrar o ser humano da ignorância e do atraso. Foi o que fizeram Diderot, Rousseau, Voltaire, D’Alembert, Condillac, Louis de Jaucourt, Descartes e outros supostos baluartes do cientificismo ascendente, considerados os corifeus da modernidade.

                Em seus ensaios de Teodiceia, Leibniz comprova, com absoluta sensatez de raciocínio e logicidade, que o Criador não só não joga dados, mas faz muito além da perspectiva eisensteiniana — criou todas as configurações notáveis do universo de tal forma a condizerem com o surgimento do ser humano na Terra, fato, aliás, que se manifesta traduzido no que chamamos hoje princípio antrópico, segundo o qual o universo favorece a existência do ser humano na Terra, ao propiciar-lhe todas as propriedades e requisitos necessários à sua existência. Ora, quem propiciou tai requisitos senão o próprio Criador?

Em certo excerto de sua Teodiceia — termo inclusive criado pelo próprio Leibniz – ele afirma: Até que ponto a fé e a razão estão em conformidade e até que ponto a sabedoria mundana pode ser empregada na doutrina divina? Pressuponho que duas verdades não podem se contradizer e que o que é relativo à fé consiste na verdade que Deus revelou de maneira extraordinária; mas a razão não é senão uma cadeia ou conexão de verdade, particularmente aquelas (quando se deixa a fé de lado) que o entendimento alcança com as suas próprias forças, sem o auxílio da revelação.

 

Tirante alguns cientistas hoje que ainda são criacionista, como Michail J. Behe, bioquímico católico, autor de A Caixa Preta de Darwin,  a  maioria são pragmáticos, acham que a razão, o conhecimento adquirido pelo  ser humano se sobrepõe à fé e, portanto, a religião está ultrapassada. Observe-se que o próprio Einstein, ao contrário do que muita gente desavisada pensa, nunca disse que era ateu, mas, sim, acreditava nos postulados de Espinosa, isto é, que Deus era a natureza. Outro exemplo, é o caso do entólogo britânico, evolucionista contrito, que até pouco tempo se batia contra a religião, pois acaba de anunciar na  rádio britânica LBC em abril que ele se sente culturalmente cristão.

É de vê-se, assim, que Leibniz e suas arguições continuam em vigor, com seu raciocínio brilhante, com que não só prova a existência de Deus, Criador do universo, mas adota posição das mais instigantes — de que, segundo suas próprias palavras:

Deus escolheu o melhor de todos os universos possíveis

Dessa forma, se o menor mal que acontece no mundo não tivesse lugar, não seria mais este mundo, o qual tudo contado e calculado foi considerado.

Não há, pois, como negar, com base em argumentos fortalecidos por esse extraordinário polímata da idade média, que foi Leibniz, que nós outros, embora por vezes incautos e vacilantes na pouca fé que ainda alimentamos, vivemos no mais possível dos mundos, aquele escolhido pelo Criador cuja inefabilidade se encontra além de nossa pobre capacidade por mais inteligente e maravilhosa que seja.

 Bsb, 10.07.24