COMO SOFISMAR O INSOFISMÁVEL
A
revista VEJA do grupo Civita, desde quando mudou de direção ideológica —
segundo afirma o jornalista e filósofo Olavo
de Carvalho — vem fazendo oposição sistemática, para não dizer venenosa, à
renovação ocorrente no Brasil realizada pelo Governo Bolsonaro. Visceralmente
sob a regência da esquerda internacional, a revista que seria cópia da
americana LOOK, hoje se transformou numa espécie de barricada na suposta defesa
dos direitos humanos, da civilização progressista, da liberdade de expressão
(abusiva) e outras pautas que o marxismo
disfarçado encarna ser proprietário absoluto.
Em todas suas edições, a
equipe de comentaristas e repórteres se desvelam em atacar, embora subliminarmente,
a figura do Presidente Bolsonaro e via de regra tudo que se refere aos fundamentos
da filosofia conservadora, liberalismo econômico, economia de mercado, preceitos
religiosos, humanismo autêntico, cidadania e outros pleitos que caracterizam a
Democracia, sem o viés do igualitarismo ideológico. É uma espécie de paranoia midiática,
certamente devido ao fato de o conglomerado Veja, assim como a Rede Globo, se
encontrarem sob a mira das rígidas medidas de recuperação do País, mediante devassa
corretiva na administração pública, inclusive no sistema de distribuição de
verbas publicitárias. A Veja e a Rede Globo vão, assim, perder a achega
monetária.
Nesta sua última edição
de 6.02.19, salta aos olhos e ao raciocínio lógico, a vilania de que se reveste
qualquer assunto abordado pela revista. No item Cultura Livro, ao resenhar o
livro do escritor inglês, Michael
Oakeshott, A Política da Fé e a Política
do Ceticismo, o comentarista Eduardo
Wolf aproveita sua verve para extravasar insinuações malévolas, certamente desviando
as reflexões do autor, apresentado como conservador.
O sr. Wolf sobre o livro
do escritor inglês, que escreveu essa obra em 1950, espelhando uma situação
diferente da atual, extrapola a visão do autor, quando enquadra o Governo
Bolsonaro como exemplo de Política da Fé, inclusive identificando o ministro da
educação, Ricardo Velez Rodrigues, como atuante
de uma “cruzada moral”, em favor da fé, quando declarou que sua preocupação era
resgatar “... os valores tradicionais da sociedade (...), da família e da
religião que ele, “moralista”, considerava dever do educador.
Ora, então o correto dever
do educador seria disseminar ideologias esquerdistas, como fazem os professores
regidos pelo PT? Incluir “ideologia do gênero” nos currículos escolares”?
Professores, supostamente democratas, desmoralizarem alunos cristãos em sala de
aula e boicotarem seus trabalhos, como ocorreu com certa aluna no seu regime de
pós-graduação, que teve de processar sua própria coordenadora por perdas e
danos?
Mas a maior sandice de
que se valeu o comentarista é que ele confunde Fé com Ceticismo, que
acredito não o tenha feito o autor do livro em sã consciência. A rigor, Fé não tem nada a ver com política, é
matéria da Teologia, portanto, Religião, enquanto o Ceticismo está no âmbito da Filosofia, Doutrinas Filosóficas. A
nosso ver, fé como política é um sofisma ideológico, o ceticismo, que também
não deve permear a verdadeira política — pelo menos a aristotélica — é uma espécie de ideologia que provem das
escolas sofistas gregas antissocráticas e foram, por assim dizer, o germe do ateísmo atual, a partir do Renascimento
e dos enciclopedistas franceses (Diderot, Montesquieu, Helvetius, Rousseau etc).
Por outro lado, acredito
que o autor do livro também não haja cometido tal engano, o sr. Wolf sobre o
chamado “estilo cético” de governo, cita dentre os supostos “céticos”, Blaise Pascal, coisa que não foi, pois
apologista cristão.
E para ilustrar a suposta
erudição política do autor, o comentarista faz brilhante defesa da “recente
experiência brasileira”, o governo petista, que teria sido capaz de promover o “...
grande plano de nossa salvação pela fé
progressista.” Enquanto no “...outro
extremo ideológico, o governo Bolsonaro adota a mesma linguagem — e atitude —
da política da fé.”
Ora, tenha santa
paciência, não confundamos alhos com bugalhos e sejamos claros para não cair
nessa armadilha esquerdista, a deste sicário da Veja. Governar uma nação é
gerir todas as suas demandas, atender às necessidades da Nação, com regras
definidas, sob a égide do Direito e da Legislação Vigente, a Carta Magna, tendo
por objetivo único o bem comum — governo laico ao estilo cético ou moralista não
foge à regra. Se não está “... a serviço
da perfeição da humanidade”, como satiriza o resenhista, é obrigação, ponto
de honra de um governante sério e patriota, fazer o possível para engrandecer
sua Pátria e não extorqui-la como fez, durante catorze anos, a caterva amoral
do PT.
CDL/BSB, 7.02.19
CDL/BSB, 7.02.19
Acompanho as puplicações do blog há anos, deste que era site. Parabenizo mais uma vez Murilo M. Veras, como sempre estimula todas as pessoas a se questionarem sobre fotos relevantes e atuais.
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