quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019





COMO  SOFISMAR O INSOFISMÁVEL



A revista VEJA do grupo Civita, desde quando mudou de direção ideológica — segundo afirma o jornalista e filósofo Olavo de Carvalho — vem fazendo oposição sistemática, para não dizer venenosa, à renovação ocorrente no Brasil realizada pelo Governo Bolsonaro. Visceralmente sob a regência da esquerda internacional, a revista que seria cópia da americana LOOK, hoje se transformou numa espécie de barricada na suposta defesa dos direitos humanos, da civilização progressista, da liberdade de expressão (abusiva) e outras pautas que o  marxismo disfarçado encarna ser proprietário absoluto.
Em todas suas edições, a equipe de comentaristas e repórteres se desvelam em atacar, embora subliminarmente, a figura do Presidente Bolsonaro e via de regra tudo que se refere aos fundamentos da filosofia conservadora, liberalismo econômico, economia de mercado, preceitos religiosos, humanismo autêntico, cidadania e outros pleitos que caracterizam a Democracia, sem o viés do igualitarismo ideológico. É uma espécie de paranoia midiática, certamente devido ao fato de o conglomerado Veja, assim como a Rede Globo, se encontrarem sob a mira das rígidas medidas de recuperação do País, mediante devassa corretiva na administração pública, inclusive no sistema de distribuição de verbas publicitárias. A Veja e a Rede Globo vão, assim, perder a achega monetária.
Nesta sua última edição de 6.02.19, salta aos olhos e ao raciocínio lógico, a vilania de que se reveste qualquer assunto abordado pela revista. No item Cultura Livro, ao resenhar o livro do escritor inglês, Michael Oakeshott, A Política da Fé e a Política do Ceticismo, o comentarista Eduardo Wolf aproveita sua verve para extravasar insinuações malévolas, certamente desviando as reflexões do autor, apresentado como conservador.
O sr. Wolf sobre o livro do escritor inglês, que escreveu essa obra em 1950, espelhando uma situação diferente da atual, extrapola a visão do autor, quando enquadra o Governo Bolsonaro como exemplo de Política da Fé, inclusive identificando o ministro da educação, Ricardo Velez Rodrigues,  como atuante de uma “cruzada moral”, em favor da fé, quando declarou que sua preocupação era resgatar “... os valores tradicionais da sociedade (...), da família e da religião que ele, “moralista”, considerava dever do educador.
Ora, então o correto dever do educador seria disseminar ideologias esquerdistas, como fazem os professores regidos pelo PT? Incluir “ideologia do gênero” nos currículos escolares”? Professores, supostamente democratas, desmoralizarem alunos cristãos em sala de aula e boicotarem seus trabalhos, como ocorreu com certa aluna no seu regime de pós-graduação, que teve de processar sua própria coordenadora por perdas e danos?
Mas a maior sandice de que se valeu o comentarista é que ele confunde com Ceticismo, que acredito não o tenha feito o autor do livro em sã consciência. A rigor, não tem nada a ver com política, é matéria da Teologia, portanto, Religião, enquanto o Ceticismo está no âmbito da Filosofia, Doutrinas Filosóficas. A nosso ver, fé como política é um sofisma ideológico, o ceticismo, que também não deve permear a verdadeira política — pelo menos  a aristotélica  — é uma espécie de ideologia que provem das escolas sofistas gregas antissocráticas e foram, por assim dizer,  o germe do ateísmo atual, a partir do Renascimento e dos enciclopedistas franceses (Diderot, Montesquieu, Helvetius, Rousseau etc).
Por outro lado, acredito que o autor do livro também não haja cometido tal engano, o sr. Wolf sobre o chamado “estilo cético” de governo, cita dentre os supostos “céticos”, Blaise Pascal, coisa que não foi, pois apologista cristão.
E para ilustrar a suposta erudição política do autor, o comentarista faz brilhante defesa da “recente experiência brasileira”, o governo petista, que teria sido capaz de promover o “... grande plano de nossa salvação pela fé progressista.” Enquanto no “...outro extremo ideológico, o governo Bolsonaro adota a mesma linguagem — e atitude — da política da fé.
Ora, tenha santa paciência, não confundamos alhos com bugalhos e sejamos claros para não cair nessa armadilha esquerdista, a deste sicário da Veja. Governar uma nação é gerir todas as suas demandas, atender às necessidades da Nação, com regras definidas, sob a égide do Direito e da Legislação Vigente, a Carta Magna, tendo por objetivo único o bem comum — governo laico ao estilo cético ou moralista não foge à regra. Se não está “... a serviço da perfeição da humanidade”, como satiriza o resenhista, é obrigação, ponto de honra de um governante sério e patriota, fazer o possível para engrandecer sua Pátria e não extorqui-la como fez, durante catorze anos, a caterva amoral do PT.
CDL/BSB, 7.02.19










Um comentário:

  1. Acompanho as puplicações do blog há anos, deste que era site. Parabenizo mais uma vez Murilo M. Veras, como sempre estimula todas as pessoas a se questionarem sobre fotos relevantes e atuais.

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