quinta-feira, 25 de junho de 2020


            MUNDO MELHOR 
                  UMA UTOPIA?



Cada dia nos convencemos de que a melhoria de mundo se distancia cada vez mais. Referimo-nos à capacidade de o humanoide evoluir, não na escala  evolutiva de Darwin, mas no sentido humanístico,  de tornar-se um ser íntegro e  verdadeiro.
A teoria do Mundo Melhor tem origem na linha do tempo, Platão, cerca de 380 a.C talvez a tenha delineado. Outras foram surgindo, inúmeras segundo a Wikipédia. Citemos algumas por curiosidade.: A Cidade Virtuosa, história de Medina, a cidade santa de Maomé; a Utopia (1516) de Thomas More; A Cidade do Sol (1553) de Tommaso Campanella; Nova Atlantis (1627) de Francis Bacon;  Viagem a Ícara (1842, de Etienne Cabet 3001 – A Odisseia Final, de Arthur Clarke e mais recentemente a Ecotopia 2121, de Alan Marshal.  Em sua novela Candide ou o Otimista (1759) Voltaire, o iluminista,  ironizou a tese de o Mundo Possível do filósofo Leibniz, através da figura irônica de seu personagem Dr. Pangloss.            Mas o mito disseminou-se por toda a Idade Média até os tempos atuais,  chegando a nós pelo  intrigante livro de Aldous Huxley, em que predizia o automatismo da humanidade. É uma espécie de sonho dourado que nunca se realiza, os sonhadores muitas vezes construindo castelos no ar, como aquela plêiade de inocentes úteis que ousaram levar a cabo o tal socialismo utópico, fonte na qual se baseou, de forma distorcida, nosso ideólogo mais badalado até hoje — Karl Marx.
Vê-se que o Mundo Melhor constitui, em tese, o sonho de purificação da humanidade, o aperfeiçoamento do ente e o sentido que teria na consecução do Universo, a nosso ver, como paradigma da perfeição e porque não dizer, sua transcendência.
Por que tanto sonha a humanidade? Teriam razão nossos já sonhadores pósteros? Ora, segundo as Escrituras, o próprio Criador teria criado a primeira das maiores utopias: o Paraíso, onde teria colocado nossos protótipos ancestrais, Adão e Eva. E sabe-se, ao vislumbrar-se o painel histórico da humanidade que o sonho da felicidade humana jamais foi alcançada. Sê-la-á, um dia?
Um filme muito providencial, ao nos debruçar sobre tão meditabundo assunto da felicidade humana, veio do canal Netflix, intitulado Ele Está de Volta. Ele é nada menos que Hitler, que teria sobrevivido no seu bunker. Ele caminha por Berlim no ano de 2014 e fica estarrecido, pois só encontra desgraça, brigas, a Alemanha com economia desorganizada, vagabundos nas ruas, greves, passeatas de LGBT, imigrantes em toda parte. Todo mundo acha que ele, Hitler, não passa de um palhaço, a divertir as pessoas, mas começam a se interessar pelo que ele diz, que está tudo errado, que é preciso consertar o País, chega a ser elogiado, inclusive nos programas que faz na TV. Acaba virando espécie de herói.
Se revertermos essa hilária estória e a aplicarmos ao nosso mundo atual e ao Brasil, observamos o quanto nosso tempo tem se degringolado. O mundo em desgoverno, desconcerto das nações, as pessoas desorientadas, os jovens sem sentido da vida, a avalanche das ideologias. E por aí vai, enquanto, hoje, para testar a qualidade de vida do humanoide, somos atacados por uma pandemia viral, esse famélico Covid-19, o Coronavírus. E o mundo, nós, sobreviventes da Terra de Santa Cruz, emparedados por uma quarentena sem fim.
Nestas apopléticas circunstâncias, quem se propõe restaurar a estabilidade do mundo e a nossa? Nos Estados Unidos, Trump? E no Brasil,  — Bolsonaro? Ambos, que se propuseram pegar o boi à unha e reedificarem suas nações, agora sofrem crítica e ação ferrenha dos opositores, a esquerda militante, o vandalismo social e o trabalho diário de uma mídia apócrifa, vendida ao poder globalista do momento. Dias atrás, uma médica de 34 anos, sem qualquer ingerência em atos lesivos ou cor política, é assassinada em tentativa de sequestro na linha vermelha, Rio de Janeiro. E incrível — a mídia fez vista grossa do assunto.
É assim que, em nosso torrão as coisas vão acontecendo, com cenários estapafúrdios: de um lado um Presidente, eleito com mais de 50% de votos, acuado por uma oposição que não aceita perder no jogo democrático, sob o fogo cerrado de artifícios jurídicos inconstitucionais — é impedido de governar. E mais, açoitado diariamente por uma mídia incauta e antipatriota. De quebra a pandemia, o povo trancado dentro de casa, sem trabalhar.
Que se há de fazer, senão orar, orar e isto, sim, esperar que o COVID-19, dê cabo dessa safadeza toda e por algum jeito e forma ensine nosso povo a pensar.
CDL/Bsb, 26.06.20


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