sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

 

                              OS ESTADOS UNIDOS  E   O

       MUNDO— HOJE  E  AMANHÃ

 


Os Estados  Unidos estão em festa. Tomou posse no dia 20 deste mês o novo Presidente. Lady Gaga cantou o hino nacional americano. O novo Presidente toma posse no cargo de casaca preta, enquanto vinte e cinco mil soldados garantem a segurança, em Washington. Fato realmente estranho para  um candidato que se vangloria de ter sido eleito em eleições livres, representando a vontade do povo americano. Então por que tanta segurança na sua posse?

A mídia brasileira e internacional está eufórica — o refrão é que venceu a democracia. Mas como ficam as evidências de fraudes ocorridas durante o processo? Antes da posse o Presidente e sua mulher assistiram a missa. Por incrível que pareça são católicos!

O Para Francisco certamente felicitará o novo Presidente, ele que afirmou que Donald Trump não era cristão. Joe Biden é católico fervoroso? Senão vejamos se ele porta todos os sinais de um bom cristão. É a favor do globalismo, da projeção de um Mundo Novo, é cúmplice com a Nova Ordem Mundial, a favor do ecumenismo social, assim como, seguindo os grandes gestores da humanidade, a internacionalização da Amazônia e outros pontos vitais de interesse da Maçonaria Universal, com os quais, aliás, concordam  o Papa Francisco, que recriou o mito da pachamama, a Nossa Senhora dos índios amazônicos.

E agora, para onde vai o mundo, se os Estados Unidos se encontram de braços dados com a China, Joe Biden trocando favores com Xi Jinping?

Como isto ocorre nos Estados Unidos é o que nos deixa estupefatos, o Pais considerado, na comunidade mundial, o maior exemplo da democracia. Não foram os Patriarcas da Independência que formaram a democracia americana, eles que estabeleceram em 1786 o indestrutível Bill of Rights, a Constituição Americana — John e Samuel Adams, George Washington, Thomas Jefferson, Georg Clymer, Benjamin Franklin, George Taylor e George Rea?

Diante de tal cenário, mais angustiante do que esperançoso — como dar crédito à maior democracia mundial, quando seu líder, ora empossado, se acumplicia com o regime comunista chinês?

 

E pensar que a América nos deu figuras extraordinárias,  sejam na vida privada ou pública.  Mark Twain, nas letras, criador dos personagens inesquecíveis Tom Sawyer e Hucleberry Flinn, expressão religiosa do Cardeal Newman, santificado pela Igreja, a figura gigante de Abraham Lincoln, que acabou com a escravidão americana, a dignidade do Pastor Graham Green, o tirocínio político de John Kennedy, a capacidade empreendedora de Walt Disney, o espírito inovador de Orson Wells como cineasta, herdado do mestre John Ford. Como esquecer Dale Carnege e sua fórmula de Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas  pela qual ensinou as pessoas a serem úteis à sociedade através da educação e da amizade?

Esta era a Nação que nós todos admirávamos, graças ao dinamismo de seu povo, exemplo de liberdade, livre expressão do pensamento, modelo mundial da livre iniciativa e empreendedorismo.

Podemos confiar agora nesta grande Nação diante da ocorrência de tantos sinais de desgaste em seu sistema  administrativo? Continuará a ser modelo às outras nações, como o foi na 2ª Grande Guerra, quando obteve a rendição da Alemanha Nazista, pondo fim à insânia de Hitler de conquistar o mundo?

É-nos nada animador o que os EUA  hoje apresentam. Por outro lado, sua influência perante o concerto das Nações não nos arrefece o espírito, tanto são os desgastes  políticos dessa grande Nação,  à conta dos governos democratas anteriores, cujos atos nada tîveram de  democráticos, tributários, isto sim, de um híbrido pernicioso de democracia e socialismo.  Há 400 anos a.C Platão nos advertia, de certa forma, de que a democracia não seria o melhor regime para o Estado, mas, sim, aquele gerido por filósofos e sábios.

A suposta pauta do novo governo que a mídia estrondosamente nos divulga não nos encoraja a acreditar que os EUA desmintam as  sábias  observações de Platão.

Praza aos céus que sejamos poupados de maiores revezes em nosso País, depois de ter sofrido com as gestões desastrosas dos governos anteriores, ditos social-democráticos.

CDL/Bsb. 22;01;21

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

  

 

FÁBRICA DE SONHOS E A DUREZA DO REAL

 







É de ver-se, mesmo na urdidura desta vida, que nem só de pão vive o ser humano. O sonho também constitui um alimento. Em contrapartida, há os que agem não como sonhadores, mas como loucos. De todos os gêneros, se  nos propusermos a distinguí-los por área de atuação e de vivência.

Neste mundo de meu Deus ou sob o pregão de outros deuses, visualizamos beleza, felicidade, justiça, humanidade, perdão — mas na balança do julgamento vicejam pessoas desumanas, egoistas, ladrões e assassinos. E o pior: temos que conviver com a escória, o que na linguagem crística corresponde ao joio que se mistura ao trigo, capaz de sustentar ainda muitos corações, infensos ao veneno do agnosticismo.

Neste iniciar de ano, é desejável que procuremos nos prover de todos os nossos sonhos, desde que plausíveis e não nos deixemos levar pelos escaninhos da indiferença e da apatia, como o fazem alguns, sob o lema de viver por viver, deixa a vida me levar e outros atos lesivos aos pensamentos.

Ainda é tempo de nos acautelarmos contra os venenos que a vida nos intoxica, melhor, mediante os apetrechos, sinecuras, desvios físicos e culturais — essa ciranda de afasia transmitida pelas mídias, responsáveis pelo ensandecimento sistemático de  nossos cérebros, almas e corpos, numa cumplicidade sistêmica com essa suposta visão de harmonização do mundo, o decantado Mundo Novo, a globalização como salvação e unificação dos povos a pretexto de aperfeiçoamento da civilização.

Vez em quando a própria tecnologia nos faz lembrar de nossos sonhos esquecidos, reviver nossas esperanças. Não nesse  Mundo Novo preconizado pelo socialismo ecumênico, também do falso esoterismo, mas o sonho que edificamos com nossa realidade auferida no trabalho, através de nossas forças vitais, adquiridas e sustentadas na moral, na ética e estética.

Sonho é o que vemos no filme do Netflix Fábrica de Sonhos — Ousar Sonhar, dirigido pelo cineasta alemão Martin Schreier e um elenco de notáveis atores e atrizes. Numa grande empresa cinematográfica, um simples extra se apaixona por uma dublê da dançarina principal de um filme, ambas, dançarina e sua dublê, retornariam a Paris, após terminadas as gravações da película que estavam rodando. Decepcionado e sem perspectiva no estúdio, o rapaz usa de estratagema, ousando passar-se por cineasta e monta um filme, tendo como atriz principal, no papel de Cleópatra, a dançarina e sua dublê Milou.  Depois de muitas peripécias, finalmente o extra  apaixonado consegue realizar seu sonho, que é o amor de Milou. É uma das fitas mais interessantes que assistimo sobre a temática sonhos.

Oxalá, apesar de todos os contratempos desse famigerado 2020, que este que se inicia nos traga esperança de melhores dias e que não nos esqueçamos nunca de que sem o sonho jamais o ser humano alcançaria tal nível de especificidade, sonho que está eivado do devenir esperançoso, de que algo de bom acontecerá — aliás como Ferreira Gullar intitulou seu primeiro livro de poesia Um Pouco Acima do Chão, embora a rigor lhe  faltasse espiritualidade nos seus poemas.

Parodiando outro poeta, o português Fernando Pessoa, dir-se-á:

“... Navegar é preciso

     Mas Sonhar é mais preciso.”


CDL/Bsb, 18.01.21 

 

 

 

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 

 

OS    TRÊS    REIS    MAGOS E A

SIMBOLOGIA PARA O NOVO ANO

 




Mistério dos mais intrigantes não somente entre os cristãos, mas para todos os povos, evidencia ser o episódio dos Três Reis Magos narrado nos Evangelhos. Nestes tempos de pandemia, esse mistério parece ousado.  Furtamo-nos de seguir a escatologia católica, tradicional e milenar.

Que motivos levaram aqueles três Reis Magos a seguirem uma estrela que os orientava em busca do local onde iria nascer o Menino Jesus? O que realmente representa esses Três Reis Magos, espécies de sábios, provenientes  de povos diferentes dos hebreus, de cuja linhagem descendia o recém-nascido? É o que nos indagamos sobre o fato, que transcende a realidade humana. Ora, os Três Reis Magos foram avisados do nascimento do Messias e uma misteriosa estrela os guiou até o local, distante de seus rincões — foram convocados a adorar o Menino, sem que, eles próprios, pertencessem aos judaísmo, inclusive de culturas e credos diferentes. Eram eles Melquior, da Caldéia, cujo nome significa “Meu Rei é Luz”, oferecendo como presente ouro. Gaspar, que quer dizer “Aquele que vai confirmar,” seu presente era incenso. O último Baltazar, que significa “Deus manifesta o Rei”, honrando-o Menino com mirra.

A interpretação mais corrente é que eles, os Três Reis Magos, representavam as raças e os povos do mundo — o que é o óbvio — que prestavam homenagem ao Messias. Estranho, pois não praticavam o monoteísmo judeu e vinha de áreas distantes e desconhecidas.

Não terá outra explicação? Quem sabe o mistério dos Três Reis Magos não pressuponha exegese mais intrigante, sem prejudicar a tese católica, essa fundamentada nos Evangelhos e acreditada em todo o ocidente — que a  teologia católica designa como época da Epifania do Senhor, a declaração teofânica do Messias que se fez humano para salvar o mundo e lançar as fontes de seu Reino no mundo.

A nosso ver, os Três Reis Magos, que são totalmente místicos e a ação deles simbólica, sem prejuízo das conotações religiosas ocidentais, representam a magnitude transcendental. A Trindade Mágica, Melquior, Gaspar e Baltazar talvez simbolizem toda a antiguidade, as simbologias rudimentares, a religião paleontológica dos primeiros humanoides, figurativa, rituais que deram origem à mitologia, na verdade os pressupostos do Cristianismo. Os Três Reis Magos talvez tenham, pois, esse significado emblemático de que os mitos antigos, o politeísmo rudimentar e antropomórfico dava lugar à superveniência do cristianismo, que iria salvar a humanidade através da intromissão do próprio Criador, na figura de Jesus Cristo, o Unigênito, o verbo que se fez carne e habitou entre nós — na protofonia propedêutica da Teologia Católica, fundamentada nos Evangelhos e no Ministério do Mestre.  

 Epifania — tempo que a Igreja Católica reserva para homenagear e entronizar no mundo o Nascimento do Messias, há de significar também que os mitos e rituais antigos se submetem à liturgia crística, através da qual a humanidade se eleva de patamar, para ascender a nível de transcendência  superior, de conotação salvífica, quem sabe espécie de sinal escatológico de transformação da vida terrestre, na perspectiva univérsica.

  CDL/Bsb,  Bsb, 6.01.21