AS SETE TROMBETAS DO APOCALIPSE
Eis que, nesses últimos dias de fevereiro dos tempos de pandemia, mísseis de fogo como relâmpagos cruzam os céus e se abatem sobre a terra. É lá nos contrafortes da Europa — Ucrânia.
O mundo acorda espavorido, inconcebível que o céu daquelas terras, para nós longínquas se rachassem em abismos de fogo.
É a guerra que se abate sobre as cidades. E logo a mídia encantatória, fonte de incertezas e infelicidades, logo se apodera apregoando assombros e calamidades, entre mortos e feridos. Como soe acontecer nos campos de batalhas.
Parece mentira, minha gente desse nosso ocioso torrão, mas é a guerra que começa, mais uma vez, a se abater sobre esse nosso velho mundo.
E quem diria, quem está por detrás desse tenebroso cenário é nada mais que o poderoso Presidente Perpétuo da Rússia, há 28 anos encarapitado no poder, que resolveu atacar de madrugada a Ucrânia, antiga província da fabulosa União das Repúblicas Soviéticas, com suas garras de ferro.
E todos estamos atônitos com os estertores, bolas de fogo, ranger de tanques, bólidos cruzando o céu noturno, cidades bombardeadas, mísseis incandescentes, figuras humanas apavoradas, gritos e choros na escuridão de quando em quando aberta em lapsos de chamas. Enquanto isso, filas de monstruosos tanques de guerra se arrastam como gafanhotos de ferro rasgando caminhos em direção às cidades, alastrando o terror sobre o pacífico povo ucraniano.
O que está acontecendo com o mundo, perguntamos nós, encastelados no nosso continente, longe desse inferno, mas aterrados, índios nativos em face do ataque dos noveis descobridores, movidos não mais em caravelas de antanho, mas de armas terríveis, mísseis ultrassônicos, pássaros de ferro rasgando o céu com línguas de fogo...
Então nos ocorre consultar o que está escrito nos Evangelhos, o livro do Apocalipse — aquela visão estupefaciente vislumbrada pelo apóstolo João, a revelação dos Últimos Tempos (Jo.16). Será o prenúncio do despertar das excepcionais Sete Trombetas cujo som, ressoando pelos Sete Anjos, dará início às terríveis pragas que serão derramadas no mundo?
É o Amargedom que agora acontece?
Nós, pobres mortais, mas sempre ávidos de acontecênssias, desde as mais priscas eras, da era adâmica às fantásticas revelações mágicas da Matrix, nada nos surpreende, tantas são as sandices praticadas por nossos coestaduanos terráqueos. Já vimos esse filme durante os enlaces terríficos da Segunda Guerra Mundial. Um ditador querendo se apoderar do mundo, a instalação do 3º Reich, a partir da Germânia, a impor o império da super raça ariana sobre a terra.
E agora, José? Dirá o drummondiano poeta enlevado pela ala esquerda do Anjo. Agora José, é esperar a resposta da outra ala de Anjos, aqueles mesmos que irão tocar as terríveis Sete Trombetas, quem tiver ouvidos que ouça — e nós, ici bas, como dizem os franceses, que nos preparemos.
Como? Vigiando e orando — pois ao que tudo indica, tudo já está feito, Maktub, dirá o averroismo atual.
Bsb. 1.03.22
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