SINAIS ESCATOLÓGICOS E O BOM COMBATE
Vivemos instantes dos
mais inquietantes, a nos indicar que os acontecimentos escatológicos já se
sobrevêm ao País e ao mundo — sob os padrões da visão do cristianismo. Seria o
prelúdio dos fins dos tempos?
Enquanto isso, reina a
apatia de grande parte da sociedade, daqueles que quanto pior melhor, contanto
que se refastelem vivos e absortos em seus próprios interesses pessoais.
Em contrapartida que
não nos atinja o estado geral de apatia, sem dúvida o contraventor dos eventos
e da capacidade de, nós seres ainda humanos, agir e sobreviver neste nem tão
suposto “vale de lágrimas”.
Ora, os dias que correm
parecem-nos os sinais evidentes de que os fins dos tempos já se aproximam,
basta atentarmos para os eventos, o desgaste do mundo, o despudor das
sociedades e das pessoas.
Não será isto o de que
nos advertiu o Mestre Jesus, nos diversos ensinamentos que predicou, em sua
rápida passagem vivencial ao nosso mundo — quando nos alertou: “Orai e vigiai”?
Dissemos anteriormente
“Desanimar não é preciso”, mas o epíteto parodiado de Fernando Pessoa
parece-nos cada vez mais inepto à vista de tanta negatividade que nos têm
afligido os fatos.
Acontece que o
desanimar não parece tampouco o remédio para a cura dos males da sociedade,
sobretudo fórmula ideal para combater os
desacertos que ocorrem no mundo atual. Seria como agir com o mesmo remédio, o
erro pela afazia mental.
Será que essa teria
sido a atitude, por exemplo, de um dos discípulos mais ativo do Mestre, o
apóstolo Paulo de Tarso? Teria ele simplesmente esperado que Deus proviesse
tudo? Se nos atermos à sua ação, como divulgador da boa nova, em quase todo o
mundo antigo, ele não descansou enquanto não promoveu sua cristianização,
sofrendo os maiores dissabores por onde andou, inclusive o apedrejamento, por
exemplo, em Atenas, por incrível que pareça o berço da democracia supostamente
legada às nações incipientes.
Acolhamos a
apologética paulina e não nos deixemos influenciar pelo materialismo, vão e
infausto, por exemplo, de um Jean-Paul Sartre. Ao contrário, fortaleçamo-nos da
vontade interior do apóstolo Paulo, cujas palavras de admoestação dirigiu aos
Corintos — 2Cor. 12: 9-10 — com que fortaleceu a fé daqueles primeiros colonos
cristãos:
“Por isso, de bom
grado, me gloriarei das minhas fraquezas, para que
a força de Cristo
habite em mim (10); e me ampare nas fraqueza, nos insultos, nas perseguições e nas
angústias, por causa de Cristo. Com efeito, quando sou fraco, então sou forte.”
Não diz o dito popular
que é na fraqueza que nos sentimos mais forte? Diante de uma catástrofe, a
alternativa é não nos deixar abater.
É-nos oportuno o
refrão do grande poeta maranhense Gonçalves Dias em seu poema indiano “Canção
do Tamoio”, em que enaltece o em que consiste o verdadeiro sentido heroico
da vida:
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
“A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os
bravos
Só pode exaltar”
Que o aforismo poético
do vate gonçalvino nos dê força e capacidade suficientes para vencer, mais uma
vez, a mão esquerda do destino que, no momento, ousa se abater sobre nós.
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