O HOSPÍCIO INTELIGENTE
Acredite se quiser — o mundo do futuro, em vez de ser qualificado de o mundo melhor, se tornará na verdade o Hospício Inteligente.
Preparem-se todos, os humanos que habitam esse nosso planeta de 15 bilhões de vida não passarão de escravos, às ordens do Grande Irmão, agora substituído pelo Robô Inteligente. E sabem quem vaticinou isto? Nada menos que o DONO DO MUNDO — o sr. ELON MUSK, proprietário, dentre inúmeras outras empresas, da TESLA, a fabricante exclusivo dos carros elétricos.
E sabem os senhores qual veículo mais propaga essas notícias? Só existe uma resposta — a mídia. Relembremos aqueles filmes horripilantes de outrora, os dráculas sugando sangue das criaturas ou o Frankenstein, aquele monstro construído por um cientista louco do mesmo nome, aterrorizando as cidades. Sem falar nos filmes mais atuais, o Homem da Serra Elétrica e outros afins.
Pois há a mídia escrita e embutida na televisão e nos filmes rodando pelo mundo afora.
Do ponto de vista da filosofia, tudo está trocado, ou seja, subvertemos o certo para nos orientarmos pelo errado. Segundo Aristóteles, aquele grande sábio que viveu antes de Cristo, a mídia — que quer dizer a medianeira e modernamente foi traduzida para a informação — pelo fato de ser o meio, não pode significar o fim, isto é, não constitui papel da mídia, na qual se acha embutida a informação, estipular a finalidade da informação, mas expor a notícia, por isto é que ela apenas é um meio, o fim é o outro cânone da dialética informativa, que é estabelecer a verdade que foi mediada, transmitida.
Donde se conclui que a simples mídia não estabelece critérios de verdade, só alcançados pela sistemática conclusiva, critérios esses consubstanciados na axiologia, decorrentes do censores reais, de valor, sopesados à luz da sabedoria.
O que ousamos dizer — esclarecer — é que a mídia, como sistemática da informação tem se tornado, não a simples transmissão de fatos ou atos, mas pelos defeitos graves já apontados, se assume canal falseado da verdade, cujos resultados pode assumir estado de calamidade para o mundo, isto é, corromper nossa civilização, para dizer o mínimo.
É o que vemos acontecer nesse decorrer do terceiro milênio, quando a humanidade vem sendo atacada por uma tempestade de informações, deletérias de verdades, desprovidas de qualquer senso sapiencial, bombásticas para produzir o embuste, o fatalismo. Isso para dizer o mínimo, sim, porque por detrás desse panorama negativo, nós, os seres humanos acabamos por ver perdido nosso livre arbítrio, aquele que nos faz pensar quanto ao verdadeiro sentido da vida e não nos deixar cair no vazio de viver pelo simples fato de viver, segundo a apologia sartriana.
A IA, Inteligência Artificial — AI em inglês — tem solapado toda a mídia nacional e internacional, massacrando o mundo todo para nos fazer crer que se trata da maior invenção da humanidade e que veio para tornar nosso habitat o Melhor dos Mundos. Mal sabem que essa invenção traz consigo um dilema, tanto positivo quanto negativo. Se por um lado é fonte de evolução, desempenho espetacular, por outro pode subsumir o oposto, isto é, a degeneração total da humanidade, inclusive sua falência, simplesmente pelo extermínio da civilização humanoide.
Foi decorrente desse tipo de degeneração que a civilização romana ruiu — pela corrupção e falecimento cultural, sobretudo pela irracionalidade vigente.
Por esses tantos outros mais é que se tornar dever de nós, seres ainda pensantes, na visão pascalina, sempre que possível orientar nossa visão de mundo, não arrefecendo as qualidades negativas que nos cercam, mas mantendo nossa bússola norteando-a para o bem, visando sempre nos alinharmos aos preceitos da verdade, consolidá-los pelos cânones da sabedoria.
O alvoroço ora criado pela mídia não deve constituir apanágio à felicidade terrena, pois esta inexiste — reportemo-nos aos nossos descendentes, aos cânones sagrados, tudo não passa de vaidade neste velho mundo novo.
Bem disse Tereza de Lisieux — uma moça simples que viveu a vida num convento, falecendo aos vinte e poucos anos, mas que legou para a posteridade essas palavras de grande sabedoria e espiritualidade:
“A alma que se eleva, eleva o mundo.”
CDL/Bsb, 8.03.23
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