JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
— CRISTÃ OU GLOBALISTA?
Como é sabido, a Giornata Mondiale dela Gioventu – GMG ou JMJ Jornada Mundial da Juventude — é um movimento oriundo da Igreja Católica, iniciado em 20.12.85 pelo Papa João Paulo II. O objetivo é reunir milhões de jovens de todo mundo, trocar ideias e dividir a fé católica em termos de confraternização e vivência cristã, tendo como condutor principal a figura do Papa. Pelo menos era este o motivo de o Papa João Paulo II ter criado e expandido o ideal cristão entre os jovens, isto é, fortalecer-lhes a fé em meio a um mundo voltado para o egoísmo, os desentendimentos entre as nações, visando fortalecer a fraternidade, esquecida entre os seres humanos. Observe-se que o objetivo da JMJ, como previsto e materializado por um dos maiores Papas atuais da Igreja Católica, nada tinha a ver com qualidade e supremacia de vida, aquecimento global, metas mundialistas de economia, socialização globalista e outros fenômenos surrealistas criados e manipulados pela mídia moderna. Nada de santificação da Mãe Terra, espécie de idolatria da Gaia — a nova deusa elevada à adoração do mundo e tema principal usado pelos ideólogos de plantão.
Lembremos o que disse João Paulo II: “... a esperança de um mundo melhor está na juventude sadia, com valores responsáveis e, acima de tudo, voltada para Deus, para o próximo.”
Até agora já ocorreram 14 manifestações da JMJ, em vários locais do mundo, protagonizadas pelos papas João Paulo II e seu sucessor Bento XVI. A
que acaba de acontecer, terminada ontem, 6.08.23, em Lisboa, foi inspirada pelo atual Papa Francisco.
Quais foram os objetivos da JMJ 2023, sob a batuta do Papa Francisco, hoje o Papa das multidões, das badaladas missões controversas na Amazônia e de sua oratória às vezes incompreensível? Pois bem, interessante, são os mesmos itens adotados pela ONU: promover os objetivos de desenvolvimento Sustentável da Agenda da 2023 da ONU — conforme Carta-Compromisso de abril. Eis a intenção do Papa para a jornada: “ que vivamos segundo os valores da fraternidade universal e dos cuidados com a casa comum.” Onde está escrito isto nos Evangelhos? Pelo que sabemos constitui lema da Maçonaria. Tampouco Jesus Cristo em seus ensinamentos magistrais mandou que se desprezasse o planeta, mas, sim, o tratasse com o respeito que é devido à natureza, criada por Deus. A fraternidade universal pelo que entendemos, sob a égide da teologia católica, segue a doutrina do Mestre, que nos alerta para o Reino dos Céus por Ele anunciado, alertando às pessoas que se convertessem para participarem dele. Todas as demais advertências, concernentes ao Reino, adviriam através da obediência aos mandamentos e das boas aventuranças que adviriam como desfrute natural dos que pertencessem ao rebanho do Mestre.
De sua vez, o Papa Francisco lançou recentemente o chamado O Vídeo do Papa em que faz interpretações singulares como advertir que a humanidade deveria fazer uma conversão universal, não ao Cristianismo, mas, sim, ao novo comunismo ecologista. Aliás, o Papa tem sido unânime em suas homilias por redefinir, a seu modo, toda a doutrina cristã, pelo menos a constante dos Evangelhos, seguida pela teologia católica, como sabemos, firmada pela Patrística. Assim, em narrativa anterior, o Papa teria afirmado que Jesus Cristo seria apenas uma das diversas maneiras de as pessoas encontrarem Deus e propõe, como alternativa a Cristo — “... uma conversão que nos une a todos, crentes e não crentes, à conversão ecológica.” (O Vídeo do Papa – 2º episódio em 2/2016).
Ora, o paraíso transcendente de Jesus Cristo é muito diferente do paraíso imanente proposto pelo comunismo.
E assim o Papa vem construindo sua gestão na Cátedra de Pedro, com outras interpretações sub-reptícias, tão adversas que nos permitimos nem continuar citando, para resguardar nossa própria fé. Basta dizer que tem sido destaque na imprensa italiana essa espécie de “exotismo doutrinal” dessas afirmações do Papa.
Enfim, a JMJ 2023 terminou ontem. Não se tem ideia dos aspectos positivos que sua passagem deixou à juventude que a frequentou — a mídia simplesmente calou. A nosso ver, pareceu-nos ter passado sem grandes ebulições, senão como um festival de rock, gritarias, músicas alusivas, que o vento da inércia simplesmente passou, sem outras consequência que a mediocridade que só fez crescer ainda mais a indiferença e menoscabo do mundo ultramoderno em que vivemos.
Uma coisa ocorreu — o santo João Paulo II se revolveu no túmulo de seu descanso eterno, sem resposta positiva desse nosso velho mundo sem porteira!
Bsb, 7.08.23
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