quinta-feira, 16 de maio de 2024

 

              ADMIRÁVEL MUNDO NOVO?

 

 


 

 

Não há negar — vivemos hoje nada menos, que os dias psicodélicos do escritor inglês Aldoux Huxley, em seu  famoso livro  Admirável Mundo Novo. Para os que o desconhece, o autor foi considerado, à época, um dos principais  intelectuais vivos.

Escritor prolífico que, tomando por tema um futuro nebuloso para a humanidade, previu em seu profético  Admirável Mundo Novo que o mundo seria totalmente governado por um certo Big Brother, o Grande Irmão, a quem seríamos sujeitos e comandados, perdendo por completo nossa liberdade, em ação e palavras, ou seja, seríamos todos escravos de um grande e invulnerável ditador. 

Ora, não precisa grandes elucubrações para compreendermos que  sua profecia, como as do vetusto Nostradamus, se encaminham para serem cumpridas. É claro que na medida das proporções — as de Nostradamus sujeitas a interpretações as mais difusas. Nem tão difusas às de Aldous Huxley.

O que vemos hoje, diante de nossos olhos, mediante e através de uma mídia vaporizada e anódina, senão a virtualidade de um mundo totalmente apoplético, onde prevalece a loucura e o desconstrutivismo. Aliás, bem de acordo  com Jacques Derrida e sua filosofia desconstrutivista.

O mundo está para ser controlado por um Big Brother, só não vê quem não quer. Não  um Big Brother huxliano , mas, sim,  espécie de movimento, ou seja, uma apologética de caráter universal, sub-repticiamente denominada de mundialismo. Se consultarmos os alfarrábios, é fácil verificar que tal movimento constitui na realidade nada menos que uma linha de crescimento do marxismo, não aquela  ultrapassada de Karl Max e, sim, sua contraparte, evoluída, inobstante ser muito mais destrutiva em sua ação controladora da sociedade. Trata-se do marxismo cultural criado por Antonio Gramsci,  ideologia que se espalhou rapidamente, como um vírus, a corroer as sociedades, não mais como um movimento sócio-político e econômico, mas, sim, cultural, a atingir os cérebros das pessoas, modificar o sentido de patriotismo das nações, desmontar preceitos e substitui-los por um internacionalismo supostamente solidário, na verdade, levando o mundo ao servilismo político, mediante uma governança única e universal. É o que vige hoje como  geopolítica — mundialismo, universalismo, globalismo e seus filiados, Gaia, Mãe Terra, aquecimento global e quejandos. Gramsci atualizou Marx e supostos gênios o sacralizaram: Foucault, Bourdieu, Pasolini, Paulo Freire, Chomsky, Eco, Zigmunt  Beauman.

E, como não bastasse, o mundo a surpreender-se com o avanço extraordinário da ciência com a evolução da IA, hoje construindo máquinas superinteligentes, os chamado robôs humanoides, saindo dos fornos tecnológicos da Tesla Bot de Ellon Musk, AABB Robotics, Kuka, alemã, Fanuc, japonesa, Conau, italiana, Iaskawa, com 500.000 de robôs fabricados e et allia. É uma avalanche de engenhocas, que falam, fazem entrevistas, uma delas acaba de dizer que irá destruir toda a humanidade, outras vão se tornar belíssimas amantes.

Enquanto isso, nós simples mortais, temos que viver nessa mais nova Sodoma e Gamorra, que vem se tornando esse novo velho mundo, aos trancos e barrancos. Um belo dia, não muito distante, seremos governados, sim, por um novíssimo Big Brother, desta feita não tirado à imaginação criativa de Aldous Huxley, mas, muito mais moderno, poderoso e sarcástico — o Anticristo in persona, aquele que todos já conhecemos, basta ler o Apocalipse, lá está ele, zombando a conquistar o maior número de adeptos.

Sim, Maktub,  quem viver, verá.

                                                                  Bsb, 16.05.24    

 

 

 

 

 

 

 

 

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