sexta-feira, 6 de setembro de 2024

                               A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

                                  SALVARÁ   O   MUNDO?



 

           Será crível, pelo menos no nosso estágio civilizatório, que todos os problemas da humanidade serão resolvidos através da ciência? A máquina como solução salvadora capaz de atender todas as pretensões humanas, bastando ligar uma estrovenga maquínica, num passe de mágica?

                         Esse élan vital salvacionista não é de hoje, vem de priscas eras. Descobriu-se na Grécia, encontrado no fundo do mar Egeu uma geringonça, chamada de antythera, que seria nada menos que o primata do nosso computador. Vê-se que já era pretensão dos humanos alcançarem a felicidade terrena, certamente mediante os arroubos da tecnologia.

                     Mas será que o milagre da técnica alcançará tal grau de perfeição, a ponto de satisfazer todas as necessidades humanas?

                    Embora seja essa a pretensão  dos cientistas mais ousados, o mínimo que podemos alcançar seria ousarmos o patamar de um mundo possível de atendimento, aliás previsto nada menos que pelo sábio medieval Leibniz.

               O mundo impossível sonhado pela mais moderna tecnologia, que seria ultrapassar as fronteiras da técnica, tornaria a humanidade mais feliz? Dariam fim as guerras entre as nações, solucionaria a fome e a miséria existente? O ser humano se libertaria das paixões pessoais, seria melhor ou pior do que somos hoje?

              Qual seria o sentido da vida se a super tecnologia alcançasse níveis impressionantes de desenvolvimento, mas cuja perfectibilidade desobedecesse os padrões morais, éticos e estéticos?

            Ora, seríamos transformados não mais num ser humano, mas um ente transpessoal, cuja intenção seria superar a própria máquina.

           Eis o que seria esse novel ser humano, de certo equiparado a um autômato,  tendo  ainda de competir com o deslumbramento da robotização.

          Em contrapartida, talvez haja esperança de que com os últimos  avanços tecnológicos, da chamada inteligência artificial – IA, essa espécie de magia, hoje cada vez de uso impactante, o ser humano ouse atravessar a barreira do impossível, desde que obedeça  padrões de interferência éticos-morais, contenha-se com os estatutos alcançáveis de dignidade humana.

            Aliás, se nos abeberarmos melhor e nos debruçarmos com espírito mas acrítico e pragmático, nos ensinamentos da doutrina cristã, inclusive os provindos do Mestre Jesus quando nos fala de um Novo Reino a ser construído e instalação de uma Nova Jerusalem, onde, para construí-la propugnarão os que têm sede de justiça, talvez não seja uma alienação a humanidade alcançar um nível de perfeição condizente com um mundo possível de fraternidade, dignidade e justiça.

           Por assim dizer estaria certo o nosso sensatíssimo gênio que foi Leibniz quando nos predisse essa espécie de IA para um mundo realmente possível.

                                                          Bsb, 6.07.24

 

 

 

 

 

 

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