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Praça da Matriz da Sé - São Luis |
NAZARÉ PORTUGUESA OU
SÃO LUÍS FRANCESA?
Espécie de segredo histórico, constitui hoje o mito de que a capital do Maranhão, São Luís, foi fundada pelo francês Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière. Mesmo depois da malograda investida em 1612 de fundação no Maranhão da França Equinocial, o estranho mito persiste — São Luís relicário brasileiro da civilização francesa.
Capital do Estado do Maranhão, São Luís
completou 409 anos em 8.09.21. O mito é voz geral entre os ludovicences, seu
fundamento confirma-o a historiografia
oficial, que do fato faz seu principal laudatório.
Ocorre que esse mito não é aceito por muitos
historiadores, inclusive maranhenses, Mário Martins Meireles, Rubem Almeida
e principalmente Maria de Lourdes Lauande Lacroix, que, em seu estudo assinala
que os franceses ali aportaram para fundar uma colônia e divulgar o cristianismo
e os portugueses, já instalados na região, dali os expulsaram. De sua vez,
Meireles em seu livro “França Equinocial”, edições da Academia Maranhense de
Letras, por iniciativa de Jomar Moraes, também estudioso do assunto, explica
como se originou o mito. Com base em dados e informações colhidas de
historiadores antigos e modernos como Rocha Pombo, o autor afirma que os
expedicionários de Aires da Cunha, do triunvirato de donatários da Capitania do
Maranhão formado por João de Barros e Fernando Alvares de Andrade, fundaram em
1.513 uma povoação primeiramente chamada Trindade e que teria durado três anos
(pag. 39, citado livro). Rubem Almeida, também estudioso da Capitania do
Maranhão, acrescenta Meireles no mesmo livro, teria identificado esse povoado a
célula mater da cidade, hoje denominada de São Luís.
A cidade fundada pelos franceses em 1.612,
como reza a história oficial, teria sido o clímax da chamada França Equinocial,
que não passou de uma malograda tentativa de constituir, no Brasil, uma colônia
francesa. O fato não significa retirar da cidade seu brilho de suposta
descendência francesa em nossas plagas. Ao contrário, move-nos o objetivo de
fazer transparecer a verdade dos fatos. Não constitui demérito algum revestir a
cidade dos cenários de seus reais fundadores, os portugueses.
A propósito, em certa viagem que fizemos, eu e
minha esposa, ela maranhense de origem, a São Luís, quando nos dirigíamos de
retorno ao aeroporto, o taxista que nos atendia, encetando conversa, disse-nos
ser formado em história e explicou a verdadeira origem da cidade aquela humilde
povoação chamada Nazaré. Não só confirmou como nos levou ao local, no bairro de
Vinhais, onde nos mostrou as ruínas de uma igreja. Seria as únicas
reminiscências da suposta localidade de onde surgiu, hoje, a cidade de São
Luís.
Terra das famosas tradições folclóricas como a do Bum-Meu-Boi, abrigando recantos onde remanescem os cantos e encantos decantados por Gonçalves Dias e outros inspirados vates, ágora cultural mantida como berço de grandes vultos da literatura, a ponto de também no passado ter recebido outro galardão, o de ATENAS BRASILEIRA — o cenário que nos propusemos expor não diminui o mérito da cidade, a pequena Ilha dos Amores, enaltece-a de mais um laurel, ser ao mesmo tempo portuguesa e batizada francesa, para deleite de seu afável povo.
CDL/Bsb, 16.09.21
SERMÃO DE BRASÍLIA
Murilo Moreira Veras
Governantes e governados,
vós que tendes fome e sede de justiça
— Ouvi-nos.
Por que na política de hoje
buscais nos atos e fatos
a sentença de dois pesos
e duas medidas,
quando o equânime é a garantia do perfeito
equilíbrio da razão?
Não sabeis que a bondade, a sinceridade
devam ser perenes em vossos passos?
Que é com sabedoria que separamos o joio do trigo?
Que deveis misericórdia nas cortes de julgamentos?
Grandes e poderosos são os que apregoam
a ousadia da força — falaciosos e energúmenos
também o fazem.
Aplaudi os que na audácia das ações sabem perdoar,
da humildade se valer.
Em vez da vingança, da fúria,
a singeleza do poder.
Gesto de humildade não significa o arrego vil,
fraqueza de caráter.
Ao contrário, é ato de grandeza, bravura interior.
Lembrai-vos do Sermão da Montanha em que o
Mestre da Galileia nos ensina:
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão a misericórdia.”
Por que recorrer à força da razão em vez da
razão da força, à medida do juízo em vez da
fúria das paixões?
“O coração do sábio — reza o Eclesiastes —
está à sua direita; o coração do insensato
à sua esquerda.”
O que julgais ser fraqueza na luta, retroceder
simboliza bom senso, trégua de esperança,
O lutador nem sempre é o vingador, mas o
mediador sensato na refrega.
A política é à busca da justa polis, dir-vos-ei,
senhores da guerra.
Vence na vida, quem vence o medo e a morte.
“Caminhai sempre para frente e a confiança vos
acompanhará”
Urge que penseis o que é ser justo neste rincão de
dores e sofreres.
Tristeza nunca é o melhor caminho à vereda da salvação
— um gesto de brandura vale mais que a fúria da
paixão.
A imperfeição não se exime na mais lídima das perfeições.
A fúria suaviza-se com a compaixão, a emoção mesmo
desabrida, com a compreensão.
Reinar é governar a polis, saber servir sobretudo,
não significa leniência, covardia, traição.
Governar é conduzir com sapiência
a contradita dos contrários às lides conjunturais.
Gerir os adversos — a sabedoria do sábio Rei.
Ó juízes dos códices, e dos acórdãos,
acaso vestis a manta dos fariseus dos templos
esquecestes que a ética e a moral suavizam
a rigidez do código de Hamurabi?
Dizei Ecce Homo — este é o homem das incertezas
e desenganos.
Eu vos direi, à voz da razão.
É um homem, um simples viajor do tempo
que ousou tomar as rédeas deste ainda efêmero evoluir
de nossas plagas verde-amarelas.
Com seus debacles, sofridos e havidos
erráticos rivais dificultam-lhe os passos, devido
o fanatismo ideológico, os compadrios.
Ecce Homo — sim, mas capaz de gesto de grandeza,
magnânimo,
como foi este: Paz em benefício da Nação!
CDL/Bsb, 12.09.21
País não é um conglomerado de
pessoas. Não é uma gleba qualquer habitada por energúmenos, incultos, sem chão.
Tão pouco um quintal inidôneo assacado por ladrões e aventureiros.
País é, sim, uma comunhão de interesses com
que se coadunam os habitantes de um torrão, os quais, sob augúrios e fervores.
nutrindo sonhos, à força do trabalho e motivados de orgulho patriótico, suor e
lágrimas, ali vivem e sofrem a transformarem sua terra numa grande Nação.
O Brasil – nosso País, de ontem e de hoje, que
avança para o futuro — não pode jamais se deter em excrescências menores, seu
povo refugiar-se na desesperança e acovardar-se diante de ameaças e
hostilidades de aventureiros apócrifos a nos quererem preterir a escalada da
Nação que o futuro lhe reserva. Celeiro do mundo, esperança de compartir, com dignidade
e esforço como espelho de transcendência e fé, o Brasil com as demais lídimas Nações,
seremos responsáveis pela renovação da Terra.
Neste 7 de Setembro, em que o povo brasileiro
com brio e meneios próprios às suas origens atávicas celebra sua independência,
Nação livre, vinculada às suas tradições de luta, ideais de esperança,
cultuados ao longo do tempo, regados ao sangue de nossos heróis e heroínas —
não nos intimidaremos com o compadrio da traição daqueles que ousam impedir nosso
glorioso futuro.
Não nos furtemos, pois, a festejar nossa
Independência, com gáudio, brilho e suntuosidade que a data enseja, nossos
corações em festa cívica, nossos braços, corpo e alma à disposição da Pátria,
berço de liberdade e esteio de nossa esperança.
Em sendo assim, nosso povo jamais vê-lo diminuído pelo escárnio dos medíocres,
mas, sim, eleito ao pódio da glória dos heróis.
Bsb, 30.08.21
O BUDISMO DE RICHARD GERE,
VERDADEIRO OU FALSO?
Celebridades
do cinema, especialmente as de Hollywood, costumam dar vazão às suas efusões
lúdicas. No filme antigo Celebridades Wood Allen explorou esse tema, que
põe a nu certas extravagâncias que ocorrem nas vidas desses astros famosos,
controversas às vezes.
Preferimos
não citar quais dentre esse núcleo de famosos em Hollywood, por serem tantos os
casos. Também por questão de reserva, consabido que esses fatos são quase de
conhecimento geral. Aliás, escândalos praticados por celebridades pululam na
mídia, alguuns até de maneira absurda, inclusive nos meios políticos.
Dentre
tantos, causa-nos espécie o caso do ator americano Richard Gere. Artista famoso
com um legado de filmes de reconhecida aprovação do público cinéfilo, eis que,
de uns dias para cá, tem sido figura constante nas redes sociais, canal youtube principalmente. E o que é mais
estranho é que, ao invés de falar de cinema, como seria de esperar, o astro,
que ficou célebre pelo filme Linda Mulher, tendo por partner a atriz Linda Robinson, agora surge on line
às vezes meia dúzia por dia dissertando sobre a doutrina budista. São
entrevistas com vários profissionais da mídia americana, os quais trocam
assuntos com o ator, cada qual puxando brasa para sua sardinha televisiva,
alguns sem a menor noção do budismo se deixam levar pelas explicações melífluas
de Gere, que se diz discípulo inconteste da doutrina de Siddharta Guatama,
o primeiro Buda e fundador da religião.
Dessas
aparições do ator no youtube, não é difícil se deduzir que, pelos temas
abordados, explanações míticas e encantatórias feitas para uma plateia desavisada e incipiente na
matéria, trata-se de autoelogios do entrevistado. Richard Gere se delicia em
explicações atávicas sobre os encantos da doutrina budista, até se animando em dar lições sobre o
cristianismo, matéria que absolutamente desconhece, ao querer confrontar sua
teologia com o panteísmo mitológico do budismo.
Ora,
o pouco — ou muito que se sabe — é que o budismo não é propriamente uma
religião, mas uma filosofia de vida cujo principal fundamento é fazer apologia
de que as pessoas devem perder sua personalidade em favor de um Todo universal
no qual se integra fatalmente. Assim, as pessoas devem se desapegar de tudo no
mundo, a matéria causa do sofrimento, o personalismo deve ser totalmente
abolido, o ser humano, a alma absumida por um poderoso Todo tântrico. Enquanto
isso, o ser humano é movido pelo fluxo chamado samsara, propulsor da reencarnação pela qual a pessoa
passa por infinitas etapas até alcançar a iluminação do Nirvana.
O que
o sr.Richard Gere não explica é, como budista que deve abolir os bens matérias,
vive regaladamente com não sei quantas mansões luxuosas e carros do último
modelo, enquanto boa parte do mundo passa fome.
CDL/Bsb 19.08.21
O PODER GLOBAL E A NOVA
RELIGIÃO UNIVERSAL
Falemos hoje sobre
assunto que vem causando polêmica em
nosso País e em todo o mundo — a chamada Nova Ordem Mundial, ou, em inglês New World Order (NWO). O tema é
discutido em todas as áreas, sob parâmetros os mais diversos, embora obtusos,
pelo menos do ponto de vista ético-político.
Afinal,
o que é essa tal Nova Ordem Mundial (NOM), como surgiu, quem são os pais desse fenômeno, que
surge para equalizar todas as nações, com a fantasia de transformar o mundo,
melhorar as condições de vida e efetivar de fato a “aldeia global”, sonho do filósofo e comunicador canadense McLuham
na década de 1960?
Na
verdade é um conjunto de ideias e procedimentos que vem sendo corriqueiro nos
meios midiáticos. Faz parte das conspirações que, hoje, viralizam nos
principais meios políticos internacionais e que visa nada menos do que implantar a globalização mundial.
Segundo
pesquisadores, não se trata de uma ideia nova, retroage a tempos quase
imemoriais, agora, naturalmente revitalizada sob novas e fascinantes vestes,
graças à modernidade que nos tem ilustrado nosso tempo, onde tudo é possível e
realizável. Se consultarmos os alfarrábios, a NOM é nada menos que, em outras
roupagens, as velhas utopias, com que sempre têm sonhado os seres humanos.
Desde Platão, quando erigiu seus famosos diálogos em A República em 360 a.C. Em 1516, na Inglaterra a famosa Utopia de Thomas More. Também em 1580
com o sonho dourado de Tommaso Campanella. Também de Francis Bacon com sua Nova Atlantis
em 1680. Ou ainda de Rabelais, com sua Gargântua
e Pantagruel , em 1653. Também de Fénelon, em 1699 nas suas Aventuras de Telêmaco. E se pesquisarmos
mais fundo vamos encontrar uns cem números de outros sonhos utópicos na
historiografia humana. Modernamente o escritor inglês de ficção científica H.G.
Wells, em 1906 com sua Utopia Moderna, George
Orwell com 1984, em 1949, a Ilha de Aldous Huxley em 1962, as Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino em
1972 e a Odisseia Final, de Arthur C. Clarke, em 1997.
Pode-se
dizer que o gatilho preparatório para implantação da Nova Ordem seria o que
ventila pelo mercado ideológico como Nova Era. Sem falar que decorre das
fantásticas teorias conspiratórias que veem aterrorizando o mundo, muitas
falsas, mas sempre capazes de influenciarem o ainda frágil pensamento humano.
Não teria sido essa a razão do desconstruvismo gerado desde 1990 com a chamada contracultura?
Utopia, Nova Ordem Mundial, Nova Religião —
tudo não será, digamos, farinha do mesmo saco, ingredientes que compõem o
maquiavélico construtivismo? Aquele mesmo movimento indigesto supostamente
filosófico, , apregoado a quatro ventos pelo filósofo francês Jacques Derrida?
O
aforismo geral é de que a tal Nova Ordem Mundial se trata de um movimento
natural e essencialmente progressista, espécie de condão mágico a solucionar
todos os problemas da humanidade, sociais, políticos, econômicos e até
religiosos. Sim, porque um dos ditames subliminares reinantes entre seus
adeptos é de que “... no fundo todas as
religiões são iguais.”
Tirante
as inúmeras versões conspiratórias — maçonaria,
iluminati, Protocolos Sábios de Sião, Round Table, quarto Reich, invasão
alienígena, Brave New World, vigilância massiça, ocultismo, controle
populacional — o certo é que todas são anomalias que se propagam e alcançam
admiradores.
É
preciso, pois, que nos acautelemos todos contra essas malversações ideológicas.
E por se tornar a mais virulenta de
todas por interferir na espiritualidade de ser humano, colaborando para sua
descrença na Religião e responsável pela viralização do ateismo no mundo, é sem
dúvida, a nosso ver, a chamada NOVA ERA. E uma coisa que as pessoas desavisadas
não sabem ou fazem vista grossa é que
essa dita Nova Era, falsamente voltada para um tipo de espiritualidade tem
sido, na verdade campo propício de que se tem valido o joio gramisciano, pelo
qual se espalha a ideologia marxista, o veneno mais insidioso que vem
esfacelando toda a base da cultura judaico-cristã, responsável pela implantação
do processo civilizatório na humanidade.
CDL/Bsb,21.07.21
A AÇÃO DESEDUCADORA DA MÍDIA
É impressionante como
a mídia se arroga hoje de porta voz, não da informação verdadeira, mas da
insanidade que ocorre na sociedade.
Enquanto
os porta-vozes maiorais de comunicação se compraziam em contabilizar as mortes
pelo famigerado Covid-19, na pandemia, ainda competiam entre si, qual delas a que
apresentava maior placar mortífero.
Insatisfeitas,
vez que a pandemia parece arrefecer e para não deixar que o mel da
desinformação desapareça de seus recordes financeiros, eis que, agora descobrem
mais um filão a explorar, talvez mais repulsivo que a via anterior: badalar
através de seus programas a todo instante sobre a perseguição ao novo herói do
negativismo midiático — um serial-killer,
o serial-killer de Brasília. O máximo
do recorde, talvez se sobreponha à estupidez do programa da Globo, o famigerado
reality show, denominado BBB, que já se repete por alguns anos.
Passamos
todos esses dias a ouvir os repórteres das TVs matraqueando sobre o tal serial-killer brasiliense, que andava
matando gente na periferia da Capital Federal. Tão grande e abusiva se tornou a
falação que a Rede Globo, para não perder o lugar de possuir a pior programação
dentre as demais, tanto destrinchou e papagueou sobre o tal matador seriado que
acabou por viralizar na cabeça já tonta das pessoas a figura do sujeito como um
herói. Há controvérsias, mas há indícios de que os mandachuvas da emissora tenham se investido de defensores do fora da
lei, um bandido, caso daquele lunático Chapinha, simplesmente para agradar os
representantes oficiais dos Direitos Humanos, que se arvoram defensores
perpétuos dos direitos individuais.
A
boca pequena, rumores há nas redes sociais que a emissora seria punida pelo
ato. Felizmente o tal matador foi encontrado e, em confronto com a força
policial — composta nada menos de um exército, armados até os dentes — foi
baleado e morto.
Agora é esperar o próximo capítulo desta novela. Tanto pode ser a Globo estarrecer mais uma vez o público com uma novela, como tantas outras já feitas sobre o submundo carioca, como surgirem os defensores dos Direitos Humanos a acharem que a polícia — certamente a mando do Bolsonaro — agiu além dos limites, eliminando o assassino vira-lata, agora glamourizado com o codinome de o serial-killer fenomenal do Planalto Brasileiro.
Parece-nos
oportuno aproveitar as palavras de Cícero, aquele célebre tribuno romano, para
recriminar:
Quosque tandere abutere, Rede Globo, patientia nostra
CDL/Bsb, 30.06.21