segunda-feira, 27 de setembro de 2021

 

 

                CARTA ABERTA AO CENTRO DE ARTES E MÚSICA

                                              ITA E ALAOR

 

Ao Centro de Artes e Música Ita e Alaor

Pirenópolis – Go

 

Saúdo esse templo de arte, cultura e música, abrigo onde se guarda a vida histórico-cultural de Pirenópolis, a decantada cidadela dos Pireneus brasileiros.

Convidado, tive o  prazer de participar da recente FEIRA DE LIVROS — PIREFLIP 21,  singular evento para uma cidade interiorana, não obstante o encantamento de que se reveste esse logradouro.

A simplicidade do evento, em meio a um período de crucial pandemia, não lhe roubou o charme, que remanesceu simplório, mas de significativo encanto. Sucederam-se as performances, especialmente as dedicadas à criançada, com seções de estudo e brincadeiras. E durante os dias 23 e 24, os autores de literatura infantil se sucederam com seus cartazes, a brindarem o público com suas recentes criações literárias.

Apenas nos causou espécie,  a ausência na programação das entidades culturais mais veneráveis e representativas da música, letra e arte, para coroar o evento na sua plenitude. Como o fazem as demais feiras livrescas e culturais a ocorrerem no País. Notadamente a música, ao que se sabe característica fundamental desse recanto, herdada ainda da pequena Meia-Ponte e seus fundadores.

Outra ausência, que acredito poderia ter dado peso ao evento, foi a da Academia Pirenopolense de Letras e Música, APLAM, legado cultural à cidade, graças ao esforço e o olhar visionário de uma plêiade de escritores, professores e intelectuais de Brasília, que a fundaram. Dentre esses abnegados destacaram-se Arnaldo Sette, Victor Tannure, José Carlos Gentili, Murilo Moreira Veras (este que vos escreve) e Mauro Castro — o primeiro deles seu fundador-mor, que sempre dedicou à cidade acolhida excepcional dentre suas tarefas, ele responsável, sim, pelo êxito do projeto, infelizmente já falecido.

Outro aspecto  que acreditamos de interesse não só da cidade, foro turístico, nacional e quiçá internacional, mas sobretudo de apelo fundamental à nossa cultura, foi a fundação da Editora Devenir, que tivemos a oportunidade de apresentar no estande destinado a Autores Independentes (ver folder específico), cujo objetivo é auxiliar quanto ao melhor reconhecimento de nossas raízes históricas, artísticas e literárias. Com nossa Editora Devenir, pretendemos  contribuir, na medida do possível, com as instituições educativas do País, fortalecê-las em qualidade, para que revigorem  suas raízes originais e, assim, venham a promover resultados mais brilhantes e eficientes em termos humanísticos.

Quanto a isso, já temos programação específica (ver folder), inclusive com livros já editados — caso do LIMITE, uma compilação de contos.

Parabenizo os encarregados da realização do evento, que esperamos se reproduza no tempo — é mais um exemplo de que nossa cultura ainda está viva, apesar das correntes contrárias que a querem vilipendiada.

Recorde-se e tenha-se como lema o verso simbólico de Luís de Camões em seu inolvidável Os Lusíadas:

“Cessa tudo enquanto a musa canta,

 Que um brado mais alto se alevanta.”

 

             Murilo Moreira Veras

                     Escritor

 

N.B. – Segue anexo poema dedicado à cidade, escrito por ocasião do evento.

 


 
 



 

                       ODE  A  PIRENÓPOLIS

                           

                                                Murilo Moreira Veras

 

Pirenópolis — terra das pedras,

Construída de pedras de sonhos,

Meia Ponte — ou a Ponte da meia esperança.

Teus folguedos escondem-se em teus cinzeis de pedras.

Os Bandeirantes terão eles visto tuas pedras cintilantes

e marcaram o teu destino encantatório?

Ali, tua história escreve o passado

traçando o caminho do futuro

— ágora de turismo entrante.

Tu és feita de pedras e sobre estas pedras

há de fluir deslumbres de sonhos

— painéis revisitados à busca de aventuras.

Cidadela cercada de pedras, 

as pedras motivo de teu raro encanto.

Sob teus pés, auríferos, jorram águas cristalinas.

Trilhas de aventuras sustentam os amantes

de ignotas montanhas.

É a antiga Meia-Ponte que se reescreve reluzindo

à ardência do Sol

— roteiro das águas, alegóricas brenhas

que alimentam velhos e jovens emoções.

 

Tu — cidade das pedras

o poeta agora de saúda,

brincando de sonhar

 

                         com as pedras

                         encantadas

                         dos Anjos.

 

                                           Pirenópolis, 24.09.21

 

 

 CDL/bsb, 27.09.21

 

 

 

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

 


                                                Lançamentos










quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Praça da Matriz da Sé - São Luis


  

 

           NAZARÉ PORTUGUESA OU 

               SÃO LUÍS FRANCESA?

 

 

Espécie de segredo histórico, constitui hoje o mito de que a capital do Maranhão, São Luís, foi fundada pelo francês Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière. Mesmo depois da malograda investida em 1612 de  fundação no Maranhão da França Equinocial, o estranho mito persiste — São Luís  relicário brasileiro da civilização francesa.

Capital do Estado do Maranhão, São Luís completou 409 anos em 8.09.21. O mito é voz geral entre os ludovicences, seu fundamento confirma-o  a historiografia oficial, que do fato faz seu principal laudatório.

Ocorre que esse mito não é aceito por muitos historiadores, inclusive maranhenses, Mário Martins Meireles, Rubem Almeida e principalmente Maria de Lourdes Lauande Lacroix, que, em seu estudo assinala que os franceses ali aportaram para fundar uma colônia e divulgar o cristianismo e os portugueses, já instalados na região, dali os expulsaram. De sua vez, Meireles em seu livro “França Equinocial”, edições da Academia Maranhense de Letras, por iniciativa de Jomar Moraes, também estudioso do assunto, explica como se originou o mito. Com base em dados e informações colhidas de historiadores antigos e modernos como Rocha Pombo, o autor afirma que os expedicionários de Aires da Cunha, do triunvirato de donatários da Capitania do Maranhão formado por João de Barros e Fernando Alvares de Andrade, fundaram em 1.513 uma povoação primeiramente chamada Trindade e que teria durado três anos (pag. 39, citado livro). Rubem Almeida, também estudioso da Capitania do Maranhão, acrescenta Meireles no mesmo livro, teria identificado esse povoado a célula mater da cidade, hoje denominada de São Luís.

A cidade fundada pelos franceses em 1.612, como reza a história oficial, teria sido o clímax da chamada França Equinocial, que não passou de uma malograda tentativa de constituir, no Brasil, uma colônia francesa. O fato não significa retirar da cidade seu brilho de suposta descendência francesa em nossas plagas. Ao contrário, move-nos o objetivo de fazer transparecer a verdade dos fatos. Não constitui demérito algum revestir a cidade dos cenários de seus reais  fundadores, os portugueses.

A propósito, em certa viagem que fizemos, eu e minha esposa, ela maranhense de origem, a São Luís, quando nos dirigíamos de retorno ao aeroporto, o taxista que nos atendia, encetando conversa, disse-nos ser formado em história e explicou a verdadeira origem da cidade aquela humilde povoação chamada Nazaré. Não só confirmou como nos levou ao local, no bairro de Vinhais, onde nos mostrou as ruínas de uma igreja. Seria as únicas reminiscências da suposta localidade de onde surgiu, hoje, a cidade de São Luís.

Terra das famosas tradições folclóricas como a do Bum-Meu-Boi, abrigando recantos onde remanescem os cantos e encantos decantados por Gonçalves Dias e outros inspirados vates, ágora cultural mantida como berço de grandes vultos da literatura, a ponto de também no passado ter recebido outro galardão, o de ATENAS BRASILEIRA — o cenário que nos propusemos expor não diminui o mérito da cidade, a pequena Ilha dos Amores, enaltece-a de mais um laurel, ser ao mesmo tempo portuguesa e batizada francesa, para deleite de seu afável povo.

CDL/Bsb, 16.09.21   

 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

  

 

                      SERMÃO DE BRASÍLIA

 

 


                         




                                                     Murilo Moreira Veras

 

Governantes e governados,

vós que tendes fome e sede de justiça

— Ouvi-nos.

Por que na política de hoje

buscais nos atos e fatos

a sentença de dois pesos

e duas medidas,

quando o equânime é a garantia do perfeito

equilíbrio da razão?

Não sabeis que a bondade, a sinceridade

devam ser perenes em vossos passos?

Que é com sabedoria que separamos o joio do trigo?

Que deveis misericórdia nas cortes de julgamentos?

Grandes e poderosos são os que apregoam

a ousadia da força — falaciosos e energúmenos

também o fazem.

Aplaudi os que na audácia das ações sabem perdoar,

da humildade se valer.

Em vez da vingança, da fúria,

a singeleza do poder.

Gesto de humildade não significa o arrego vil,

fraqueza de caráter.

Ao contrário, é ato de grandeza, bravura interior.

Lembrai-vos do Sermão da Montanha em que o

Mestre da Galileia nos ensina:

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque

alcançarão a misericórdia.”

Por que recorrer à força da razão em vez da

razão da força, à medida do juízo em vez da

fúria das paixões?

“O coração do sábio — reza o Eclesiastes —

está à sua direita; o coração do insensato

à sua esquerda.”

O que julgais ser fraqueza na luta, retroceder

simboliza bom senso, trégua de esperança,

O lutador nem sempre é o vingador, mas o

mediador sensato na refrega.

A política é à busca da justa polis, dir-vos-ei,

 

senhores da guerra.

Vence na vida, quem vence o medo e a morte.

Caminhai sempre para frente e a confiança vos

acompanhará”

Urge que penseis o que é ser justo neste rincão de

dores e sofreres.

Tristeza nunca é o melhor caminho à vereda da salvação

— um gesto de brandura vale mais que a fúria da

paixão.

A imperfeição não se exime na mais lídima das perfeições.

A fúria suaviza-se com a compaixão, a emoção mesmo

desabrida, com a compreensão.

Reinar é governar a polis, saber servir sobretudo,

não significa leniência, covardia, traição.

Governar é conduzir com sapiência

a contradita dos contrários às lides conjunturais.

Gerir os adversos — a sabedoria do sábio Rei.

Ó juízes dos códices, e dos acórdãos,

acaso vestis a manta dos fariseus dos templos

esquecestes que a ética e a moral suavizam

a rigidez do código de Hamurabi?

Dizei Ecce Homo — este é o homem das incertezas

e desenganos.

Eu vos direi, à voz da razão.

É um homem, um simples viajor do tempo

que ousou tomar as rédeas deste ainda efêmero evoluir

de nossas plagas verde-amarelas.

Com seus debacles, sofridos e havidos

erráticos rivais dificultam-lhe os passos, devido

o fanatismo ideológico, os compadrios.

Ecce Homo — sim, mas capaz de gesto de grandeza, magnânimo,

como foi este: Paz em benefício da Nação!

                                                                  CDL/Bsb, 12.09.21

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 



INDEPENDÊNCIA : A PÁTRIA LIVRE

 

 



 

País não é um conglomerado de pessoas. Não é uma gleba qualquer habitada por energúmenos, incultos, sem chão. Tão pouco um quintal inidôneo assacado por ladrões e aventureiros.

País é, sim, uma comunhão de interesses com que se coadunam os habitantes de um torrão, os quais, sob augúrios e fervores. nutrindo sonhos, à força do trabalho e motivados de orgulho patriótico, suor e lágrimas, ali vivem e sofrem a transformarem sua terra numa grande Nação.

O Brasil – nosso País, de ontem e de hoje, que avança para o futuro — não pode jamais se deter em excrescências menores, seu povo refugiar-se na desesperança e acovardar-se diante de ameaças e hostilidades de aventureiros apócrifos a nos quererem preterir a escalada da Nação que o futuro lhe reserva. Celeiro do mundo, esperança de compartir, com dignidade e esforço como espelho de transcendência e fé, o Brasil com as demais lídimas Nações, seremos responsáveis pela renovação da Terra.

Neste 7 de Setembro, em que o povo brasileiro com brio e meneios próprios às suas origens atávicas celebra sua independência, Nação livre, vinculada às suas tradições de luta, ideais de esperança, cultuados ao longo do tempo, regados ao sangue de nossos heróis e heroínas — não nos intimidaremos com o compadrio da traição daqueles que ousam impedir nosso glorioso futuro.

Não nos furtemos, pois, a festejar nossa Independência, com gáudio, brilho e suntuosidade que a data enseja, nossos corações em festa cívica, nossos braços, corpo e alma à disposição da Pátria, berço de liberdade e esteio de nossa esperança.

Em sendo assim, nosso povo jamais  vê-lo diminuído pelo escárnio dos medíocres, mas, sim, eleito ao pódio da glória dos heróis.

Bsb, 30.08.21

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

 

O BUDISMO DE RICHARD GERE, VERDADEIRO OU FALSO?

 


 



Celebridades do cinema, especialmente as de Hollywood, costumam dar vazão às suas efusões lúdicas. No filme antigo Celebridades Wood Allen explorou esse tema, que põe a nu certas extravagâncias que ocorrem nas vidas desses astros famosos, controversas às vezes.

Preferimos não citar quais dentre esse núcleo de famosos em Hollywood, por serem tantos os casos. Também por questão de reserva, consabido que esses fatos são quase de conhecimento geral. Aliás, escândalos praticados por celebridades pululam na mídia, alguuns até de maneira absurda, inclusive nos meios políticos.

Dentre tantos, causa-nos espécie o caso do ator americano Richard Gere. Artista famoso com um legado de filmes de reconhecida aprovação do público cinéfilo, eis que, de uns dias para cá, tem sido figura constante nas redes sociais, canal  youtube principalmente. E o que é mais estranho é que, ao invés de falar de cinema, como seria de esperar, o astro, que ficou célebre pelo filme Linda Mulher, tendo por partner  a atriz Linda Robinson, agora surge on line às vezes meia dúzia por dia dissertando sobre a doutrina budista. São entrevistas com vários profissionais da mídia americana, os quais trocam assuntos com o ator, cada qual puxando brasa para sua sardinha televisiva, alguns sem a menor noção do budismo se deixam levar pelas explicações melífluas de Gere, que se diz discípulo inconteste da doutrina de Siddharta Guatama, o primeiro Buda e fundador da religião.

Dessas aparições do ator no youtube, não é difícil se deduzir que, pelos temas abordados, explanações míticas e encantatórias feitas para  uma plateia desavisada e incipiente na matéria, trata-se de autoelogios do entrevistado. Richard Gere se delicia em explicações atávicas sobre os encantos da doutrina budista,  até se animando em dar lições sobre o cristianismo, matéria que absolutamente desconhece, ao querer confrontar sua teologia com o panteísmo mitológico do budismo.

Ora, o pouco — ou muito que se sabe — é que o budismo não é propriamente uma religião, mas uma filosofia de vida cujo principal fundamento é fazer apologia de que as pessoas devem perder sua personalidade em favor de um Todo universal no qual se integra fatalmente. Assim, as pessoas devem se desapegar de tudo no mundo, a matéria causa do sofrimento, o personalismo deve ser totalmente abolido, o ser humano, a alma absumida por um poderoso Todo tântrico. Enquanto isso, o ser humano é movido pelo fluxo chamado samsara,  propulsor da reencarnação pela qual a pessoa passa por infinitas etapas até alcançar a iluminação do Nirvana.

O que o sr.Richard Gere não explica é, como budista que deve abolir os bens matérias, vive regaladamente com não sei quantas mansões luxuosas e carros do último modelo, enquanto boa parte do mundo passa fome.

CDL/Bsb 19.08.21


terça-feira, 20 de julho de 2021


 

 

 

O PODER GLOBAL E A NOVA

  RELIGIÃO     UNIVERSAL

                                 


                             

 

Falemos hoje sobre assunto  que vem causando polêmica em nosso País e em todo o mundo — a chamada Nova Ordem Mundial, ou, em inglês New World Order (NWO). O tema é discutido em todas as áreas, sob parâmetros os mais diversos, embora obtusos, pelo menos do ponto de vista ético-político.

Afinal, o que é essa tal Nova Ordem Mundial (NOM), como  surgiu, quem são os pais desse fenômeno, que surge para equalizar todas as nações, com a fantasia de transformar o mundo, melhorar as condições de vida e efetivar de fato a “aldeia global”, sonho do filósofo e comunicador canadense McLuham na década de 1960?

Na verdade é um conjunto de ideias e procedimentos que vem sendo corriqueiro nos meios midiáticos. Faz parte das conspirações que, hoje, viralizam nos principais meios políticos internacionais e que visa nada menos do que  implantar a globalização mundial.

Segundo pesquisadores, não se trata de uma ideia nova, retroage a tempos quase imemoriais, agora, naturalmente revitalizada sob novas e fascinantes vestes, graças à modernidade que nos tem ilustrado nosso tempo, onde tudo é possível e realizável. Se consultarmos os alfarrábios, a NOM é nada menos que, em outras roupagens, as velhas utopias, com que sempre têm sonhado os seres humanos. Desde Platão, quando erigiu seus famosos diálogos em A República em 360 a.C. Em 1516, na Inglaterra a famosa Utopia de Thomas More. Também em 1580 com o sonho dourado de Tommaso Campanella. Também de Francis Bacon com sua Nova Atlantis em 1680. Ou ainda de Rabelais, com sua Gargântua e Pantagruel , em 1653. Também de Fénelon, em 1699 nas suas Aventuras de Telêmaco. E se pesquisarmos mais fundo vamos encontrar uns cem números de outros sonhos utópicos na historiografia humana. Modernamente o escritor inglês de ficção científica H.G. Wells, em 1906 com sua Utopia Moderna, George Orwell com 1984, em 1949, a Ilha de Aldous Huxley em 1962, as Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino em 1972  e a Odisseia Final, de Arthur C. Clarke, em 1997.

 A NOM seria talvez a mais recente modalidade do utopismo, pois, sob o embuço de transformar o mundo, na realidade pode se tornar  virulento instrumento de escravização da humanidade.  Além de ser a teoria conspiratória de maior audiência no momento.

Pode-se dizer que o gatilho preparatório para implantação da Nova Ordem seria o que ventila pelo mercado ideológico como  Nova Era. Sem falar que decorre das fantásticas teorias conspiratórias que veem aterrorizando o mundo, muitas falsas, mas sempre capazes de influenciarem o ainda frágil pensamento humano. Não teria sido essa a razão do desconstruvismo gerado desde 1990 com a chamada contracultura?

Utopia, Nova Ordem Mundial,  Nova Religião — tudo não será, digamos, farinha do mesmo saco, ingredientes que compõem o maquiavélico construtivismo? Aquele mesmo movimento indigesto supostamente filosófico, , apregoado a quatro ventos pelo filósofo francês Jacques Derrida?

O aforismo geral é de que a tal Nova Ordem Mundial se trata de um movimento natural e essencialmente progressista, espécie de condão mágico a solucionar todos os problemas da humanidade, sociais, políticos, econômicos e até religiosos. Sim, porque um dos ditames subliminares reinantes entre seus adeptos é de que “... no fundo todas as religiões são iguais.”

Tirante as inúmeras versões conspiratórias — maçonaria, iluminati, Protocolos Sábios de Sião, Round Table, quarto Reich, invasão alienígena, Brave New World, vigilância massiça, ocultismo, controle populacional — o certo é que todas são anomalias que se propagam e alcançam admiradores.

É preciso, pois, que nos acautelemos todos contra essas malversações ideológicas. E por se tornar a mais virulenta  de todas por interferir na espiritualidade de ser humano, colaborando para sua descrença na Religião e responsável pela viralização do ateismo no mundo, é sem dúvida, a nosso ver, a chamada NOVA ERA. E uma coisa que as pessoas desavisadas não sabem ou fazem vista grossa é que  essa dita Nova Era, falsamente voltada para um tipo de espiritualidade tem sido, na verdade campo propício de que se tem valido o joio gramisciano, pelo qual se espalha a ideologia marxista, o veneno mais insidioso que vem esfacelando toda a base da cultura judaico-cristã, responsável pela implantação do processo civilizatório na humanidade.

CDL/Bsb,21.07.21