sexta-feira, 8 de setembro de 2017



        FUNDAÇÃO DE SÃO LUIS: VERDADE ESQUECIDA?






        Com o celebrar dos quatrocentos e cinco anos de sua existência, neste 8.09.17,  para o burgo que se vangloria de  ser a  Cidade de La Ravardière, não será nenhum demérito reconsiderar a verdade sobre sua fundação.
Não somos nós, pobres escribas neste século XXI, que o afirmamos, mas o emérito pesquisador maranhense Mário Martins Meireles, com base em notáveis e exaustivas pesquisas por ele realizadas e constantes de seu livro “FRANÇA EQUINOCIAL”, já em 3ª edição, o autor membro da Academia Maranhense de Letras e renomado pesquisador da historiografia do Maranhão.
                  Reconsiderar, sim, não desmerecer, o que significa reconhecer o brioso galanteio que se dá à cidade de “grades e azulejos”, de ter sido gerada por gentil-homem francês,  daí a alcunha de Cidade de La Ravardière, além das alvíssaras de Atenas Brasileira, dentre tantas outras cidades a também fazerem jus ao título. Além disso, seus filhos costumam ”ufanar-se de ser a capital do estado brasileiro em que melhor e mais castiçamente se fala a língua da Mãe-Pátria”, no definir orgulhoso de Mário Meireles (pag.136 de seu livro).
                Mas, antes de se tornar uma airosa cidade francesa, nos trópicos, capital da suposta França Equinocial sonhada por La Ravardière, por que não cair na real de que a antiga Saint-Louis, de 1612, na verdade,  já existia, um povoado fundado em 1535 na Ilha Grande, pelos expedicionários de Aires da Cunha denominada Nossa Senhora de Nazaré – informação inclusive confirmada por renomados historiadores como Rocha Pombo e Rubem Almeida?
             São Luis, homenagem régia pelos franceses “rouliers de la mer” à França Equinocial nos trópicos – ou Nossa Senhora de Nazaré, em honra à Mãe de Jesus e de Deus, cinzelada pelos descobridores portugueses? Cidade de La Ravardière ou Cidade de Nazaré, o lugar onde nasceu o Mestre dos Mestres?
            Com seus quatrocentos e cinco anos, a Capital Maranhense vem se transformando numa metrópole, com a pujança de seu inegável progresso, progresso esse que se decorre de sonho de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, a herança francesa não lhe traz maior honra, senão aquela de ter sido historicamente originária de um pequeno povoado abençoado pelas mãos de Maria, que, em Nazaré, numa simples manjedoura deu à luz ao Salvador do Mundo.

Bsb, 8.09.17  

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