FUNDAÇÃO DE SÃO LUIS: VERDADE ESQUECIDA?
Com o celebrar dos quatrocentos e cinco anos de sua
existência, neste 8.09.17, para o burgo
que se vangloria de ser a Cidade de
La Ravardière, não será nenhum demérito reconsiderar a verdade sobre sua fundação.
Não somos nós,
pobres escribas neste século XXI, que o afirmamos, mas o emérito pesquisador
maranhense Mário Martins Meireles, com base em notáveis e exaustivas pesquisas
por ele realizadas e constantes de seu livro “FRANÇA EQUINOCIAL”, já em 3ª edição, o autor membro da Academia
Maranhense de Letras e renomado pesquisador da historiografia do Maranhão.
Reconsiderar,
sim, não desmerecer, o que significa reconhecer o brioso galanteio que se dá à cidade
de “grades e azulejos”, de ter sido gerada por gentil-homem francês, daí a alcunha de Cidade de La Ravardière, além das alvíssaras de Atenas Brasileira, dentre tantas outras
cidades a também fazerem jus ao título. Além disso, seus filhos costumam ”ufanar-se de ser a capital do estado
brasileiro em que melhor e mais castiçamente se fala a língua da Mãe-Pátria”,
no definir orgulhoso de Mário Meireles (pag.136 de seu livro).
Mas, antes de se
tornar uma airosa cidade francesa, nos trópicos, capital da suposta França
Equinocial sonhada por La Ravardière, por que não cair na real de que a antiga Saint-Louis,
de 1612, na verdade, já existia, um povoado
fundado em 1535 na Ilha Grande, pelos expedicionários de Aires da Cunha denominada
Nossa Senhora de Nazaré – informação
inclusive confirmada por renomados historiadores como Rocha Pombo e Rubem
Almeida?
São Luis, homenagem régia pelos
franceses “rouliers de la mer” à
França Equinocial nos trópicos – ou Nossa
Senhora de Nazaré, em honra à Mãe de Jesus e de Deus, cinzelada pelos
descobridores portugueses? Cidade de La Ravardière ou Cidade de Nazaré, o lugar
onde nasceu o Mestre dos Mestres?
Com seus
quatrocentos e cinco anos, a Capital Maranhense vem se transformando numa
metrópole, com a pujança de seu inegável progresso, progresso esse que se
decorre de sonho de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, a herança
francesa não lhe traz maior honra, senão aquela de ter sido historicamente originária de um pequeno
povoado abençoado pelas mãos de Maria, que, em Nazaré, numa simples manjedoura
deu à luz ao Salvador do Mundo.
Bsb, 8.09.17
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