AO ELEITOR CONSCIENTE
Por incrível que pareça a dois passos/meses das eleições brasileiras, o plantel do eleitorado — nós, os indóceis eleitores — não sabem como fazer no cumprimento desse dever cívico, que candidato escolher, são 13 os pretendentes, todos, com raríssimas exceções, ou forasteiros, ou despreparados, enquanto o resto mal vistos, mantêm o rabo preso, na grande ratoeira em que se transformou a política entre nós.
Confuso
o pobre do eleitor, ele próprio até certo ponto não se dando conta da responsabilidade
de escolher, entre os afoitos pretendentes, aquele, menos mal, que ouse
comandar o País. Aliás, previna-se: um País em transe.
Ora,
pois, dirá o adventício — como fazê-lo ante o desvario em que se encontra o
cenário político da nova Terra de Santa Cruz? Como superar o obstáculo, se a economia
do País não reage a contento, as finanças em crise, a confiança da população em
baixa? Onde as forças criativas, que se acovardam, em vez de tomarem o pulso
contra a violência, os ranços ideológicos, o revanchismo que impregnam a Nação,
atrasam o progresso, a ponto de desvirtuar setores vitais que impedem sua
reconstrução, em termos de educação, cultura, tecnologia avançada e conhecimento
científico?
Para
desafeto da Nação, convenhamos, é-nos constrangedor cumprir o ato confirmatório da democracia
votando nada menos que em 13 concorrentes à Presidência, inda mais oriundos,
como é sabido, do desbragamento orgíaco dos partidos políticos.
Em
sã consciência, como ousa sobreviver um País que sustenta o peso
político-partídário de 35 partidos, em ação e outros 56 em formação, arcar com as
despesas decorrentes — e pior, saciar a fome de poder desses partidos, que mais
parecem sorvedouros para enriquecimento ilícito, seus integrantes e operadores,
verdadeiros All Capones na prática da
cleptomania, endêmica em todos os sentidos?
Argumente-se.
Não é um absurdo um País, como o nosso, ainda em desenvolvimento, manter o
penduricalho de tantos partidos, sustentar a sandice ideológica de usurpadores
do poder e dos cofres públicos? Enquanto os demais, que nos ufanamos de
patriotas, sonhando com um Brasil mais forte, justo e equânime às necessidades
de nosso povo, cristão e livre da demagogia
dessa fanfarronice socialista — nos esfalfamos
na labuta diária, pagando cada vez mais pesados tributos? Isto é democracia ou cleptocracia
demagógica?
É
o que significa essa primeira leitura das eleições, dirigida à consciência dos
eleitores brasileiros. Ao votar — tirante aqueles desavisados e os irracionais,
que os há e muitos — que se atenham a esses aspectos, não se deixem enlear em
armadilhas, ouvir soluções salvadorísticas,
esses, como os outros, não passam de sátrapas que, no exórdio de suas retóricas
enganosas, só querem alcançar seus objetivos sórdidos com suas falsas
promessas.
São
as aves-de-rapina na política — como
em outros setores da sociedade — que pregam a utopia socialista como salvação
do mundo.
CDL/Bsb, 16.08.18
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