O JOIO E O TRIGO – ENTRE
A MENTIRA E A VERDADE
Vivemos
não apenas tempos de pandemia do COVID-19. Atacam-nos outros vírus, tão
virulentos quanto aquele. São as ideologias, as manifestações espúrias que nos
abalam as consciências, daí serem perigosas, até mesmo pelo de fato de se
mostrarem subreptícias, infiltrarem-se porosa e sibilarmente em nosso
dia-a-dia. Inclusive nas manifestações religiosas, sem falar nos ataques
diários abusivos que nos fazem as mídias escritas e televisivas, que, em vez de
nos informarem, viralizam o pânico nas redes.
Dessas
assinaladas, uma tem sido espalhada sobretudo nas celebrações religiosas, e referimo-nos
às missas católicas. Notaram como desde o início do mandato do Papa Francisco
essas manifestações têm se incrementado, antes, mas intensificadas principalmente
após o tal Sínodo Amazônico? A ponto de certo sacerdote ter vindo a
público, por estes dias, advertir da existência de duas igrejas católicas, a representada
pelo verdadeiro cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada pelo
Mestre da Galileia e uma outra, ardilosamente infiltrada em suas hostes. E sem
medo de errar diria tratar-se, esta, nada menos que da Teologia da Libertação — aquela
mesma liderada entre nós pelo famoso Leonardo
Boff, aquele cujo Papa Bento XVI, hoje benemérito no Vaticano, o admoestou
sobre a heresia praticada e o impôs voto de silêncio, como então sacerdote da
Igreja.
O
filho unigênito do Criador — todos os cristãos o sabemos, porque senão não
somos mais chamados cristãos — veio ao mundo para resgatar a humanidade pelo
pecado original, mediante morte pela cruz. O Mestre Jesus de Nazaré exerceu na
Terra o seu Ministério, pregando a fé, a misericórdia, a prática da caridade, do
bem, o amor ao próximo, o perdão, mas também o exercício da justiça, assim como
cuidado pelas nossas vidas, dom de Deus às criaturas. Tudo isto está escrito
nos Evangelhos do Novo Testamento, apoiado pelo Velho, de Abraão, Moisés e os
Profetas, sobretudo. Mas uma coisa não fez parte de seus ensinamentos: a
política, melhor, a politização do povo. Tanto que Ele logo advertiu: “O que
é de César, devolvei a César, e o que é
de Deus, a Deus.” ( Mat. 22, 21) E noutra ocasião fez ver que devíamos “Buscar
primeiro o Reino de Deus e sua justiça” (Mat.6, 33), enquanto a Pilatos, que o interrogava como indiciado pelos Judeus no
Sinédrio, declarou “Meu Reino não é deste mundo” .
O
Mestre pregava mediante parábolas, com que conseguia captar melhor a atenção
daquele povo, pobre, humilde e inepto. Utilizou uma linguagem popular, embora
fosse simbólica. Dessas singularizamos uma: a parábola do joio e do trigo (Mat.13.
24-30 e 36-43). Não é difícil concluir que Ele falava da intromissão no Reino
de Deus de uma ala contrária aos ensinamentos de Sua palavra, pessoas porosas,
infiltradas, verdadeiros espiões e seriam conhecidas por não renderem frutos,
gerarem confusão, malícia, desordem, enfim igual ao joio escondido no trigo,
que não serve para nada, a não ser para serem queimados, por inúteis, pérfidos.
Estão ai as duas Igrejas Católicas, a que o sacerdote com propriedade soube indicar:
na semeadura para o Reino de Deus, o joio é esta corrente de
energúmenos, falsos profetas, enquanto o trigo, este, sim, representa a
verdadeira Igreja de Cristo, pois do trigo da palavra deriva o pão que alimenta a
espiritualidade da Eucaristia aos tementes do Criador, obedientes às Suas Leis,
os possíveis candidatos ao Novo Reino que não é deste mundo.
CDL/Bsb, 30.07.20
CDL/Bsb, 30.07.20
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