quarta-feira, 29 de julho de 2020


O JOIO E  O TRIGO – ENTRE
A  MENTIRA  E  A   VERDADE





Vivemos não apenas tempos de pandemia do COVID-19. Atacam-nos outros vírus, tão virulentos quanto aquele. São as ideologias, as manifestações espúrias que nos abalam as consciências, daí serem perigosas, até mesmo pelo de fato de se mostrarem subreptícias, infiltrarem-se porosa e sibilarmente em nosso dia-a-dia. Inclusive nas manifestações religiosas, sem falar nos ataques diários abusivos que nos fazem as mídias escritas e televisivas, que, em vez de nos informarem, viralizam o pânico nas redes.
Dessas assinaladas, uma tem sido espalhada sobretudo nas celebrações religiosas, e referimo-nos às missas católicas. Notaram como desde o início do mandato do Papa Francisco essas manifestações têm se incrementado, antes, mas intensificadas principalmente após o tal Sínodo Amazônico? A ponto de certo sacerdote ter vindo a público, por estes dias, advertir da existência de duas igrejas católicas, a representada pelo verdadeiro cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada pelo Mestre da Galileia e uma outra, ardilosamente infiltrada em suas hostes. E sem medo de errar diria tratar-se, esta, nada menos  que da Teologia da Libertação — aquela mesma liderada entre nós  pelo famoso Leonardo Boff, aquele cujo Papa Bento XVI, hoje benemérito no Vaticano, o admoestou sobre a heresia praticada e o impôs voto de silêncio, como então sacerdote da Igreja.
O filho unigênito do Criador — todos os cristãos o sabemos, porque senão não somos mais chamados cristãos — veio ao mundo para resgatar a humanidade pelo pecado original, mediante morte pela cruz. O Mestre Jesus de Nazaré exerceu na Terra o seu Ministério, pregando a fé, a misericórdia, a prática da caridade, do bem, o amor ao próximo, o perdão, mas também o exercício da justiça, assim como cuidado pelas nossas vidas, dom de Deus às criaturas. Tudo isto está escrito nos Evangelhos do Novo Testamento, apoiado pelo Velho, de Abraão, Moisés e os Profetas, sobretudo. Mas uma coisa não fez parte de seus ensinamentos: a política, melhor, a politização do povo. Tanto que Ele logo advertiu: “O que é de César, devolvei a César,  e o que é de Deus, a Deus.” ( Mat. 22, 21) E noutra ocasião fez ver que devíamos “Buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça” (Mat.6, 33), enquanto  a Pilatos, que o  interrogava como indiciado pelos Judeus no Sinédrio, declarou “Meu Reino não é deste mundo” .
O Mestre pregava mediante parábolas, com que conseguia captar melhor a atenção daquele povo, pobre, humilde e inepto. Utilizou uma linguagem popular, embora fosse simbólica. Dessas singularizamos uma: a parábola do joio e do trigo (Mat.13. 24-30 e 36-43). Não é difícil concluir que Ele falava da intromissão no Reino de Deus de uma ala contrária aos ensinamentos de Sua palavra, pessoas porosas, infiltradas, verdadeiros espiões e seriam conhecidas por não renderem frutos, gerarem confusão, malícia, desordem, enfim igual ao joio escondido no trigo, que não serve para nada, a não ser para serem queimados, por inúteis, pérfidos. Estão ai as duas Igrejas Católicas, a que o sacerdote com propriedade soube indicar: na semeadura para o Reino de Deus, o joio é esta corrente de energúmenos, falsos profetas, enquanto o trigo, este, sim, representa a verdadeira Igreja de Cristo, pois do  trigo da palavra deriva o pão que alimenta a espiritualidade da Eucaristia aos tementes do Criador, obedientes às Suas Leis, os possíveis candidatos ao Novo Reino que não é deste mundo.
CDL/Bsb, 30.07.20



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