A PEDAGOGIA DO
URUBU
A mídia brasileira — leia-se a rede Globo, Globo News e outros canais, a escrita
inclusive e aí está em primeiro lugar a revista Veja — parece atacada de fobia diante do novo Governo. O pavor é
tão grande diante das primeiras medidas de assepsia de Bolsonaro que, todo o
terreiro esquerdista, em estado de paranoia, atira para todo lado, faz qualquer
coisa, usa toda sorte de estratagema. Tanto até seus asseclas caírem no
ridículo, como tem acontecido com as entrevistas da comentarista preferida da
Globo, Miriam Leitão.
Há alguns dias,
no programa da Globo News, Em Pauta,
dirigido por Sérgio Aguiar, aconteceu
uma situação ridícula, quando a tal pauta era sobre Paulo Freire, apresentado como educador e personalidade de
referência mundial. Todos os comentaristas puseram o homem nas nuvens, até que
o representante na Argentina, Ariel
Palácio saiu-se com essa pérola: Paulo Freire inovou a alfabetização, onde
os nordestinos deviam trocar, no
conhecido abecedário, a fórmula, para arcaica, Eva viu a Uva por Vovô
viu o Urubu. Explicação da supostamente sumidade em educação: a fórmula
antiga era opressora, inibia a inteligência do alfabetizando inoculando-lhe
ideias burguesas, pois ele, o caboclo lá das quebras da Paraíba e de Serra
Talhada, ia lá saber o que era UVA, sabia, sim, o que era URUBU, que ele via
todos os dias. Esse raciocínio mambembe foi compartilhado por todos os demais
comentaristas — a Cantanhede dizendo tratar-se de um grande erudito; Chacra informando que se tratava de educador
reconhecido internacionalmente, inclusive nos Estados Unidos; os demais
acompanhando o converser tapiativo,
como diria Jorge Amado.
Como são
ingênuos, medíocres esses comentaristas da Globo! É de estarrecer a falta de
acuidade, para não dizer raciocínio mesmo. Será que não sabem que Paulo Freire
na verdade era um comunista fanático, que a fórmula de aprendizagem Vovô viu o Urubu não é para alfabetizar
ninguém, mas, sim, submeter os
incipientes a se iniciarem no marxismo, enfim, uma grande lavagem cerebral?
Será que esses jornalistas — a maioria formados na UNB ou na USP — não percebem
a malandragem do Paulo Freire, ao trocar a fórmula clássica Eva ver a Uva, pela gramisciana Vovô viu a Uva? Pois consultem os
alfarrábios, manuais clássicos de economia e filosofia! É uma medida de transformação
da sociedade, senhores da Globo, deixem de bobagem. Senão vejamos. A fórmula Eva viu a Uva é conservadora, clássica,
tem dois sinais vitais para o alfabetizando: Eva e Uva. Eva significa
a primeira mulher, está na Bíblia, companheira que o Criador deu ao primeiro
homem, Adão, portanto o alfabetizando se instrui logo sobre os fundamentos da
religião; Uva, quer dizer produto natural metacivilizatório, porque dá origem
ao vinho, que quer dizer humanidade, além de simbolizar euforia, vida, amor,
cristianismo, o pão e o vinho evangelizador.
A fórmula
imposta pelo suposto educador não passa de um estratagema para o alfabetizando
aderir ao pragmatismo medíocre, a ser passivo, inocente útil, massa de manobra,
liberta-se da opressão burguesa para ser escravo do estatismo. Trata-se,
portanto, de uma pedagogia que preconiza a miséria, em vez do progresso, da
dignidade pessoal, nivela a pessoa por baixo, o tal falacioso igualitarismo, a
ingenuidade de que todo mundo é igual — e que essa igualdade é a fórmula salvadora
da humanidade. Vovô seria o arcaísmo, a ideologia do marxismo ultrapassado. E o que representa a figura do URUBU? Carniça, impureza, é a ave mais
agourenta do mundo, vive no monturo, cada vez menos aparece nas cidades. Que
diferença para a UVA, sua rica simbologia!
Veem agora a diferença?
Querem saber o
resultado da aplicação da fórmula freiriana na educação brasileira? Um
desastre, o sistema de nosso ensino um dos mais ineficientes do mundo, haja
vista os dados da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Humano
(OCDE) da ONU, que informa em 2015, dentre os 189 países pesquisados, o Brasil
ocupa o 79ª posição, ficando atrás, na América do Sul, da Venezuela,
do Chile e da Argentina, à frente somente do Paraguai. E tem outro detalhe de
certo modo fundamental, no mesmo ano nosso PIB caiu 3,8%, o que significa que a
nação ficou mais miserável, consequentemente o povo, quer dizer, o tal
igualitarismo leva cada vez mais à decadência econômica — é o efeito urubu em
cujas asas purulentas o esquerdismo brasileiro, fanático e irresponsável,
colocou o País.
Paulo Freire — que hoje em dia ninguém houve
mais falar, principalmente no exterior, não passou de um braço marginal do
marxismo gramisciano. Sua tão badalada PEDAGOGIA
DO OPRIMIDO, seria por assim dizer
PEDAGOGIA DO URUBU, sua adoção só levaria as pessoas a viverem como os urubus.
Não será este, afinal, o ideal do falacioso igualitarismo
universal?
Bsb, 21.01.19