MUNDO MELHOR
UMA UTOPIA?
Cada
dia nos convencemos de que a melhoria de mundo se distancia cada vez mais. Referimo-nos
à capacidade de o humanoide evoluir, não na escala evolutiva de Darwin, mas no sentido
humanístico, de tornar-se um ser íntegro
e verdadeiro.
A
teoria do Mundo Melhor tem origem na linha do tempo, Platão, cerca de 380 a.C
talvez a tenha delineado. Outras foram surgindo, inúmeras segundo a Wikipédia.
Citemos algumas por curiosidade.: A Cidade Virtuosa, história de Medina, a
cidade santa de Maomé; a Utopia (1516) de Thomas More; A Cidade do Sol (1553)
de Tommaso Campanella; Nova Atlantis (1627) de Francis Bacon; Viagem a Ícara (1842, de Etienne Cabet 3001 –
A Odisseia Final, de Arthur Clarke e mais recentemente a Ecotopia 2121, de Alan
Marshal. Em sua novela Candide ou o
Otimista (1759) Voltaire, o iluminista, ironizou a tese de o Mundo Possível do
filósofo Leibniz, através da figura irônica de seu personagem Dr. Pangloss. Mas o mito disseminou-se por toda a
Idade Média até os tempos atuais, chegando a nós pelo intrigante livro de Aldous Huxley, em que
predizia o automatismo da humanidade. É uma espécie de sonho dourado que nunca
se realiza, os sonhadores muitas vezes construindo castelos no ar, como aquela
plêiade de inocentes úteis que ousaram levar a cabo o tal socialismo utópico,
fonte na qual se baseou, de forma distorcida, nosso ideólogo mais badalado até
hoje — Karl Marx.
Vê-se que o Mundo Melhor
constitui, em tese, o sonho de purificação da humanidade, o aperfeiçoamento do
ente e o sentido que teria na consecução do Universo, a nosso ver, como
paradigma da perfeição e porque não dizer, sua transcendência.
Por que tanto sonha a
humanidade? Teriam razão nossos já sonhadores pósteros? Ora, segundo as
Escrituras, o próprio Criador teria criado a primeira das maiores utopias: o
Paraíso, onde teria colocado nossos protótipos ancestrais, Adão e Eva. E
sabe-se, ao vislumbrar-se o painel histórico da humanidade que o sonho da
felicidade humana jamais foi alcançada. Sê-la-á, um dia?
Um filme muito providencial,
ao nos debruçar sobre tão meditabundo assunto da felicidade humana, veio do
canal Netflix, intitulado Ele Está de Volta. Ele é nada menos que Hitler, que
teria sobrevivido no seu bunker. Ele caminha por Berlim no ano de 2014 e fica
estarrecido, pois só encontra desgraça, brigas, a Alemanha com economia
desorganizada, vagabundos nas ruas, greves, passeatas de LGBT, imigrantes em
toda parte. Todo mundo acha que ele, Hitler, não passa de um palhaço, a
divertir as pessoas, mas começam a se interessar pelo que ele diz, que está
tudo errado, que é preciso consertar o País, chega a ser elogiado, inclusive
nos programas que faz na TV. Acaba virando espécie de herói.
Se revertermos essa hilária
estória e a aplicarmos ao nosso mundo atual e ao Brasil, observamos o quanto nosso
tempo tem se degringolado. O mundo em desgoverno, desconcerto das nações, as
pessoas desorientadas, os jovens sem sentido da vida, a avalanche das
ideologias. E por aí vai, enquanto, hoje, para testar a qualidade de vida do
humanoide, somos atacados por uma pandemia viral, esse famélico Covid-19, o
Coronavírus. E o mundo, nós, sobreviventes da Terra de Santa Cruz, emparedados
por uma quarentena sem fim.
Nestas apopléticas
circunstâncias, quem se propõe restaurar a estabilidade do mundo e a nossa? Nos
Estados Unidos, Trump? E no Brasil, —
Bolsonaro? Ambos, que se propuseram pegar o boi à unha e reedificarem suas
nações, agora sofrem crítica e ação ferrenha dos opositores, a esquerda
militante, o vandalismo social e o trabalho diário de uma mídia apócrifa,
vendida ao poder globalista do momento. Dias atrás, uma médica de 34 anos, sem
qualquer ingerência em atos lesivos ou cor política, é assassinada em tentativa
de sequestro na linha vermelha, Rio de Janeiro. E incrível — a mídia fez vista
grossa do assunto.
É assim que, em nosso torrão
as coisas vão acontecendo, com cenários estapafúrdios: de um lado um
Presidente, eleito com mais de 50% de votos, acuado por uma oposição que não
aceita perder no jogo democrático, sob o fogo cerrado de artifícios jurídicos inconstitucionais
— é impedido de governar. E mais, açoitado diariamente por uma mídia incauta e
antipatriota. De quebra a pandemia, o povo trancado dentro de casa, sem
trabalhar.
Que se há de fazer, senão
orar, orar e isto, sim, esperar que o COVID-19, dê cabo dessa safadeza toda e
por algum jeito e forma ensine nosso povo a pensar.
CDL/Bsb, 26.06.20