QUEM
COMANDA O MUNDO?
Tem
sido assunto vezeiro hoje na mídia e mais ainda nas redes sociais, temas sinistros
como as chamadas teorias conspiratórias. Verdadeiras ou simplesmente falsas, se
acreditáveis ou não passam de teorias fantasiosas, é difícil termos a confirmação abalizada e
definitiva a respeito. Tais fatos e premunições correm soltas.
Pois
tem sido corriqueiro pessoas que se dizem experts na matéria a nos advertirem
sobre fatos, mediante estudos e provas, embora não científicas ou certificadas,
versando sobre essas teorias conspiratórias. É o caso da srta. Débora G.
Barbosa, brasileira, que reside atualmente em Manchester, Inglaterra e
apresenta, em canal específico, série de palestras, a respeito dessas teorias
conspiratórias — uma delas a apresentação de nº 56, ela trata desse assombroso
tema: Quem controla o mundo e por que?
Dizendo-se
estudiosa do assunto e ao mesmo tempo isenta de qualquer preconceito religioso —
considera-se apenas uma acadêmica — Débora expõe o problema que envolve
a pergunta: Quem controla o mundo, como e por que? Quais os responsáveis por essa suposta dominação?
Com o
objetivo de esclarecer o ouvinte, ela usa a figura de uma pirâmide, em cuja
base, primeiro seccionamento da citada pirâmide, está a população em geral,
o povo, nós, trabalhadores, o cidadão comum, que não sabe de nada, não manda em
nada, espécie de manada. Na segunda seção, mais privilegiada, se acham as corporações,
que têm certo poder, influi e têm ingerência sobre as pessoas. Acima, comandando
corporações e também as pessoas, está o governo, administrador da nação,
responsável pela política a ser adotada e cumprida. Em seguida e de certa forma
sobrepondo-se ao governo, por seu poderio monetário, estão os bancos. O
próximo poder, a que se sujeitam, inclusive os bancos e o próprio governo,
estão os famigerados sistemas de inteligência, que vigiam tudo e nada se
faz sem sua intervenção, por mais sutil que seja. Na outra seção da pirâmide se
encontram as mais famigeradas e insidiosas
organizações, as chamadas sociedades secretas, os iluminatis, a
maçonaria, grupo de Bilderberg, Bohemia Grove, comitê dos 30, inclusive a
Igreja Católica. Acima desta seção, vêm certas pessoas, isto é,
indivíduos com imenso poder, possuidores de enorme riqueza, como George Soros e os Rothschilds.
Finalmente o topo da pirâmide, sobrepondo-se a todas as demais camadas em poder absoluto, na realidade responsável pelo
controle dos homens e do mundo: a dualidade bem – mal.
Segundo
as explicações da expositora, eis as reais e fundamentais forças que comandam os indivíduos, a vida e
todo o mundo: o BEM e o MAL. Mas, a nosso ver, Débora, que se diz não religiosa, mas
simplesmente uma acadêmica, de certo modo se contradiz, porque essas
duas forças, bem e mal são na realidade o tour-de-force, a razão de ser
de todas as religiões, espécie de maniqueísmo, que as regem, consideradas na
sua perspectiva meramente estrutural, deixando de incluir o simbolismo de que cada uma dessas expressões religiosas se revestem.
Na
nossa visão, como mero observador, não duvidamos do trabalho realizado pela
acadêmica Débora G. Barbosa e até concordamos com algumas de suas ideias, advindas
de estudos e elucubrações bem fundamentadas. O meu dissenso sobre o assunto que
ela tão bem expôs é quanto a dois aspectos por ela abordados:
- a
Igreja Católica não é uma sociedade secreta pelo fato de se constituir a
principal matriz histórica irradiadora do cristianismo;
- submeter
todo o comando do mundo à dualidade maniqueísta do Bem e do Mal parece-nos
visão pragmática e relativista, quando sobressaem outros modos de entender a
realidade, como a filosofia, cuja proficiência e sapiência milenar abriga,
também, concepções inauditas no campo da simbologia, semiologia e teologia.
Nossa
acadêmica pesquisou fatos, arrolou informações livrescas, mas parece ter
esquecido de que nem sempre as coisas aparentam o que são na sua imanência,
mas o que elas representam ou significam,
no seu interior, a razão de ser transcendente de que são formadas.
CDL/Bsb, 31.07.19
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