A CULTURA E O HOMESCHOOL NO BRASIL
Temos a impressão de que nosso País sofre de uma doença que acreditamos ser espécie de afasia cultural aguda. Acontece que essa doença não consta do manual de medicina, em especial nos alfarrábios estatísticos da rede Globo ou nas pesquisas de opinião, que viralizam na mídia.
Ora, pois, se a um País falta o peso da cultura, também há de lhe faltar educação. Impossível em qualquer organização humana florescerem as sementes de cultura, se não se lhe fornece o adubo necessário — esse adubo chama-se educação. Já dizia o visionário Monteiro Lobato — uma nação se faz com homens e livros.
E nossa educação vai muito mal, em pleno século 21. Rezam as estatísticas de desenvolvimento que somos a 8ª economia do mundo, inobstante, segundo a verve de um amigo jornalista — somos quase um conglomerado de analfabetos. O que significa uma barbaridade, em termos de apreensão de sabedoria.
Enquanto isso a OCDE – Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico da ONU assinala que a educação brasileira ocupa a péssima 60ª posição no concerto mundial das nações, isto é, dentre as 76 outras. Entretanto, ocupa a 5ª posição em ensino privado. Sim, mas ocorre que 76,86% das escolas públicas brasileiras são públicas!
E o que se fez até agora para eliminar esse espécie de vergonha estrutural? Nosso governo tem se esforçado para apagar ou pelo menos diminuir esse descalabro. Ocorre que o defeito é estrutural e sua manutenção eivada de erros à forra dos desgovernos anteriores, o acúmulo de medidas ideologicamente atrasadas, a dizer o mínimo, para não dizer o máximo nesse terreno.
Dir-se-á, à revelia. Mas o Brasil é o País do futuro. Temos uma das maiores extensões territoriais do planeta, riquezas represadas inimagináveis ainda inexploradas, rios perenes e gigantescos vivificam nossas terras. E mais recentemente, o que tem sido o orgulho de nossa economia, um das mais fantásticas atuações pelo incremento do agronegócio.
Homens de negócios, mas onde as cabeças de sabedoria? Onde os cultores da inteligência, as ferramentas perfeitas para nossa sustentação intelectual perante o mundo? Não nos digam que Paulo Freire contribuiu para essa hegemonia cultural, apesar de ter sido laureado o benfeitor da educação tupiniquim — o que é absolutamente ridículo.
Uma das grandes figuras de projeção cultural no Brasil foi D. Pedro II, último imperador, desgraçadamente expulso do País pelos construtores da República.
Em contrapartida, temos que nos conformar com um Machado de Assis, por sinal, que se ombreia, em literatura, aos grandes eruditos da espécie no mundo — embora nunca tenha saído do Brasil, nem laureado com o Nobel.
Mas, no horizonte de todo esse vexame, eis que nos acode um lume de esperança. Acredito seja o sistema Homeschool que já viraliza por todo o mundo. E de muito bom grado visualizamos esse novo sistema de ensino, inclusive já permitido pelo sistema do MEC, a grande oportunidade de garantirmos que nossa infância e juventude ousem alcançar maior grau em conhecimento e sabedoria e não fique essa mocidade rastejando em planos de estudo medíocres, a aceitar conteúdos recheados de ideologia malsãs, de que está recheado nosso sistema educacional vigente, desde os jardins de infância até nossas faculdades.
CDL/Bsb, 6.07.22
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