SINODALIDADE — GLOBALISM0
CRISTÃO?
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O movimento hoje de maior alcance no
Vaticano, à égide do Papa Francisco, chama-se Sinodalidade — o tal Caminho
Sinodal da Igreja.
Ora, o
problema é que nós, leigos, não sabemos realmente o que é a sinodalidade. A
CNBB expediu boletim aos fiéis, mas parece não ter convencido ninguém, pois não
constitui segredo a nós, católicos, que essa entidade age em função da Teoria
da Libertação, como é sabido e notório, inclina-se ou tem tendência socialista,
no mínimo.
Segundo
o Vaticano, às ordens do Papa Francisco, trata-se de um sopro, que, na sua
visão, renovará de certo modo a Igreja, que, segundo ele, não atende às
necessidades e exigências da modernidade, sociais e até espirituais. Entre os
apoiadores do Papa, a providência torna-se urgente, como um esforço renovador
decorrente do Vaticano II, tutelado pelo Papa João XXIII.
Segundo
essa nova filosofia, o processo sinodal, gerando espécie de dogma, teria
suporte até na Bíblia, segundo o que consta em Isaias 43, 19, como segue:
“Vejam o que estou fazendo uma coisa nova,
ela está brotando agora e vocês não
percebem. Sim, abrirei um caminho no deserto e rios na terra seca.”
Para
esses apoiadores a sinodalidade abriria o caminho para ação do próprio Espírito
Santo. Foi como se expressou o Cardeal
Mário Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Já Thomas J. Reese, ex-editor da revista América dos jesuítas dos EUA,
autor do livro O Vaticano por Dentro,
em artigo publicado pela National
Catholic Reporter (3.11.23), sobre o relatório final do Sínodo, assinalou os seguintes pontos:
a)
evitou-se
a LGBTQ;
b)
o
debate sobre as diaconatas não teve êxito;
c)
padres
casadso teve pouca atenção;
d)
importância
do ecumenismo e cooperação.
Havia
também os riscos de ser um evento extraordinário, mas apenas de fachada, assim
como cair no intelectualismo, apresentação de textos polêmicos, intervenções de
problemas sem solução na Igreja. Por fim, não mudar nada, criando situações
novas, insolúveis.
Ocorre
que dentre o corpo cardinalício da Igreja, o evento encontra grandes
resistências. Logramos assinalar as seguintes: Raymond Leo Burke, bispo e cardeal patrono da Ordem Militar Soberana
de Malta; Walter Brandmüller, cardeal alemão; Juan Sandoval Iñigue; Robert
Sarah, Prefeito emérito da Congregação do Culto Divino e Disciplina dos
Sacramentos do Vaticano; Joseph Zen Ze-Kiun, bispo de Hong-Kong; Carlo Maria
Viganó, núncio apostólico emérito dos EUA. Pois esse elenco do alto clero
católico, inconformados, dirigiram carta
ao Papa, solicitando respostas a temas controversos. Os temas giraram
sobre (a) interpretação dos Evangelhos; (b) abençoar uniões entre pessoas do
mesmo sexo; (c) ordenação de mulheres; (d) arrependimento é necessário para a
absolvição.
Vale
dizer que a reposta do Papa não
satisfizeram as exigências de seus oponentes, pois todos continuam
insatisfeitos, principalmente o caso de Carlo Maria Viganó, que se opõe
totalmente contra as atitudes do Papa Francisco, solicitando sua demissão
imediata. Como resposta, o Papa o excomungou como cismático.
A
situação tem se agravado, gerando cada vez mais nossa desconfiança quanto às atitudes
extravagantes do Papa Francisco. Segundo o youtube,
com cerca de 4,16 mil inscrições, o Pontífice vem fazendo declarações inauditas no decorrer seu
pontificado.
Atento
que somos quanto a todas essas discordâncias, embora leigo a aspectos mais
profundos da teologia católica, resta-nos a esperança de a tal sinodalidade não
se transformar em mais um pleito a favor do globalismo anárquico no mundo, do
que realmente uma ação renovadora arraigada nas Escrituras.
Bsb, 10.2.25