segunda-feira, 16 de novembro de 2020

 

O MEGACAPITALISMO E

A CANOA DA PACHAMAMA

 

Estranhos os tempos em que vivemos. Uma pandemia avassala este ano. Arapongas de plantão,  estrategistas midiáticos encabeçam previsões   de quanto pior melhor para o mundo. Enquanto isso, nos Estados Unidos o imbróglio eleitoral se arrasta, a situação ainda indefinida, a mídia nacional e internacional cantando vitória, alardeando a vitória do candidato democrata, Joe Biden. Uma figura medíocre, com ficha lá não muito limpa, cuja candidatura foi empurrada pelos Clintons,  Barack Obama e aliados da mesma laia, os chamados liberais. Filósofo, professor, 30 anos de experiência e jornalismo especulativo, Olavo de Carvalho, residente em Virgínia, EUA, em recente entrevista em Os Pingos dos Is, da Jovem Pan, afirmou que este senhor não passa  de um beleguim da China, com cujo governo faz tratativas ao lado do filho, este espécie de vigarista internacional. Haja fígado para ver a propalada democracia americana tornar-se comunista. Como duvidar se fatos e coisas se coadunam nesse sentido? Prenuncia-se, sim, o Apocalipse Já.

Afinal, o que acontece com o mundo? As Taças da Ira já começam a serem derramadas? Forças sobrenaturais o abalam? É a civilização que despenca como previram alguns demagogos? As estrambóticas previsões de Nostradamus  surgem redivivas? Fim da civilização exaurida em decadência de seus valores?

Filósofos e futurólogos esbravejam, lançam seus presságios, estapafúrdios às vezes. Em Virgínia, EUA, onde reside, Olavo adverte, com  previsões nada animadoras, mas razoáveis, resultantes de seus estudos e análise dos fatos, com conhecimento de causa. A que se deve tudo isso? Ação de potências agindo por conta de mãos invisíveis? Quais? Não passam de teorias conspiratórias, alegam seus desafetos. Ora, os trâmites civilizatórios nem sempre se sucedem de maneira lógica, surpresas soem ocorrer. A utopia do Mundo Melhor talvez nunca se torne realidade, quando muito processos  depuratórios ocorram como sublimação das consciências. O certo é que forças imprevisíveis esboroam o cenário global — essa  pandemia não seria uma delas? O sintomático é que seus efeitos vêm afetando toda a ordem mundial, nações em pânico, ideias e ações absurdas, espiritualidade em declínio com o domínio do agnosticismo nunca visto. Existirá uma força poderosa por detrás das cortinas da vida? Que poder seria capaz de influenciar e magnetizar pessoas, nações e o mundo? Dir-vos-ei: o megacapitalismo. Os grandes mentores, agora gestores da humanidade — o poderoso George Soros, a família Rothschild, as fabulosas fundações, Ford e Bill Gates. E neste cenário, nem tão utópico como parece, a atuação cada vez mais presente e dominadora do Império da China.

Querem um exemplo da inversão de valores jamais prevista ao longo de toda história humana? Pois o Papa Francisco, o argentino sr. Bergóglio, agora se torna um dos maiores defensores da revolução maçônica, plataforma do globalismo, ecumenismo, aquecimento global, teoria da Mãe Gaia, Mundo Melhor e outros que tais, a ponto de valorizar, dentro do Vaticano, práticas e seitas amazônicas, como o culto à pachamama — como Nossa Mãe Santissima.

É por isso que viraliza nas redes sociais o seguinte refrão:

“... O Papa abandonou a Barca de Pedro para embarcar na Canoa da Pachamama...”  

                                                                      Bsb. 16.11.20

terça-feira, 20 de outubro de 2020

 

FRATELLI  TUTTI  - 

ENCÍCLICA CATÓLICA?

 

 

 

Tem sido matéria viralizada nas redes sociais a encíclica publicada pelo Papa Francisco no dia 4 deste mês, no Mosteiro de São Francisco de Assis. Com o sugestivo título de Fratelli TuttiTodos Irmãos — é constituída de oito capítulos, distribuídos em 285 tópicos. A primeira voz que se levantou contra a encíclica foi do Mons. Carlos Maria Viganó, prelado dos Estados Unidos. Faz crítica contundente a todo o conteúdo da encíclica, imputando de herética a doutrina que ali inspira. Outros religiosos têm-se pronunciado, inclusive o Frei Tiago de São José, da Ordem do Carmelo, Bragança Paulista. A ponto de nas redes viralizar a informação de que há cerca de 1.000 religiosos contra os atos, como esse da encíclica, do Papa Francisco.

Por enquanto, vamos nos ater às inovações constantes da nova encíclica. Claro que não temos o conhecimento teológico do Mons.Viganó, nem a coragem de Frei Tiago — este envolvido em imbróglio religioso por Bispo da Diocese de São Paulo — o que não nos impede, como leigos da Igreja Católica, de nos mantermos alertas e não nos eximirmos de exercer nosso dever como tal, nos termos do Catecismo Católico, item 897 e seguintes.  

Logo no prefácio, a encíclica conclama a todos — católicos e não católicos, de fé cristã, ortodoxa ou de outros credos, mulçumanos, ateus, revolucionários e anarquistas — “ ... Sonhemos com uma única humanidade, caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz, mas todos irmãos.”  É um verdadeiro hino à fraternidade universal, uma exortação ao conúbio em relação a todos os terráqueos, sejam alhos ou bugalhos, sem distinção de credo, cor, convicções e que tais. Ora, a fraternidade evangélica,  assumida pelo dogma católico,  não nos parece coadunar com essa fraternidade horizontalizada abraçando todos os povos, indiscriminadamente. Uma coisa é sermos fraternos com todos, não os odiarmos, mas isto não significa aceitarmos os erros, desvios e a diferença que separa o crente em Deus com o descrente, adepto ao materialismo, ritos e costumes híbridos — seria praticamente aderirmos à barbárie.

Segue-se saudação à trilogia iluminista, haurida na Revolução Francesa — e também lema da Maçonaria Universalliberdade, igualdade e fraternidade. A saudação soa-nos imprópria, até fora de propósito, hoje, num mundo inflado de tecnologia, a chamada aldeia global, com diversidade de interesses e proposições, muitas vezes discordantes, apenas vinculadas pela extraterritorialidade, discordantes em usos e costumes et allia.

Outra hibridez do Papa: como considera os direitos individuais — (item 111) ... “envolve uma concepção de pessoa humana separada do todo o  contexto social e antropológico, quase como uma mônada “manás”, cada vez mais insensível...” Ora, o direito individual é imprescindível à pessoa humana, direito inalienável ou na comparação iluminada de G.K.Chersterton de que a pessoa na vida e no mundo tem o direito mínimo de possuir um alqueire e uma vaca, para se assumir como ser humano.

A encíclica propugna pelo  enlace entre as culturas ocidentais e orientais, resultante de acertos entre o Papa e Imã Ahmas Al-Tayyed — é o que dispõe o itens 136 e 141. Temos que nos irmanar com os terroristas islâmicos, pois “... Só poderá ter futuro uma cultura sociopolítica que inclua o acolhimento gratuito.”

Como se obteria essa futura fraternidade universal? Segundo a encíclica: “O caminho para a fraternidade é necessário uma política melhor, a serviço do bem comum” (item 154). Para atender as exigências dessa política melhor a legislação específica das nações teria que se adaptar a elas, os conflitos seriam inevitáveis.

Sobre a filosofia liberal, a encíclica a acusa de vários defeitos: item 167: “Há visões liberais que ignoram este fator da fragilidade humana e imaginam um mundo que corresponde a uma determinada ordem, que, por si só, poderia assegurar o futuro e a solução de todos os problemas”. Visões liberais? Quer dizer que os liberais não têm condições de melhorar o mundo, só a esquerda, os movimentos globalistas o fazem? Enquanto no item 168, acusa o dogma de fé liberal de ... “um pensamento pobre, repetitivo que propõe as mesmas receitas perante qualquer desafio que surja.” E mais adiante: “O neoliberalismo reproduz-se sempre igual a si mesmo, recorrendo à mágica teoria do derrame ou do gotejamento  sem nomear — como única via para resolver os problemas sociais. Por conseguinte, só o socialismo, o globalismo ideológico  é que são ricos em solução dos problemas, só eles propiciam a salvação do mundo?

E vai mais além a encíclica supostamente progressista do Papa Francisco: a recomendação de uma nova ordem... “os Movimentos Populares”, capazes de “animar as estruturas de governos locais, nacionais internacionais com aquela torrente de energia moral que nasce da integração dos excluídos na construção do destino comum “(item 169). É a confirmação do pensamento socialista do Papa — apoia movimentos, ditos sociais, como o MST no Brasil? Não há absurdo maior.

Quanto à globalização, o Papa a defende como capaz de acabar com a fome no mundo, evitar o desperdício  de alimentos, bem como conter o tráfico humano (item 189). Ora, a realidade tem sido bem diferente, o movimento mundialista acaba com as fronteiras das nações, facilitando o tráfico, anulando as legislações nacionais, sem falar que destrói culturas desqualificando suas motivações, inclusive o amor à pátria.

Já noutro item, a encíclica aborda o tema “Diálogo e Amizade Social”, anatematiza a falta de diálogo no sistema atual, o que, ao contrário, seria acolhido plenamente com a globalização (item  202), diálogo este que visaria o bem comum. Não seria o reverso, não passaria de um monólogo monocrático pela ideia socialista,  tudo sendo nivelado por baixo, política, religião, pensamento e atividades?

O assunto agora é a paz, para a qual se faz necessário  uma “arquitetura da paz” sustentada por um suposto “artesanato” a envolver a todos (itens 231). O que significa arquitetura da paz? Um complô visando a implantação do globalismo, uma política audaciosa de transformação planetária segundo a ideologia  social-democrática? Para apoiar essa tal “arquitetura da paz”, a encíclica recomenda que os ocupantes de cargos importantes se tornem os “principais protagonistas do destino da própria nação” (referência a discurso do Papa no encontro com autoridades do corpo diplomático da sociedade civil,  em Matuto, Moçambique, em 5.09.19 – cfe. Osservatore Romano). Uma incongruência, pois como num mundo globalizado, através do qual as nações são massificadas, pode gerar o protagonismo desta ou aquela nação? A rigor, as nações estariam totalmente apagadas.

No item 238, a tecla é a violência e a encíclica adverte: “Jesus Cristo nunca convidou a fomentar a violência ou a intolerância.”  Observe-se, a propósito, que Jesus em seus ensinamentos, como mandatário divino, sempre age com justiça não aceitando generosamente o erro, o pecado, a ignomínia. Em Mt.10:34-36, Ele alerta que não veio para a paz, mas para a espada; em Mt.21: 12 e Mc 11:15-17, expulsa os vendilhões do templo, por difamá-lo. Também no caso da mulher adúltera, quando a livrou de ser apedrejada pelos fariseus seguindo a lei judaica (Jo: 8-11), observe-se que a admoestou: “Vai e não peques mais!”, isto é, se ela continuasse a pecar, não seria perdoada — é o perdão responsável!

Já na sua parte final, o Papa trata do que ele diz ser “A Injustiça da Guerra” , enquanto no item 258 assinala: “O Catecismo da Igreja Católica fala da possibilidade de uma legítima defesa por meio da força militar, o que supõe demonstrar a existência de algumas “condições rigorosas de legitimidade moral” (CIC – 2039). A encíclica parece ser totalmente contra a qualquer espécie de guerra, o que, de certa forma, contradiz o disposto no Catecismo da Igreja, regra fundamentada em Sto. Tomás de Aquino, em sua Suma Teológica – Parte II Questão 40 — por onde aceita a chamada guerra justa, desde que tenha três requisitos: a) autoridade do governante; b) causa justa e c) promova o bem comum para evitar o mal. O Para Francisco para ser mais realista do que o rei desrespeita a justiça crística da contemporização responsável.

Por final, nos itens 285 e 287 o Papa enfeixa sua encíclica, a título de chave de ouro, com seu apelo apologético à “fraternidade universal” , tomando emprestado, intempestivamente, a vivência de São Francisco de Assis — em cuja vida glorificou a natureza, mas não a apoplexia do naturalismo e  o compara com outros irmãos não católicos: Martin Luther King, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi e outros que tais.

Em linhas gerais e sem escoimá-la  de muitos outras distorções, ali contidas, esta foi a má impressão que nos causou a última encíclica do Papa Francisco — Fratelli Tutti — Irmãos Todos, uma mistura de  alhos com bugalhos tudo junto no oceano da mais falsa das fraternidades: o Condomínio da Permissividade Universal.

                                                                              Em 20.10.20

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

 

ENQUANTO LADRAM OS CÃES

 

 

Como não bastasse o rastro de arrasa-quarteirão deixado pela ação do Covid-19, a Nação Brasileira representada pelo atual Governo sofre ataques, ora da oposição intramuros, ora de maciças frentes ideológicas no exterior. E o que é mais absurdo — muitos desses falastrões são os próprios brasileiros residentes ou que vivem fora do País.

Ora, a oposição, os partidos políticos que perderam vergonhosamente as eleições compreendem-se suas razões — perderam a fonte de renda na qual se abasteciam há anos, o erário distribuído nos inúmeros canais através dos quais partidos, muambeiros, doleiros, firmas e empresas de grande porte se locupletavam à ilharga dos cofres públicos. E tudo sob o beneplácito do governo, sob a bandeira do comunitarismo ideológico, o Estado generalizando-se como tutor das pessoas com a utopia de erradicar a miséria por suas ações de partilha social. Em outras palavras: não o socialismo utópico, aquele sonho já perdido no tempo, mas o mais realista e atual, o velho e surrado marxismo, agora rebatizado de outro nome, de atuação moderna, culturalizado, o socialismo gramisciano. Pois bem: a fonte secou com a atuação vigorosa de um Governo, de índole nacionalista e conservadora, supostamente  sob o aleive de fascista.

Mas e os brasileiros que se locupletam no exterior por quaisquer razões, por que nos criticam, malham o Governo eleito com mais de 50% de votantes — querem aparecer, engrossam as fofocas midiáticas? Dir-lhes-ei, leitores, são pessoas desacreditadas, inocentes úteis, na verdade antipatriotas que cospem no prato no qual se refastelaram, por aqui terem seus berços, familiares, aqui nasceram e se beneficiaram das lhanezas do torrão, que é a Pátria — nossa Pátria verde-amarela.

Tais espécimes certamente não chegam à altura, por exemplo, do escritor, poeta e erudito do passado, Affonso Carlos, que se revolve do túmulo com seu celebrado livro “Por que me ufano de meu País”, tal sua indignação diante desses réprobos de agora.

Onde está a verdade de tudo isto? Por que essa insânia toda contra o Brasil, o Governo que atualmente o representa? Sobre o que difamam essas gralhas? É o imbróglio das queimadas na Amazônia que a mídia nacional, aliada à internacional, viraliza entre os ouvintes com suas pesquisas e informações, às vezes falsas? São os atos de um Presidente cuja pretensão maior é engrandecer a Pátria? De  um governo que presta conta de seus atos em favor da reconstrução do País — como acabou de o fazer em recente discurso na ONU, expondo a verdade dos fatos?

Na realidade, trata-se de um movimento, espécie de articulação criada no exterior com o fito de desmoralizar o Brasil, atacando o Governo atual, sob a falácia de ser fascista. A embalagem chama-se Sleeping Giants — ignorando-se quem o articula, que objetivos pretendem. De portas-atravessa já se sabe o tal movimento o que é: um portal que alimenta e fomenta ideias esdrúxulas, mas extremamente audaciosas, ou seja, a criação de um novo polo de pulsão internacional, tramas comerciais, interesses e gestões econômicas de grande porte. Teoria da conspiração? E se for, quem a desvendará ou, então, a desmentirá? Este tem sido alvo de comentários específicos, como os do Prof. Belloi, em seu site no youtube. E tem coisa muito pior envolvida nessa suposta teoria da conspiração. Uma organização subreptícia intitulada Deep Church — e sabem quem a comanda, seus principais mentores? Nada menos que a centenária ordem dos Jesuítas. Acreditem se quiserem.

Quanto a esses fantoches que andam se travestindo de defensores da natureza, que rasgam deboches e invectivas contra o Brasil, não passam de inocentes úteis, ou melhor, paus-mandados, sem muita coisa no crâneo, por detrás de quem agem fontes internacionais bilionárias, George Soros, a poderosa família dos Rothschilds, importantes Fundações como a Ford e outras que tais.

Até Paulo Coelho caiu nessa armadilha esquerdista de criticar o Governo, pedindo boicote a transações comerciais com o Brasil. Coitado logo caiu em si e retirou a crítica — o escritor brasileiro magnata da autoajuda teve que pedir arrego ao buda, para deixar de fazer tanta besteira — basta o que escreve.

“O tempos, ó costumes” dirá Cícero, revolvendo-se em seu túmulo milenar a escarnecer essa nova civilização espúria.

CDL/Bsb, 29.09.20

 

sábado, 12 de setembro de 2020


 

PÓS-PANDEMIA  — O MUNDO MELHOR?

 

 

 

A história da humanidade dividir-se-á doravante em duas etapas, antes e depois da pandemia do vírus COVID-19 — exemplar mais moderno da série virótica CORONA.

Entrementes, o surto de sua virulência, ao que tudo indica, tende a retroceder. É o que  prediz a poderosa OMS em consonância com os pesquisadores médicos, segundo os quais os movimentos do vírus já se deslocam em ataques irregulares, as chamadas ondas, ora maiores, ora menores. Isto ocorrerá até que o deslocamento do vírus atinja a maioria da população, produzindo anticorpos às pessoas, o contágio assim contido. Não há, até agora,  previsão exata, fala-se no fim do ano — sua atuação arrefecida e findo o perigo.

Acontece que outro imbróglio há de surgir: como ficará o mundo, as pessoas se ajustarão às novas realidades? Mas que realidades seriam essas? Os futurólogos já começam a elucubrar sobre seus vaticínios. Espécie de mais uma teoria da conspiração a nos azucrinar a paciência? Não e talvez sim.

As mídias sociais investem em teorias as mais mirabolantes. Psicólogos de carreira já conspiram com suas evocações evolucionistas, filósofos midiáticos assumem seus lados sofísticos. E la nave va. Religiosos aproveitam para superfaturar em cima de preceitos evangélicos, protestantes, os católicos estes ditos propagadores da simbólica e transcendente teoria crística do Novo Reino, espécie da Nova Jerusalém anunciada a quatro ventos pela seita adventista criada pela ingênua Irmã White, oriunda do protestantismo americano. O Novo Reino se consagraria à medida que se implantasse, na realidade, o badalado Mundo Melhor.

O tempo pós-pandemia seria o ideal para que o dito Mundo Melhor caia do céu e nós, os viventes, agora sobreviventes de uma pandemia que se supunha avassaladora, mas que nem tanto o foi — que se deliciem com um novo mundo, a esperança em dias melhores, de fartura, beleza, paz e tranquilidade. Eternas e até eviternas? Sem tormentos, todo mundo se abraçando, enquanto o aquecimento global arrefece, o capitalismo se transforma em solidarismo, o pão agora partilhado para todos, o mundo todo globalizado, nações e contingentes humanos em simpático abraço de cordialidade. As pessoas com doses maciças de misericórdia perdoando seus desafetos — é a assunção entre nós do Novo Reino prelibado pelas delícias perfunctórias do Mundo Melhor.

Oxalá o fosse. A Nova Jerusalém adventista nunca passou de uma utopia distorcida do Apocalipse, como o são suas teses delirantes de fim do mundo. O aclamado Mundo Melhor, certamente desejável, não passa, pelo menos por enquanto, de mais uma utopia, tanto quantas o foram as do passado, a partir de Utopia Thomas Moore, Cidade do Sol de Domenico Campanella, o socialismo utópico e demais veleidades da espécie.

Talvez haja realmente uma mudança pelo menos no comportamento das pessoas, precavendo-se melhor. Que se conscientizem de que o sol continuará a brilhar e nós, agora sapiens sapiens, declinando para insapiens, façam suas vidas terem um sentido e aprendam que não somos eternos.

CDL/Bsb, 12.09.20

   

 

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

 

LADAINHA DO REINO DE DEUS

 

 


 

O Reino de Deus — verdade lírica da Salvação

O Reino de Deus — sonho atávico do coração humano.

O Reino de Deus —   dádiva da esperança renascida

O Reino de Deus — que  transcende a materialidade do prazer

O Reino de Deus — que  reacende o trânsito do viver

O Reino de Deus — que  revitaliza o dogma natural da razão

O Reino de Deus — o simbolismo da natureza idealizada

O Reino de Deus — que nos enseja a vivência lírica do ser

O Reino de Deus —  o símbolo mágico da escatologia

O Reino de Deus — não se vende, ou se troca,  privativo do 

                            em-ser-sendo

O Reino de Deus — se funde no sorriso de um olhar

O Reino de Deus —  o livro que faz sua leitura  definitiva

O Reino de Deus —  a folha em branco da meditação edênica

O Reino de Deus —  a cruz do sacrifício de nossas pegadas

O Reino de Deus — o silêncio crístico do amor

O Reino de Deus —  o ritmo imaginário do ser-em-sendo

O Reino de Deus —  a pétala divinizada da mais crística

                            das flores

O Reino de Deus—  o orvalho onírico transfigurado

O Reino de Deus — não existe, preexiste em todo o Ser.

O Reino de Deus — a prova improvável da potência do Devir

O Reino de Deus —  Deus que reina reinventando a eternidade

O Reino de Deus —  o transcendente na memória imanente

O Reino de Deus —  Aquele que Sou na resiliência do Eu-Sendo

O Reino de Deus —  o Paraíso transfigurado na imanência

O Reino de Deus —  a imanência transfigurada em Paraíso

O Reino de Deus —  a flor lírica plantada no coração 

                            da existência

Por isso — haja Deus, haja Reino, haja eternidade,

                haja luz, haja ciência, haja efervescência,

                no vislumbre de realidade consciente.

CDL/Bsb, 24.08.20

 

 

 

 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

 

O SOCIAL-NACIONALISMO E

               A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

 

 

Fato dos mais intrigantes, para não dizer aterrorizantes, aconteceu na Alemanha, sob o regime nazista de Adolf Hitler e seu porta-voz mor Joseph Goebbels. Foi a criação da chamada Juventude Hitlerista, sigla JH, que vimos depois dramatizada em famoso filme americano “Os Filhos de Hitler”. Em livro, o escritor alemão naturalizado canadense, Michael H. Kater, é quem narra tudo sobre essa JH, a cuja organização paramilitar eram obrigados a integrar crianças e jovem a partir de 12 anos. Meninos participavam do Deutsches Jungvolk (DJ) e meninas a Liga das Meninas Alemães. Em 1938, 98% dos jovens alemães pertenciam a JH.  

Era a implantação geral e obrigatória da educação a cargo do Reich, ou seja o Estado. Pois, pasmemo-nos todos — esse programa obtuso, com metas e objetivos de inclinação socialista em concordância com o igualitarismo, a chamada social-democracia, o pan-mundialismo, governo mundial e quejandos está sendo gradativamente adotado em nosso País. Agora, até mesmo não mais sub-repticiamente, mas às claras e através de um órgão supra constitucional: o Supremo Tribunal Federal – STF  e o braço que o está contribuindo para sua implantação é nada menos que o ministro Luís Roberto Barroso.

Pois o ministro, do alto de sua cátedra autônoma, monocrática e ditatorialmente, em atitude praticamente nazifascista, decreta que “a educação é competência privativa da União”. Ou seja, compete ao Estado todo poderoso dirigir, orientar e estabelecer as regras de educação a serem obedecidas por crianças e jovens. A interferência dos pais é nociva, o Estado é que sabe educar as crianças e jovens. Religião, obediência familiar, preceitos morais, éticos e espirituais, que seja vedada suas interferências, por prejudiciais à sociedade, portanto, só o Estado — um ente abstrato e irreal — é que entende de criação de filhos, de orientação filial, moralidade, inclusive preceitos éticos e devocionais. Filhos agora são pessoas que se tornam desde cedo agentes do Estado. Agora, o sr. ministro Barroso, com toda sua prepotência constitucional é quem vai orientar a educação de crianças e jovens, o que eles devem aprender, fazer, a quem devem obediência e respeito. Os pais são meros fabricantes de crianças, nada mais que isto. Religião é coisa para padreco, suas regras restritas às Igrejas e templos. Conclui-se, assim, que o ministro, seguindo ideário corrente em muitas pessoas de rasos conhecimentos gerais e jurídicos, entende que o Estado é laico — portanto, sob tal lógica, é ateu. Esse estereótipo idealista do ministro decorreu enquanto deferiu liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade ADI nº 6.312, em que suspendeu os efeitos de Lei estadual do Rio Grande do Sul, sobre ingresso idade de criança no primeiro ano do ensino fundamental.

Será que o todo poderoso ministro reservou-se a si o direito de infringir os  direitos fundamentais da pessoa humana, dispostos na nossa Constituição Federal, artigos 5º itens VI, VII, VIII , XI e XLI  segundo os quais a pessoa humana terá seus direitos resguardados de qualquer interferência aleatória — inclusive a do Estado — como cidadão livre e sua família? Atentou o sr. ministro inclusive que, segundo o ab-initio do último item XLI, in verbis:

“A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais...”?

Urge, pois, que estejamos sempre alertas pois uma onda de singularidades e estereótipos ideológicos rondam nosso País e o próprio mundo — oxalá não sejam os sinais das aberrações que nos esperam os últimos tempos, pós pandemia e outras imprecações a título de inovação. Foi assim que começou o 3º Reich.

CDL/Bsb, 20.08.20

quarta-feira, 29 de julho de 2020


O JOIO E  O TRIGO – ENTRE
A  MENTIRA  E  A   VERDADE





Vivemos não apenas tempos de pandemia do COVID-19. Atacam-nos outros vírus, tão virulentos quanto aquele. São as ideologias, as manifestações espúrias que nos abalam as consciências, daí serem perigosas, até mesmo pelo de fato de se mostrarem subreptícias, infiltrarem-se porosa e sibilarmente em nosso dia-a-dia. Inclusive nas manifestações religiosas, sem falar nos ataques diários abusivos que nos fazem as mídias escritas e televisivas, que, em vez de nos informarem, viralizam o pânico nas redes.
Dessas assinaladas, uma tem sido espalhada sobretudo nas celebrações religiosas, e referimo-nos às missas católicas. Notaram como desde o início do mandato do Papa Francisco essas manifestações têm se incrementado, antes, mas intensificadas principalmente após o tal Sínodo Amazônico? A ponto de certo sacerdote ter vindo a público, por estes dias, advertir da existência de duas igrejas católicas, a representada pelo verdadeiro cristianismo, a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada pelo Mestre da Galileia e uma outra, ardilosamente infiltrada em suas hostes. E sem medo de errar diria tratar-se, esta, nada menos  que da Teologia da Libertação — aquela mesma liderada entre nós  pelo famoso Leonardo Boff, aquele cujo Papa Bento XVI, hoje benemérito no Vaticano, o admoestou sobre a heresia praticada e o impôs voto de silêncio, como então sacerdote da Igreja.
O filho unigênito do Criador — todos os cristãos o sabemos, porque senão não somos mais chamados cristãos — veio ao mundo para resgatar a humanidade pelo pecado original, mediante morte pela cruz. O Mestre Jesus de Nazaré exerceu na Terra o seu Ministério, pregando a fé, a misericórdia, a prática da caridade, do bem, o amor ao próximo, o perdão, mas também o exercício da justiça, assim como cuidado pelas nossas vidas, dom de Deus às criaturas. Tudo isto está escrito nos Evangelhos do Novo Testamento, apoiado pelo Velho, de Abraão, Moisés e os Profetas, sobretudo. Mas uma coisa não fez parte de seus ensinamentos: a política, melhor, a politização do povo. Tanto que Ele logo advertiu: “O que é de César, devolvei a César,  e o que é de Deus, a Deus.” ( Mat. 22, 21) E noutra ocasião fez ver que devíamos “Buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça” (Mat.6, 33), enquanto  a Pilatos, que o  interrogava como indiciado pelos Judeus no Sinédrio, declarou “Meu Reino não é deste mundo” .
O Mestre pregava mediante parábolas, com que conseguia captar melhor a atenção daquele povo, pobre, humilde e inepto. Utilizou uma linguagem popular, embora fosse simbólica. Dessas singularizamos uma: a parábola do joio e do trigo (Mat.13. 24-30 e 36-43). Não é difícil concluir que Ele falava da intromissão no Reino de Deus de uma ala contrária aos ensinamentos de Sua palavra, pessoas porosas, infiltradas, verdadeiros espiões e seriam conhecidas por não renderem frutos, gerarem confusão, malícia, desordem, enfim igual ao joio escondido no trigo, que não serve para nada, a não ser para serem queimados, por inúteis, pérfidos. Estão ai as duas Igrejas Católicas, a que o sacerdote com propriedade soube indicar: na semeadura para o Reino de Deus, o joio é esta corrente de energúmenos, falsos profetas, enquanto o trigo, este, sim, representa a verdadeira Igreja de Cristo, pois do  trigo da palavra deriva o pão que alimenta a espiritualidade da Eucaristia aos tementes do Criador, obedientes às Suas Leis, os possíveis candidatos ao Novo Reino que não é deste mundo.
CDL/Bsb, 30.07.20