AS
ARTIMANHAS DO JUS SPERNEANDIS
Por
várias vezes a revista Veja — fazendo dupla com a Rede Globo e outras mídias
escritas e televisivas — é vezeira em criticar todos as ações, movimentos e
medidas da Direita no Brasil, a partir da eleição de Jair Bolsonaro à
presidência do País, note-se, com a adesão de mais da metade da população
votante.
As
reprimendas ao Presidente Bolsonaro caíram
no vazio, já não fazem mais o efeito esperado, por desarrazoadas, boa
parte devido a traiçoeira tentativa de, através de um sicário a mando de certos
desafetos políticos, eliminá-lo, ano passado,
ao competir no pleito. Inconformada a quadrilha da Veja, pactuada com a
Globo, voltou seus torpedos, não contra as ações do novo Governo, mas contra os
que atuam no seu modus operandis, isto é, os executores da
administração. Na verdade, espécie de trama, mais ou menos diabólica, com o
principal objetivo de desmoralizar as ações de governança. A ênfase é fazer
valer aquela insidiosa máxima de Voltaire que apregoa: “... Mente, mente e alguma
coisa restará”, ou, então, o dito popular “...água mole em pedra dura,
tanto bate até que fura.”
E
todos os canhões da Veja, aguerridos de aleives e insanidades, se assestaram
para atingir agora o Juiz Sérgio Moro, Ministro da Justiça, ex-responsável pela Lava-Jato. Usando
de todos os artifícios, a revista, que se vangloria de guardiã da democracia e
defensora dos direitos humanos, quem sabe a serviço de potências internacionais
invisíveis, vem atacando sistematicamente as ações de Moro, enquanto ajuizava
as ações movidas pela Lava-Jato.
À
medida que criticam Moro, mais ele cresce aos olhos da opinião da população,
haja vista a grande manifestação pública nas ruas que aplaudiu sua figura em
todos o País — enquanto a cúpula da Veja e seus comparsas da Globo & cia
puxam os cabelos, alucinados por verem desabar seus esforços em desmoralizar o
atual grande líder da moralidade jurídica no País.
Em
sua última edição de 10.07.19, a revista joga talvez sua última cartada. A
partir de sua capa com a figura de um Moro, cara-de-pau, baixando com o dedo
direito o prato da balança jurídica, atrelando os dizeres: “Justiça com as
próprias mãos.” Quer dizer, passa ao
público a ideia do juiz venal em favor da direita. E, no grosso da reportagem,
terem a cara de pau de assumir, alto e bom som, que a cizânia que fazem “... não
se trata aqui de uma defesa de Lula nem de estar contra a Lava-Jato. Mas do direito
inexorável que todos os cidadãos têm de
um julgamento justo.’
Vejamos
in loco de que se trata o imbróglio. A Veja alia-se a essa suspeitíssima
Intercept, ente virtual cujo editor responsável é um jornalista
americano, chamado Glenn Greenwald — aquele mesmo envolvido com tramas de evasão
de dados na área internacional, há algum tempo --- que agora faz jogo duplo,
aliando-se à revista nas críticas acerbas contra a ação de Sérgio Moro na
Lava-Jato, ao publicar na revista conjunto de provas, conversas telefônicas,
incriminando a ação do juiz. É inquinado de parcialidade em seus julgamentos, a
ponto de provocar a nulidade dos atos por ele praticados nos processos da
Lava-Jato em Curitiba.
A
reportagem é capciosa em todos os sentidos. Espécie de capitis deminutio da capacidade judicatória do
Juiz, acusando-o de atos escusos, cumplicidade no andamento dos processos,
irregularidades, pré-julgamentos e outros quejandos na sistemática jurídica
negativa. Enfim, são ações irregulares, capazes de tornarem nulos todos os atos
praticados pelo Juiz Sérgio Moro na Lava-Jato. Ora, carta marcada que
implicaria na castração da Lava-Jato. A quem serviria? Jamais à Justiça e ao
Direito — mas, claro, aos implicados, isto é, aos ladrões que desviaram milhões dos cofres públicos,
verdadeiros criminosos de lesa-pátria. Como aconteceu na Itália, décadas atrás,
os mafiosos pegos pela superoperação Mãos Limpas, aliás,
em que se inspirou a nossa Lava-Jato, essa o maior alçapão em que caíram os roedores:
empresários, políticos e funcionários públicos venais em nossas plagas.
Alegam
que não se trata de desafeto político, partidarismo ideológico, mas lutam para que
os acusados tenham o julgamento justo. O que significa julgamento justo?
Por acaso há crime ou criminoso justo?
O
certo é que esse assunto — quebra de sigilo e o teor do vazamento — constitui a
bandeira dos partidos de oposição, ditos democratas. Trata-se de matéria
regulada pelo preceito constitucional.
Em
resumo: a revista comprou, por quantia sigilosa, o direito de publicar o
resultado das conversas telefônicas, entre Sérgio Moro da Lava-Jato e Deltan
Dallagnol do MPF, espionadas pela Intercept,
através de hackers profissionais, edição de um americano
alienígena, como dissemos, o mesmo envolvido no vazamento de dados do Pentágono
americano. Deve ter pago uma nota preta para
o espião americano, porque ninguém é bastante tolo para acreditar que esse
indivíduo o fez pelos belos olhos da equipe da Veja e que se trata de mais uma
trapaça da oposição, nos seus estertores ideológicos.
O
sr. Greenwald e sua súcia de hackers, não há negar, violaram
fragorosamente o sigilo de informação e comunicação de que trata o art. 5º,
item XII da Constituição Federal e segundo os trâmites da Lei 9.296, de
24.07.96, o ato praticado sujeito a reclusão
de 2 a 4 anos, na forma do art. 10 do mesmo diploma legal.
Argua-se.
Um ato elicito — a quebra do sigilo profissional, pela interceptação dos
celulares de Juiz e Procurador, em seu trabalho de ofício — pode servir de
prova cominatória, inclusive descaradamente vazada ao público, prova essa já
eivada de erro na sua origem, ilícita portanto, repitamos, é capaz, assim
mesmo, de servir como impugnatória a atos processuais de Juiz, capaz de gerar a
anulação de todos os atos nos processos?
Não
precisa ninguém ser especialista em Direito para desqualificar tal imputação,
por nimiamente leviana. Por que a Veja e os asseclas da esquerda festiva se
apegam a essa fantasia, a ponto de permitir que certo deputado declarasse, aos
gritos, em plena sessão de Comissão da
Câmara, que o Juiz Moro era ladrão?
A
Veja e certa mídia transviada continuam ecoando no deserto, à ilharga, seus
argumentos inócuos e infamantes, totalmente não jurídicos, tais cães ladrando
em noite enluarada.
Haja
paciência para tanta sandices.
CDL/Bsb, 13.07.19