CORINGA
— O PARADIGMA
DA ATUALIDADE
Atualmente em cartaz, o filme da Warner Bros Coringa (Joker) tem dado margem a algumas controvérsias em termos de interpretação. Pessoas têm-se perguntado o que significa o final daquela história, na verdade inspirada em HQ, no herói justiceiro Batman. Para nosso governo, não nos interessa tanto a fantasia da HQ, aquele personagem maluco chamado Coringa, talvez o pior inimigo do Batman.
Interessa-nos,
sim, esse personagem de ficção exposta na película quando nos diz muito de
nossa realidade, o tempo e os dias que vivemos neste nosso mundo, de temores,
para não dizer terrores — aliás, verdadeiro filme de terror o que presenciamos
a todo instante. Não na tela, que é uma simples ficção, mas naquilo que estamos
vendo, os inauditos fatos dos quais todos participamos.
Aquele
personagem alienado, vítima da incompreensão e da violência sofrida, depois,
sufocado pelo desejo de vingança, acaba se tornando um perigoso assassino — será que não
representa o ser humano que, desviado de sua integridade natural, se transforma
ou é transformado num lombrosiano? E para tal, ele, reduzido à escória social,
pela rejeição dos seres de sua espécie, enfim, resolve dar o troco, violentando
a si e aos outros? E mais. Foi insanidade mesmo ou lhe induziram que o fosse?
Quem estaria interessado em enlouquecer o ser humano, desviá-lo do caminho do
bem e da verdade, transformando-o noutro ser, violento, amoral, cínico e
sujeito apenas à sua própria vontade? Quem é ele próprio feito palhaço, que faz
rir o público inocente e ao mesmo tempo se torna o palhaço de sua ridícula
aparência? Quem é aquele que ri de si mesmo e dos outros, por que o induziram à
condição de palhaço nesta vida, no mundo?
Nós
vos respondemos, caros amigos, o que hoje assistimos no mundo, o que nossos
próprios olhos hoje presenciam, nada mais é do que um estranho, mas horrendo
espetáculo: o ser humano, as pessoas assistem estarrecidas, mas completamente
anestesiadas, o descontrole dos fatos, a iniquidade varrendo nossas vidas,
horda de homens, mulheres e até crianças inadvertidamente chafurdam na sandice
ideológica. Nós, sim, temos nos tornado ao mesmo tempo coringa pelos atos que praticamos e transformados
em vítimas de uma orientação malévola que nos tem induzido a ser e a fazer
aquilo que nunca fomos.
É
isso que a cena final do Coringa de braços abertos em estado de êxito representa,
enquanto ali adiante a multidão de incautos o aplaude atando fogo na cidade —
não seria o mundo, a sociedade, as nações em desordem, as pessoas entorpecidas pelas
propostas ideológicas de transformação e melhoria da humanidade?
Quem
havia de imaginar, em sã consciência, que a Amazônia, o nosso estado do
Amazonas, não é mais nosso, mas pertence à humanidade, melhor, cairá nas mãos
dos grandes magnatas da Nova Ordem Mundial? E a Igreja Católica Apostólica
Romana não é mais uma só, agora são duas — uma verdadeira e a outra Igreja da
Teoria da Libertação Apostólica Amazônica?
Surrealistas, tais acontecimentos já atingem nosso horizonte. Provam os céus que não se
tornem verdades absolutas e que os coringas das ideologias espúrias não
nos envenenem mais os corações, já tão amargurados pelas invencionices que grassam
nesse nosso velho novo mundo.
CDL/Bsb, 21.10.19
CDL/Bsb, 21.10.19